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Cronicas-->O destino do Real é provar que o Virtual existe -- 13/09/2002 - 16:19 (Wilson Gordon Parker) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O destino do Real é provar que o Virtual existe

Sem muita ou nenhuma introdução, vou contar para vocês o que pode acontecer na tal fronteira do "real" e do "virtual", que por sinal é um lugar que ninguém sabe onde fica, e nem poderia saber, pois esta marcação simplesmente não existe.

Que todos tirem as suas conclusões, e façam os seus destinos.

Ao contrário do que as pessoas pensam, não há um limite que possa nos orientar sobre o momento em que deixamos o "real" e penetramos no "virtual", ou vice-versa.

E sabem porque esse limite não existe?

Porque não existe a separação entre o "real" e o "virtual".

As pessoas não deixam o "real" e se jogam com loucura no mundo "virtual", e não fazem isso simplesmente porque o universo real é a continuação do "virtual".

Na realidade, elas não deixam nada, nem passam de um mundo para o outro, simplesmente porque o chamado "virtual" não existe conforme as pessoas o definem, ou melhor, a sua inexistência aparente está ali à nossa frente, mas não tem nada do "virtual" que é definido pelos humanos amedrontados, que adoram viver dentro de limites, amarrados em definições e dogmas, porque tem medo das tentações virtualmente reais que surgirão nas suas existências.

As pessoas, por má fé, ou por ignorància, confundem o chamado mundo "virtual" com um estado momentàneo de devaneio mental, que leva o indivíduo a se jogar no mundo da fantasia, fazendo coisas que, segundo estas pessoas, jamais fariam no chamado mundo "real".

E é neste ponto que a coisa se complica, pois o mundo "real" não é o mundo do toque físico, do tal olho no olho, do cheiro agradável ou ruim.

Muito pelo contrário, estas sensações nada mais são do que o lado físico da nossa existência, o nosso império dos sentidos, que servem apenas para comprovar que o mundo "virtual" existe, e é o lado mais importante da nossa existência.

Uma grande parte das pessoas que vivem se vangloriando que só aceitam e acreditam nas coisas que conseguem ver e tocar, só fazem isto porque elas não tem sensibilidade bastante para perceber e sentir tudo aquilo de maravilhoso que está acontecendo ao seu redor, mas que não pode ser detectado fisicamente.

O mundo "virtual" não é colocado à sua frente pronto para ser consumido. Ele não está completamente criado. Você fará os arremates finais, aproveitando o que já está pronto, e lhe é oferecido, enquanto os seus sentidos, e as sua emoções, darão os retoques finais naquele mundo que lhe foi ofertado, ao qual você dará o seu toque pessoal, e o fará mais parecido com os anseios que você tem dentro de si.

No mundo "virtual" você pode ser o Criador!
Levando o assunto para o lado mais prático da coisa, acho que dentro de pouco tempo, o ideal será as pessoas só se casarem virtualmente, mantendo a relação na pontinha dos dedos, isto é, no teclado, e na voz, pelo telefone.

Em vez de morarem numa casa, irão morar num canal de Chat, cujo nome deverá ser algo assim: #Maison Fulana&Beltrano.

De vez em quando, marcarão um encontro real em algum lugar, para dar um pouco de pele, cheiro e carne ao evento, fazendo com que aquelas sensações físicas assegurem a realidade da relação virtual.

Nos "canais_casas", poderão receber os amigos. Entrada só para convidados.
Para sair do ambiente caseiro, irão passear nos canais abertos, aonde encontrarão os conhecidos, e serão vistos e saudados.

Conheço um cara que arrumou uma namorada virtual, gosta dela, mas não mora no mesmo "canal". De vez em quando, lá pela madrugada, ele vai ao espaço virtual dela.
E depois matam a saudade pelo telefone.

Eles agora vão instalar uma càmera no micro, e um telefone último modelo. Poderão se ver fisicamente, sorrir, mandar beijos, fazer um jogo de sedução, navegar juntos por sites maravilhosos, escutar musicas, ouvir poemas lindos, enfim, estarão mais próximos do que nunca.

No entanto, mesmo virtualmente, é preciso tomar muito cuidado, pois já reparei que quando as pessoas começam a se encontrar muito assiduamente, a coisa degringola, e elas começam a encontrar dificuldades para se aturarem.

Os mais vividos no mundo virtual dão um tempo na relação, e passam a se encontrar somente no "ICQ", trocando apenas curtas mensagens, e papos rápidos pelo telefone.
Entretanto, de uma coisa eu me convenci: existe muita paixão no mundo virtual, e quando ela surge, vem com tudo o que tem direito, isto é, com muito tesão e muito amor.

Os pseudo-entendidos em comunicação na Internet e eternos pessimistas pensam que o amor virtual nunca dá certo.

Conforme diria o grande Nelson Rodrigues, "são os idiotas da objetividade".

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