Há trinta mil anos, com a chegada da Era Glacial, o homem primitivo teve que começar a plantar e a caçar para sobreviver; e plantando deixou de ser nômade e sedentarizou-se nos espaços do plantio para aguardar a colheita do que plantara.
Assim, a agricultura é historicamente a principal base da economia e da produção do homem.
No nosso país, passada a febre do ouro e das pedras preciosas, a agricultura evoluiu da exploração das monoculturas da cana-de-açúcar e do café, para a diversificação das culturas e da produção.
O acúmulo do capital gerado pelo setor agrícola foi o responsável pela industrialização do país, nada diferente do que aconteceu em todos os países do mundo, além de ser este extrato da economia também o responsável pela estabilização econômica, pois recai sobre ele o ônus de garantir preços baixos dos alimentos, enquanto os produtos industrializados e os serviços atingem preços estratosféricos.
Apesar disto, apesar de tudo, apesar de todos, os produtores rurais de Barbacena têm tocado a sua atividade de maneira extraordinária, com uma safra prevista para o corrente ano altamente significativa. Basta relatar que foram colhidos 660 mil quilos de feijão, numa área plantada de 670 hectares. Já o milho teve, numa área plantada de mil e quinhentos hectares, uma produção de 6 milhões de quilos. Em cem hectares foram plantados e colhidos 1,94 milhão de quilos de batata. Já o tomate, em 100 hectares plantados, atingiu o número de 7 milhões de quilos produzidos. No que diz respeito à banana, os quinze hectares plantados geraram 120 mil quilos do produto. Foram produzidos 800 mil quilos de cana-de-açúcar em 20 hectares cultivados. Em dez hectares plantados foram produzidos cem mil quilos de mandioca.
No que concerne à pecuária, os números são também significativos: o rebanho bovino é de cerca de 26 mil cabeças. O suíno atinge aproximadamente dez mil cabeças e o plantel de aves, frangos e galinhas, alcança o número de quase cem mil cabeças. Foram produzidos mais de 16 milhões de litros de leite, 775 mil dúzias de ovos de galinha e 19 mil quilos de mel.
E olhe que nem foi falado nada da produção de olerícolas e frutas.
Esta produção importante para a economia municipal foi e é gerada pelos denodados homens rurais, de sol a sol, de dia a dia, lutando contra tudo e contra todos para garantir a segurança alimentar do povo desta terra, pois quem os devia ajudar está fazendo ajardinamento no centro da cidade.
O trabalho destes homens do campo é imenso e o retorno é pequeno, pois, como foi dito anteriormente, os produtos agrícolas são responsáveis pela baixa taxa de inflação que ocorre no país.
Estes homens rurais, muitas vezes desprezados pelos burocratas e tecnocratas que pululam nos cargos públicos, são os que garantem a nossa sobrevivência nesta vida. Pois, se podemos passar sem o automóvel, sem a televisão, sem o celular e outras bugigangas da vida moderna, não podemos absolutamente passar sem o nosso café da manhã diário, sem o nosso almoço diário e sem o nosso jantar diário, todos constituídos pelos produtos gerados pelos homens rurais nas suas terras.
Estes sim são os que merecem a nossa admiração, o nosso respeito e a nossa gratidão pelo que fazem e pelo que produzem. (Fonte dos dados: IBGE)
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