Título do Livro: TRISTEZA Soneto
Nesta hora triste estou-me a convencer
que o que me anima é febre, é puro espanto.;
do mundo eu levo a dor e o desencanto
e (a) tristeza a hora que eu morrer.
Triste é o meu fado, e amargo eu sou e louco.;
e sou carente, solitário e mudo.;
porque o amor que eu tive, muito pouco,
se foi de mim, e foi levando tudo.
Agora só na senda inesperada
eu não sou mais que um ébrio esfarrapado
que se embriaga mesmo sem beber.
E se no mundo (eu) já não sei nada,
pior serei quando for sepultado
em cova rasa ao tempo em que eu morrer.
Campo Grande-MS, 21.12.93 - 23:56
pág. 14
|