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Ensaios-->1964 - Algo a comemorar -- 03/04/2007 - 14:09 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
1964 – ALGO A COMEMORAR

Nivaldo Cordeiro (*)
S. Paulo, 31/03/2007

Aos poucos a baderna vai se instalando no governo Lula. Depois de meses de tirania dos controladores de tráfego aéreo, emblema do seu desgoverno, Lula receberá os representantes da “categoria”. O comandante supremo das Forças Armadas feito refém de sargentos, quebrando assim todas as hierarquias e passando todas as instâncias. O que falta com esses subalternos é voz de comando, não é canal de negociação. Por muito menos vimos instalar-se o movimento de 1964. Mas onde estão os homens para colocar o carro nos eixos e fazê-lo andar direito? Não enxergo ninguém.

Pressinto no ar uma onda de desordem como nunca vista. Greve dos controladores de vôo, ameaça de greve na Polícia Federal, greve dos funcionários do Banco Central. Virá uma onda em maremoto gigantesco, um tsunami grevista no setor público essencial pela simples falta de comando e pela estrutura molusca da Presidência da República. Pouco a pouco a incompetência e a inaptidão administrativa vão-se revelando. A falta de voz de comando da autoridade constituída está paralisando o País. Primeiro o tráfego aéreo é feito reféns de subalternos, provocando à população usuária dos serviços vexames jamais imaginados, e vejo aqui o mesmíssimo movimento subversivo de pôr comandados contra os comandantes e a autoridade maior desautorizando a ação repressiva das autoridades imediatas dos subalternos. Isso tem nome: baderna.

Uma possível greve na Polícia Federal simplesmente paralisará tudo: portos, aeroportos, o trânsito de pessoas e de bens. E será seguida de outras corporações poderosas e essenciais que não podem fazer greve, como as Polícias Militares. Uma greve em São Paulo dessa corporação, por exemplo, trará a maior carnificina de todos os tempos na cidade, cujo equilíbrio entre os homens de bens e os meliantes só se mantém pela vigilância severa que os policiais militares habitualmente têm feito. Mas se a Polícia Federal pode fazer greve e obter as suas “conquistas”, por que não a PM paulista?

Dizem os jornais que será dada gratificação aos controladores de vôo. Ficaremos na esdrúxula situação de ter um subalterno a ganhar mais do que o seu oficial imediato, talvez mesmo mais do que o comandante da guarnição. Isso é subversão da ordem, a doença mais letal que pode se apossar nas nossas Forças Armadas. Aceitar isso é aceitar o germe da destruição.

Por muito menos o movimento revolucionário de 1964 foi feito.

Tudo está dentro da lógica daqueles que estão a comandar o Brasil. Faz parte da cartilha de lutas da esquerda destruir a hierarquia das Forças Armadas, o que significa destruí-las como tal. Escolheram a Força Aérea para seu primeiro ensaio. Outros passos serão dados se algo não for feito, se os nossos governantes não tomarem uma atitude. Mas é inútil pedir a um molusco que endureça a espinha dorsal.

Hoje comemoramos uma data importante para a Nação. Celebro os Guardas da Pátria que em outros tempos não hesitaram em defender a Nação Brasileira de seus inimigos, impedindo a desintegração então em marcha. Grandes heróis personificados na magna figura do Marechal Castello Branco, meu conterrâneo, cuja memória celebro. Hoje deveria ser um dia de festas, mas é um dia de luto. Quarenta e três anos depois voltamos ao ponto de partida e a desordem está tomando conta do Brasil de novo, em novo ímpeto ainda mais destrutivo.


(*) Nivaldo Cordeiro é economista e empresário livreiro.

www.nivaldocordeiro.org





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