Na minha cidade, por meados de Abril de 2007 e ao cabo de 33 anos de uma alvorada política que já esbanjou quanto de espírito tinha para iludir os portugueses em permanente «mesma-coisa», depara-se-me o «Teatro Plástico» num postal-convite que engenhosamente se apresenta ao público: um texto de Samuel Becket traduzido para português e impresso em forma de ovo, o que naturalmente me impressionou.
Eis pois quanto a luminosa ideia de Cristóvão Colombo chega ao ano de 2007, não para mais e mais esclarecer a humanidade, mas sim e tão só para complicá-la mais e mais ainda, porque afinal, aos humanos resta complicar o impossível para sobreviverem aflitiva e intranquilamente entre si.
António Torre da Guia |