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Poesias-->Dos corpos e das coisas que morrem -- 17/02/2003 - 09:45 (joão manuel vilela rasteiro) |
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......................Para a Graça Capinha........
dos corpos e das coisas que morrem
os fusos com velas de seda
atravessando impiedosamente
as guelras das palavras circunscritas,
mais que uma rasura inevitável
os nódulos inocentes da boca
na solidão implantada nos pulmões
olham com os olhos que têm,
a geometria enganosa da paixão
que o ritmo circular dos foles
alimenta com fórmulas secretas,
com uma ponta subtil de ferocidade
os saltos das palavras quando são tecidas.
in,inédito - 2003 |
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