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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->Jurei que vou ser feliz..., -- 29/11/2001 - 18:28 (Agostinho M. da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Gostaria de ver esse texto em um filme:




Cansado de tanto apanhar da vida, jurei a mim mesmo que no novo amanhecer, aproveitaria a aurora, para modificar minha vida. É preciso ser feliz!


Nada de tristeza e de sonhos impossíveis. Vou nascer novamente e mudar meu destino.


Aquela manhã surgiu diferente, o céu na cor anil; nenhuma nuvem surgiu. Parecia que os Anjos ouviram meu juramento.


Indo à cozinha preparei o meu café, cantarolando uma música do Roberto Carlos. Adoro todas. Ele é incrível!


Enquanto o café estava passando, fui ao banheiro fazer minha higiene, quando embaixo do chuveiro, todo ensaboado faltou água. Que droga? Pensei!


Procurei à toalha, e tirei o sabão. Mas sem querer toquei minha mão com sabão nos olhos. Uma dor insuportável. Corri para a geladeira e tirei água do vasilhame e lavei a vista.


Nada iria atrapalhar minha nova vida! A luz faltou juntamente com a água, e meu café não saiu. Esqueci também que não tinha pó de café. Como tomar café?


Aprontei-me rápido, já que tinha um encontro por volta das 13:00 horas. Era uma linda mulher que passei por mais de um ano tentando conquistar. Até que ontem ela me ligou, marcando um encontro. Topei na hora!


Coloquei o perfume especial comprado no vizinho. Ele um senhor bem antigo, fazia um perfume delicioso que quando pegava o elevador, todos prendiam o nariz. Parecia uma coreografia com as mãos. Acho que eles não usavam perfumes. Mas eu tinha que usar por causa do cheiro de bode que meu corpo exalava no calor. Não poderia assustar a linda mulher com o meu cheiro!


Saindo do elevador, fui ao bar da esquina, onde o dono Português boa praça, sabia de tudo que acontecia no Mundo. Quando queria saber dos acontecimentos era o meu bar favorito.


Como sempre recebi um carinhoso “bom dia”, e logo o bom sujeito começou a narrar as noticias.


Tomei meu café, reparei que era cedo para o encontro. 10: 45 horas! Tinha muito tempo para chegar na Editora onde trabalho.


Depois de ouvir o lusitano, sai para pegar meu carrão. Um fusquinha ano 1961 em bom estado, com 1100 cilindradas. . Faltava nele, os pára-lamas dianteiros por causa da ferrugem. Tinha uns podres que não oferecia perigo.


Acariciei o carrão, e pedi para ele não me faltar. Agora minha vida seria diferente! Exclamei para ele.


Percebi um sorriso no carro. Mas carro não sorrir. Só podia ser o novo modo de vida. Pensei! Mas nada iria atrapalhar minha felicidade.


Procurei à chave e nada. Só podia ter deixado no meu quarto e sala. Subi dez andares, ainda faltava luz. Chegando lá, não encontrei aquela linda chave.


Percebi que o cheiro do perfume estava sumindo e coloquei mais. O sândalo dos Deuses tomou conta do ambiente.


Onde deixei a chave? Lembrei do bar e para lá partir.


O patrício rindo perguntou o que tinha acontecido? Respondi perguntando se ele não tinha encontrado uma chave do meu fusquinha? Ele, disse que tinha certeza que era minha, mas não quis me aborrecer, tendo em vista que eu estava apressado.


Engoli o palavrão, e não querendo mudar o novo estilo de vida, sai desejando um bom dia.


Voltei à garagem e de novo percebi um sorriso sarcástico nos faróis do carrão. O que será que ele está aprontando?


Olhei o relógio e marcava 11: 20 horas, e o trânsito estava horrível!


Véspera de fim de semana com feriado na segunda-feira. Um grande engarrafamento, mas tinha tempo para o encontro.


Na subida do viaduto, o carro parou. Recebi muitos impropérios e buzinas. O pessoal estava nervoso. Pensei! Não liguei, mas de repente chega um policial montado em uma moto. Muito educado, foi logo gritando para saber o que houve? Respondi cheio de receios,


que nada entendia de mecânica. O cara ficou possesso quando viu no marcador que não havia gasolina. Como? Tem certeza doutor Guarda? Não é possível enchi o tanque há dois meses. Será que a gasolina evaporou? Lembrei que tinha viajado mais de 600 Quilômetros. Pior que falei para o Guarda! Mas nada iria acontecer fazia de tudo para agradar ao homem e falei até do meu sonho de ser feliz.


O homem tirou um talonário e começou a escrever. Recebi uma vultosa multa. Agradeci ao Guarda, e ele disse que o reboque estava chegando. O carro foi rebocado, e procurei um táxi. Nada poderia atrapalhar minha felicidade!


O motorista estava brabo por causa do enguiço do meu carrão. Nada disse!


Mas alguém gritou um palavrão para mim. O truculento motorista percebeu e começou a reclamar. Sabe como eles reclamam?


Fingi que não ouvia e assobiei uma melodia. O cara mandou que parasse porque estava com o rádio ligado ouvindo o Programa do Haroldo de Andrade. Uma Faculdade no rádio em minha opinião. Aprendi muito com esse programa!


Tentei distrai-lo comentando o programa, mas ele disse que estava aguardando noticias sobre o trânsito.


De repente um barulho na traseira do carro. E alguém bateu no veículo. Uma grande confusão se fez. Preocupado com o horário, pedi ao motorista para ir embora, que tinha um grande compromisso.


Ele revoltado, disse que pelo jeito meu de tarado, só podia ser com mulher ou com veados


Depois da chegada da Policia, tudo foi resolvido. Mas o carro não tinha como seguir. O motorista queria receber a corrida. Mas tentei ponderar que não tinha chegado ao destino e, o truculento deu-me uma porrada na boca, que meus únicos dentes voaram.


Mas nada podia atrapalhar minha felicidade!


A policia prendeu o cara, e levou-nos para a Delegacia. Lá chegando encontrei o Delegado zangado. E mandou trancafiar-nos no xadrez. Após o almoço ele nos ouviria.


Perdi o encontro. Pensei! Mas nada vai atrapalhar minha felicidade.


Caiu um temporal e o xadrez ficou alagado. O Delegado não voltou naquele dia. Tentei conversar com o Carcereiro, mas ele não era de conversa.


Fiquei quieto, mas o motorista dizia que eu ia pagar. Mas tive sorte porque o colocaram na cela em frente. De vez em quando ele enchia a boca de cuspe e atirava sobre mim.


Mas estava resolvido que nada iria atrapalhar minha felicidade.


Por volta das 11 horas da manhã do dia seguinte, chegou o Delegado acompanhado da mulher que tinha marcado um encontro comigo.


Ele abraçava a mulher e fez questão de apresentar a todos. Dizia ser a esposa dele, e tinha levado ela a Delegacia para fazer o retrato falado de um cara que vinha há muito tentando ter um caso com ela. Tinha colocado bina no telefone e pelos registros da telefônica tinha o nome do proprietário do celular.


Pensei! Acabou minha felicidade.


Estávamos sentados aguardando o pronunciamento sobre nossa prisão. Quando ele começou a ler o registro da nossa prisão. Será que ele vai lembrar do nome do celular?


Tremi de medo!


Mas o destino não demorou a ser concretizado. A mulher do homem infelizmente reconheceu-me e perguntou o que estava fazendo ali?


Então sem pensar contei o que tinha se passado. Ela sorriu e pediu desculpas!


Tentava fazer sinal para que ela falasse baixo, mas ela era surda!


O Delegado com muita delicadeza pediu ao carcereiro que desse uma demonstração em mim o que faziam com pessoas que não respeitavam famílias.


Depois de muito sofrimento e aprendizado, consegui a liberdade.


Estou em minha rede curtindo uma luz que vem do alto. Sinto que minha fé não pode ser apagada. Essa luz vai me guiar no rumo da felicidade...Será?


Fim


























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