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Contos-->RELATOS DO INVEROSSÍMIL - PARTE X -- 10/12/2002 - 16:29 (Wellington Macêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
À cada dia maior vai se tornando a nossa perplexidade diante de fatos sobejamente inacreditáveis. São, na verdade,ocorrências que diante do seu profundo ineditismo têm nos proporcionado momentos de ampla reflexão. Jamais aventara que nós pudéssemos testemunhar colóquios de tão alto significado filosófico entre dois cães. Sem dúvida, é um marcante privilégio que o "acaso" nos cumulou, induzindo-nos a compartí-lo com os demais.
Temos testemunhado no decurso de tantos anos aos avanços obtidos pelos humanos nos mais diversos campos do conhecimento; quer seja na medicina, na química, na engenharia, na física; invenções sofisticadíssimas no ramo eletro eletrônico e assim por diante. É o homem adentrando por entre os meandros da tecnologia de forma tão rápida; num ímpeto avassalador que nos deixa, na verdade, orgulhosos de pertencermos à espécie.
Por outro lado, punge-nos a constatação do pouco ou quase nada que tem sido feito no que diz respeito ao seu auto conhecimento. Poucos, inexplicavelmente, têm se empenhado com a profundidade requerida no que concerne à sua origem; qual a razão da sua presença no planeta terra; qual a finalidade da sua existência e, acima de tudo, qual o seu verdadeiro destino. Se somos finitos ou infinitos.
Creia-nos o leitor ou leitora que com os cães tal descaso não procede, uma vez que eles são muito proficientes diante de tais problemas. Diferentemente do que possa parecer empenham-se, sem nenhum alarde, na tentativa de entender as coisas relacionadas com a imaterialidade.
Fiquemos hoje por aquí com as nossas divagações tendo em vista que o cão rico está se aproximando do seu amigo, o cão pobre e, sem dúvida, prestes a reiniciar mais uma conversação que nos stem surpreendido sobremaneira.
-----Boa tarde, quão ansioso estava por esse nosso reencontro, diz o cão rico.
----- Olá, boa tarde. Seja bem-vindo. Algo estava a me dizer que o amigo não tardaria. Não saberia afirmar se coisa semelhante ocorre com o amigo, mas é-me muito comum antever uma determinada situação e, de repente, o fato se tornar realidade como algo premonitório. Se todos se apercebessem da força que tem o pensamento na configuração dos fatos, como a vida ganharia nuanças distintas. Já percebeu o amigo como os pensamentos negativos projetam situações indesejáveis em nossas vidas ? Semelhantemente, como nos alentam as conquistas que decorrem dos bons pensamentos ? Se todos nos acercasse somente de pensamentos positivos não tenha dúvida que a vida não se revesteria de tantos transtornos.
----- Sem dúvida ----- diz por sua vez o cão rico. Sempre ouví dizer que as coisas que acontecem com as pessoas se parecem muito com elas. Ou seja, os pessimistas; os já derrotados, antes mesmo de iniciar quaisquer empreendimentos jamais alcançarão sucesso. Os maus pensamentos, a energia negativa nada constroem. São aliados inseparáveis dos perdedores. Estão sempre na rua da amargura. Até o que diz respeito à saúde física está na dependência do seu "modus vivendi". Diferentemente, os ostimistas; aqueles que se encontram impregnados pelos eflúvios do pensamento positivo são indivíduos predestinados às mais elevadas conquistas. São os legítimos vencedores. Estão sempre de bem com a vida e onde quer que se encontrem transmitem segurança.
----- Certamente essas suas palavras se revestem da mais pura verdade. Nós projetamos em nossas vidas exatamente aquilo que pensamos. Já se dizxia: "penso, logo existo". Eu acrescentaria: "penso, logo sou". A felicidade se constroi através de uma série de atitudes decorrentes de pensamaentos elevados, culminando com as ausências de dores física e moral. Enganam-se, peremptoriamente, aqueles que buscam nos outros, exteriormente. Felicidade ou infelicidade são estados de espírito contidos no âmago de cada um de nós; resultam de um conjunto de atitudes que projetamos em nossas vidas através do pensamento. São frutos das boas ou más ações que praticamos. Ninguém é responsável pela felicidade de outrem; quando muito podemos nos acumpliciar.
-----Outro dia, dois senhores idosos, respeitáveis, estavam conversando aquí na praça quando, discretamente, percebí que as suas assertiva diziam respeito à razão da nossa vida aquí na terra. Um deles, o que me parecia ser o mais idoso afirmava que cada vida, cada reencarnação representa mais uma oportunidade que Deus nos concede para que possamos saldar dívidas contraídas em vidas anteriores. Que após um determinado período de tempo desencarnado, o espírito de comum acordo com os seus mentores escolhe em que condições deverá reencarnar, tendo conhecimento prévio das vicissitudes que lhe serão impostas. Desse modo, uma vez se utilizando do novo revestimento corpóreo inicia mais uma jornada sem a lembrança do que lhe ocorrera em vidas passadas. Tal condição de esquecimento tem por finalidade legitimar o seu livre arbítrio, sem que reminiscências desagradáveis possam interferir no seu futuro relacionamento interpessoal.
----- Tenho a viva impressão de que o mesmo deverá ocorrer com nós caninos. Não será que a cada reencarnação, no nosso caso em particular, nós ascenderíamos cada vez mais na escala zoológica ? e num determinado, na dependência dos méritos de cada um, não alcançaríamos a condição de humano ? ----- conjetura o cão rico.
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