Não sonho. Não durmo.
Mesmo assim imagino o seja o sonhar,
que sei que existe no meu existir...
Finjo sonhar acordado,
finjo que o sonho existe e que tu existis...
Ser lunático que habita em mim sofre,
talvez porque sabe que terá que premeditar o seu sonhar.
De repente sumo.
Então, percebo que não existo,
e não saio atrás de nada,
muito menos, do sonho P...
pois já o sou sem sê-lo...
Nada de ensaios, ou danças, ou devaneios...
como folhas ao vento,
sigo o meu querer,
e confesso que é o bastante.
Vivo nu, sem sono, sem corpo, sem alma, sem amor, sem cheiro, sem beijo
triste rotina da realidade
ou o fim de sonho?...
© Pablo Nykcaht
|