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Poesias-->CERVA E CANA -- 18/02/2003 - 13:20 (Christiano Piccioni Toralles (Kico Toralles)) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CERVA E CANA



À dor - cerveja, e, depois, cachaça...

Maldita vontade de beber:

O sono vem, o olho embaça...

Copo cruel, tontura ameaça,

Dona do meu e de todo ser,

À dor - cerveja, e, depois, cachaça...

Entra que queima! e por mangüaça,

Alcoolizando o que ainda houver,

O sono vem, o olho embaça...

Paixão pela puríssima ou cabaça,

Triste ou feliz, bebo por prazer,

À dor - cerveja, e, depois, cachaça...

A cada par que a visão trapaça,

Como é dormente o amanhecer!

O sono vem, o olho embaça...

Depois, todo aquele gosto sem graça.

Calor, suor malandro começa a feder

À dor - cerveja, e, depois, cachaça...

No entanto, desce outra taça,

(O que mais tem pra beber?...)

O sono vem, o olho embaça...

A cerva teima... a cana dá desgraça.

Tanta ressaca que faz! Mas... tem de ser...

À dor?... - cerveja, e, depois, cachaça:

O sono vem, o olho embaça...



autor: Kico Toralles

09 de Abril de 2002

(* paródia da poesia "CHAMA E FUMO" de Manuel Bandeira)

http://www.kicotoralles.rg3.net
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