Governar é levar uma instituição pública, quer seja União, Estado ou Município, até seu objetivo, tratando de fazer o melhor uso possível dos recursos que estão à sua disposição.
Este conceito abrange dois outros conceitos fundamentais da administração pública: a eficácia e a eficiência. A eficiência postula a ênfase nos meios, à resolução de problemas, ao cumprimento de tarefas e o fazer certo as coisas. Já a eficácia se vincula ao atingimento de objetivos, à ênfase nos resultados e o fazer as coisas certas.
Num estado eminentemente providencialista e previdencialista como o Brasil, a governança não é tarefa das mais simples. Seria necessário que o gestor público tivesse um profundo conhecimento de administração, o que não ocorre com os nossos políticos. Aliás, não se pode esperar tanto dos políticos. Porém, capacidade de delegar é de se esperar que os políticos a possuam.
Não é objeto deste texto fazer um estudo mais consistente da gestão pública da nossa cidade, uma vez que outros componentes como efetividade, produtividade, qualidade, confiabilidade e sustentabilidade, entre outros, teriam que ser conceituados e analisados com mais atenção e mais abrangência.
A Prefeitura possui grande importância enquanto ator indispensável como proporcionadora das condições necessárias ao funcionamento do mercado e, por conseqüência, para o desenvolvimento local, e sua presença é fundamental à adequação do ambiente social e econômico do município para se alcançar o bem-estar das pessoas que aqui vivem.
Por esta muita razão é que, neste princípio de 2011, momento propício a reflexões, fiquem consignadas as esperanças e expectativas da nossa gente no sentido de que o município reaja e a gestão municipal possa efetivamente fornecer as condições necessárias para alavancar o desenvolvimento local.
É do conhecimento geral que a Prefeitura herdou dívidas enormes da gestão passada. Também é do conhecimento de todos a carência financeira dos municípios brasileiros face à perversa concentração fiscal na vertente União. Por outro lado, não se pode esquecer as vultosas despesas municipais com a saúde, educação, pessoal, previdência, assistência social, infraestrutura urbana, cultura e outras.
De qualquer maneira, não há muito mérito em administrar com abundância de recursos financeiros. O grande administrador público, o administrador público de sucesso, é aquele que num ambiente de carência, consegue estabelecer objetivos, alcançar resultados e atender às demandas de seu povo.
A ciência da administração oferece aos gestores públicos os recursos técnicos necessários ao enfrentamento de situações adversas dessa ordem, possibilitando o encontro de caminhos que levem às realizações esperadas pelas pessoas.
Em momento de crise é que:
- através da criatividade dos gestores são encontradas soluções para os problemas existentes no município;
- através da reflexão conjunta os gestores consigam vislumbrar alternativas para o enfrentamento de dificuldades;
- através do estabelecimento de metas de gestão consigam a participação e o comprometimento de todos os seus servidores para a execução das atividades básicas inerentes à função pública.
Os interesses institucionais devem ser formulados com base nos interesses da sociedade, com vista ao alcance de resultados que beneficiem o município. O que não se pode esperar é a inatividade da gestão pública em razão da falta de recursos.