Quando chegará meu dia?
Será que ainda terei minha vez?
Não há em mim
A esperança antiga,
Que eu tinha ainda menino,
De sequer ter esperanças.
Na verdade não me lembro
Se tive esperanças,
Pois sempre vivi alheio a mim
E a esperança, assim como a felicidade,
Era sensação que eu não me preocupava em ter.
Se eu a tive, não sei dizer,
E o mesmo digo da felicidade.
Tudo era como era,
E tudo era diferente.
Eu tinha apenas a preocupação de ser menino.
E ser menino não requeria mais explicação.
Mas meus dias passaram sem eu ter meu dia.;
Mas minha vez passou sem ter chegado.;
E eu perdi a esperança por não tê-la.;
E a felicidade se perdeu onde não encontrei
A esperança que nunca tive.
10/10/02
|