Sangue
Sangue, sangue, sangue...
Eu quero ver muito sangue
Escorrendo pelo chão.
Saíndo da boca dos delinqüentes
Que assassinam crianças debilitadas.
Sangue, sangue, sangue...
Eu quero sentir todo o sangue escaldante
Alimentar a sede dos devoradores,
Que se aproveitam dos seres mórbidos
Para arrancar-lhe de suas veias a pulsação constante.
Sangue, sangue, sangue...
Eu quero saciar a minha sede com sangue
Como o ébrio que engole até a última gota,
Sem perdoar os corpos inchados de pecados das meretrizes,
Abandonando os cadáveres nas ruas sem olhar para trás.
Sangue, sangue, sangue...
Eu quero imortalizar-me com sangue,
Seja de seres enfraquecidos ou sadios.
Procurando pelas cidades mortas
Qualquer chaga pronta para sorver.
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