Deus, ciência e evolução.
Alguns cientistas, como o biólogo e evolucionista Richard Dawkins, apregoam que Deus não existe porque Ele não poderia ser o projetista do universo. Diz ele:'inteligências criativas, por terem evoluído, chegam necessariamente mais tarde ao Universo e, portanto, não podem ser responsáveis por projetá-lo'. Com isto, ele conclui: ”Deus é um delírio pernicioso”. Então, ele usa a própria teoria da evolução, que tanto defende, para fazer tal afirmação cega. Em primeiro lugar, Dawkins se esquece que Deus não é uma criatura, não foi criado por ninguém, nem tampouco passou por processo de aperfeiçoamento. Por definição, Ele é incriado, infinito e impossível de ser compreendido pelo homem, pois Ele é a causa de tudo e não o efeito, este sim, sujeito às leis da evolução. Dawkins também se esquece que o “pacote evolutivo” foi projetado antes mesmo do “Big-Bang”, no qual ele acredita e, após este eclodir, todas as leis da física – as que permitiram a evolução da matéria e da consciência – já estavam necessariamente presentes. O universo não foi criado apenas para que grandes rochas girassem em torno de estrelas, mas sim, para gerar em alguns raros planetas a vida e as consciências que observam este mesmo universo. Este é o ápice da evolução da matéria. Aos seres humanos é vedado entender o Criador, mas a Sua criação está aberta ao nosso entendimento. Neste sentido, a ciência nada mais é do que o estudo sistemático e compartimentado das leis naturais, de toda natureza e através deste estudo a ciência se aproxima mais Dele, a despeito das afirmações acima. Apesar das aparências, torna-se cada dia mais difícil ser um materialista convicto, exatamente porque o homem usa cada vez mais o seu lado racional para perceber Deus através das entrelinhas da ciência, e muitos cientistas já fazem isto. Fomos dotados por Ele da racionalidade, então, é óbvio que devemos utilizá-la para evidenciar e até comprovar, através da obra, a existência do autor.Afinal, quem somos nós para negar a existência de Deus? Em todas as épocas o homem sempre pensou saber muito, porém, passado algum tempo, entende que quase nada sabe e, quanto mais aprende, mais se dá conta disso.Negar Deus é como negar a própria consciência. É como admitir o nada, que não existe. Não estamos separados de Deus, fazemos parte da Consciência Universal que a tudo experimenta e “vive” através de nós e de toda a criação. Na verdade, podemos dizer que nós humanos somos as mãos de Deus. As religiões tiveram o mérito de manter viva a idéia do Criador até os nossos dias, mas elas em geral também nos apartam da divindade na medida em que mantém uma imagem distorcida de Deus, atribuindo a Ele características humanas e arbitrárias. Talvez seja este o deus criticado por Dawkins: o deus antropomórfico das perseguições, dos desmandos e principalmente, da exclusividade religiosa, conseqüência direta desta interpretação. Nós todos, seres menos ou mais evoluídos do universo, somos partículas divinas, fazemos parte do Princípio Inteligente e Afetivo que a tudo permeia produzindo a evolução. Concluímos, como disse Louis Pasteur, o pai da microbiologia, que: ”Pouca ciência afasta de Deus, muita a Ele reconduz”. |
