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Ensaios-->A fantástica fábrica de propaganda ideológica -- 20/08/2007 - 08:59 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A fantástica fábrica de propaganda ideológica - I

por Felipe Atxa em 15 de agosto de 2007

Resumo: Quem financia o show de horrores esquerdista disfarçado de arte que é difundido no teatro nacional? O povo brasileiro, que é obrigado a sustentar obras cuja temática é influenciada por terroristas e ditadores comunistas, criminosos comuns, invasores de terras e intelectuais stalinistas.

© 2007 MidiaSemMascara.org


Há um movimento envergonhado, mas atuante, no meio artístico brasileiro, para impedir que o cidadão e o contribuinte brasileiros saibam que a quase totalidade do que se produz como “cultura” com dinheiro público não passa de mera propaganda política da esquerda e dos agentes da esquerda.

As pessoas precisam saber que uma parte nada desprezível dos tributos que recolhem (algo acima de algumas centenas de milhões de reais por ano) são destinados a financiar, a fundo perdido, filmes, peças de teatro, eventos e livros que nada mais são que publicidade institucional de teses controversas e antipáticas à grande maioria da população, tais como liberalização do aborto e das drogas, invasão de propriedade privada, incitação a violência contra as classes médias, criminalização de atividades comerciais, flexibilização da lei penal para assassinos e estupradores, glorificação de ditaduras estrangeiras, etc. Tudo isso disfarçado, perfidamente, de “expressão artística”.

Um exemplo que resume e confirma tudo isso pode ser conferido na cobertura feita pela imprensa especializada das atividades do grupo teatral conhecido por Companhia do Latão, altamente “prestigiado” no circuito cultural paulistano. Observe, a seguir, trechos do texto extraído do jornal O Estado de S.Paulo de 28 de julho de 2007 :

Latão faz 10 anos e ganha sede

Espetáculo de Brecht e exposição de fotografias integram as comemorações

Livia Deodato


A Cia. do Latão acaba de completar dez anos de existência e convida a todos para a festa que tem início hoje e vai até o fim de outubro. Motivos para comemorar de forma tão intensa não faltam: um dos grupos teatrais paulistanos mais engajados social e politicamente, o Latão inaugura hoje sua nova sede (Rua Harmonia, 931, tel. 3814-1905, V. Madalena) e reestréia seu trabalho mais recente, O Círculo de Giz Caucasiano, de Bertolt Brecht, no próximo sábado, no Teatro da Universidade de São Paulo (Tusp). O espetáculo volta ao cartaz paulistano após temporada de sucesso no Rio, Recife, Londrina e Araraquara.

Além disso, uma série de atividades está sendo preparada, como a exibição de oito documentários produzidos ao longo de cada montagem do grupo; uma exposição fotográfica com trabalhos de João Caldas, Stela Caputo e Lenise Pinheiro, entre outros; uma apresentação do grupo Filhos da Mãe Terra, de Sarapuí-SP, do assentamento Carlos Lamarca, ligado ao Movimento dos Sem-Terra (MST); e debates com os professores Iná Camargo Costa e José Antonio Pasta Jr. sobre a representação dos problemas brasileiros nas peças do grupo. Os Filhos da Mãe Terra vêm apresentar um exercício intitulado Fazendeiros e Posseiros, baseado na peça Horácios e Curiácios, de Brecht.

Quatro oficinas - atuação, música, vídeo para teatro e produção cultural - serão oferecidas no Tusp, a partir da semana que vem, por atores e colaboradores da companhia. As inscrições estão abertas e os interessados devem comparecer com currículo artístico até a próxima sexta, das 10 às 13 horas, na administração do Tusp (R. Maria Antonia, 294, tel. 3255-7182).

(...)

'Desde o início, o Latão assumiu essa frente teórica calcada no teatro e na música. Com o tempo surgiram outras frentes, como a linguagem audiovisual e o laço com grupos sociais, que agora só tendem a se fortalecer com a sede', diz o diretor. A companhia vinha realizando seus ensaios e discussões em um espaço cedido pelo Instituto Goethe. O aluguel da nova sede na Vila Madalena só foi possível graças à verba restante com que foram contemplados, há um ano e meio, pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo e ao patrocínio que receberam recentemente do Programa Petrobrás Cultural. 'Vamos conseguir arcar com as despesas do estúdio pelos próximos dois anos.' Em setembro, o Latão participa, pela primeira vez, do Festival de Teatro de Havana, em Cuba.

O texto e o próprio porta-voz do grupo não permitem que se mantenha qualquer dúvida a respeito das atividades do mesmo: em apenas 4 parágrafos pequenos, são feitas pelo menos 7 referências a atividades de militância de esquerda, a saber:

- “um dos grupos teatrais paulistanos mais engajados social e politicamente”;

- “Bertolt Brecht”;

- “grupo Filhos da Mãe Terra”;

- “assentamento Carlos Lamarca, ligado ao Movimento dos Sem-Terra (MST)”;

- “Fazendeiros e Posseiros”;

- “laço com grupos sociais”;

- “Em setembro, o Latão participa, pela primeira vez, do Festival de Teatro de Havana, em Cuba”;

Nesse texto curto, demonstra-se a relação formal e intelectual do grupo de teatro de “grande prestígio” com, pelo menos, um intelectual manifestamente stalinista (Bertolt Brecht, a quem Paul Johnson se refere em sua obra Tempos Modernos – O Mundo dos Anos 20 aos 80 como fascinado pela “violência comunista”), um movimento social revolucionário violento e especializado na invasão de propriedade alheia (o MST), um ex-guerrilheiro (Carlos Lamarca) e uma ditadura sanguinária (ninguém vai ser tolo a ponto de acreditar que a Cia. do Latão irá até a Cuba para pregar contra Fidel Castro, não é mesmo?). Seria mera ingenuidade, portanto, imaginar que “artistas” com tal rol de inspirações possa estar trabalhando, no campo estético, para a manutenção da democracia, da paz social ou da ordem jurídica.

O mais grave, contudo, imaginando-se que o direito à liberdade de expressão, numa sociedade “burguesa e capitalista” (como certamente não deixariam de frisar nossos companheiros da Cia. do Latão), é legítimo de ser exercido até por quem gostaria de cerceá-lo, é que toda essa difusão de lixo de extrema-esquerda, coletivista e revolucionário, essa celebração de tiranias assassinas do passado, do presente e – por que não? – do futuro, é paga quase que integralmente com dinheiro público. Ou seja: quem financia esse show de horrores disfarçado de “arte” é exatamente o povo brasileiro que não concorda com invasão de terra, com liberdade para criminosos perigosos, com liberação incondicional do aborto ou com prisões políticas. Reveja o trecho a seguir:

“O aluguel da nova sede na Vila Madalena só foi possível graças à verba restante com que foram contemplados, há um ano e meio, pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo e ao patrocínio que receberam recentemente do Programa Petrobrás Cultural.”


O texto não deixa margem de dúvida às seguintes constatações:

(1) A Cia. do Latão é financiada com dinheiro público;

(2) A Cia. do Latão usa um espaço público (no caso, a sede do Teatro da Universidade de São Paulo, o Tusp) para uma parte de suas atividades;

(3) O dinheiro público que financia a Cia. do Latão só chega até ela porque duas instâncias da administração pública (uma estatal e uma prefeitura) decidem, por critérios próprios inacessíveis à maior parte dos contribuintes, que a Cia. é apta e adequada a receber dinheiro público para custear suas atividades;

(4) A estatal que destina verbas à Cia. é a Petrobrás, subordinada ao governo federal do PT, e a prefeitura que também destina é a de São Paulo, administrada pela aliança DEM-PSDB;

(5) As atividades da Cia. do Latão financiadas com dinheiro público resumem-se, basicamente e conforme o texto acima, a propagação de material ideológico de extrema-esquerda, a saber: MST, Cuba, invasões de terra, textos escritos por um autor stalinista etc.


*


A fantástica fábrica de propaganda ideológica - Final

por Felipe Atxa em 17 de agosto de 2007

Resumo: Por que um governo considerado “inimigo” pelos militantes de extrema-esquerda como a administração da prefeitura de São Paulo destina tanto dinheiro a grupos e atividades que nada mais fazem que pregar a eliminação dos membros desse governo do cenário político, além de favorecer esquemas de artistas auto-intitulados “representantes da classe” que participam de comissões públicas onde é decidido que o dinheiro público disponível para a produção cultural será destinado a eles mesmos?

© 2007 MidiaSemMascara.org


É bastante óbvio imaginar por que um governo de esquerda como do PT destina verbas dos contribuintes para atividades desse tipo. As perguntas que ficam, contudo, são mais difíceis de ser respondidas:

(1) Por que um governo considerado “inimigo” pelos movimentos sociais e militantes de extrema-esquerda (no caso, a administração da prefeitura pelo DEM-PSDB) destina tanto dinheiro, sistemática e regularmente, a grupos e atividades que nada mais fazem que pregar a eliminação desses próprios partidos do cenário político (através das eleições ou mesmo de “revoluções sociais”)?

(2) Por que esses mesmos governos não financiam atividades e grupos que possam equilibrar essa visão de mundo, com uma abordagem judaico-cristã ou liberal-conservadora, por exemplo? Por que não existem tais grupos e atividades ou por que o aparato burocrático cultural de todos os partidos brasileiros está dominado por militantes comprometidos com a revolução socialista na América Latina, sobrepondo isso a suas próprias obrigações como agentes públicos e dentro de seus próprios partidos?

(3) Finalmente: é correto, do ponto de vista legal e do ponto de vista moral, que pessoas e grupos com interesses particulares que ferem interesses públicos mais amplos da sociedade (como a paz social, o direito à liberdade e à propriedade, a aplicação das leis, etc.) possam ser financiados com dinheiro de todos (verbas públicas) para difundir idéias e pensamentos que atentam, no final das contas, contra o próprio sistema democrático que lhes permite exercer suas atividades?

Para quem acha que o absurdo já chegou ao seu limite, a história nem começou a se complicar. Acontece que uma substancial parcela da verba pública que alimenta esse “aparelho” vem exatamente da Lei de Fomento ao Teatro, vigente no município de São Paulo. Uma certa Cooperativa Paulista de Teatro é habilitada a indicar jurados para participar dessa seleção de projetos que serão contemplados com dinheiro público. Vejam:

10/08/2007 17:57

Indicados da CPT à comissão julgadora do Fomento participam da roda, dia 14

Na próxima terça-feira, dia 14 de agosto, às 11h, acontece um novo encontro da roda de fomento na sede da Cooperativa. Na ocasião, estarão presentes os três indicados pela classe artística para compor a comissão julgadora do programa: Flávio Aguiar, Gabriela Rabelo e Kil Abreu.

É uma ótima oportunidade para colocar em debate pontos de vista, discutir questões técnicas do programa e trocar informações. Sua presença é fundamental. Compareça!

Vejam que curioso: o presidente dessa tal Cooperativa se chama Ney Piacentini:

Diretorias

Presidente: Ney Piacentini

Ney é também ator de teatro, integrante da própria Companhia do Latão. Vejam:

EQUIPE DE TRABALHO DE 'CÍRCULO DE GIZ CAUCASIANO'

Texto: O Círculo de Giz Caucasiano, de Bertolt Brecht

Tradução: Manuel Bandeira

Encenação: Sérgio de Carvalho

Elenco
Carlota Joaquina (da Companhia S. Jorge de Variedades),

Cibele Jácome (colaboradora do Teatro do pequeno Gesto),

Deborah Lobo,

Helena Albergaria (da Companhia do Latão),

Luís Mármora (da Companhia São Jorge de Variedades),

Mafá Nogueira (da Companhia A Santa Palavra),

Ney Piacentini (da Companhia do Latão),

Rodrigo Bolzan (colaborador do Núcleo Argonautas),

Rogério Bandeira (foi sócio fundador do Galpão do Folias),

Sidney Ferreira

Para quem ainda não entendeu o rocambolismo da situação, vamos resumir: Ney Piacentini é ator profissional de teatro. Ao mesmo tempo, ele é presidente da Cooperativa Paulista de Teatro. A Cooperativa Paulista de Teatro é considerada, para efeitos da Lei de Fomento, a “representante oficial da classe” na cidade, e como tal ajuda a decidir quais grupos teatrais recebem dinheiro público através da Lei de Fomento para montar seus espetáculos. Mas Ney não é, definitivamente, um ator qualquer. Ele é ator da Companhia do Latão. E a Companhia do latão recebe dinheiro, exatamente, da Lei de Fomento.

Agora, a síntese do resumo: artistas auto-intitulados “representantes da classe” participam de comissões públicas que decidem que o dinheiro público disponível para a produção cultural seja destinado a eles mesmos. Tudo em nome do “bem comum” e da “sociedade”, que sequer faz idéia do que está acontecendo.

Vamos ouvir uma voz aparentemente “neutra” na história, sem qualquer vínculo com as chamadas “forças conservadoras da sociedade”, para conferir o que representantes da própria “classe” pensam a respeito disso? Vamos ver o que o consagrado diretor teatral Antunes Filho falou a respeito do funcionamento da tal Lei do Fomento, ainda em 2004 (época de administração petista na cidade) . Seria absurdo acusá-lo de ser “de direita”. Tucanos e democratas venceram a eleição, mas o teatro do absurdo persiste. Vamos a suas palavras:

“Precisa cair a ficha, ter mais um pouco de consciência. Estamos sendo permissivos. Não libertadores, mas libertinos. Você sabe que eu não sou do teatrão, então posso falar do lado de cá. O teatro de pesquisa deve ser mais bem avaliado. Não é qualquer coisa, qualquer um que vai lá e faz. A administração do PT foi boa, mas deveria ter tido mais critérios. Foi muito partidária. O que me chateia no PT é essa coisa dos partidários, de não dar chance aos outros. Não é comigo, mas com uma porção de gente maravilhosa que faz teatro e não teve chance, não recebeu nenhum tostão, foram discriminados. E tem pessoas que receberam três, quatro vezes. Por que a inclusão só para os partidários? Eu lamento isso. (...) O critério é o do compadrio. Quem avaliou os que ficaram de fora? E os que entraram? Quem avalia esse contexto? Quem? Os partidários? Ah, que engraçado [risos]. O compadre vai falar mal de compadre? É como o compadrio de alguns críticos que só falam bem dos amigos. Eu quero que você publique isso. Está virando teatro dos compadres.”

A reação organizada a quiproquós como esses, disfarçados de “política cultural”, pode significar a diferença entre uma tirania futura e uma democracia possível para o Brasil de hoje e de amanhã. É um direito do contribuinte e um dever de todo cidadão preocupado com o futuro das instituições no Brasil direcionar essas questões a quem se responsabiliza pela destinação nebulosa de verbas públicas à publicidade ideológica revolucionária, antidemocrática e de extrema-esquerda. Para entrar em contato com a Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de São Paulo, é possível enviar um e-mail. Para entrar em contato com a maior financiadora pública de cultura do Brasil, escreva para a Petrobrás. Para falar diretamente com os partidos políticos, escreva para democratas25@democratas.org.br ou acesse o site do PSDB.

As maiores armas do militante cultural de esquerda são exercer com exclusividade o direito a mobilização perante a máquina pública, extrair dessa tudo que for possível em matéria de recursos materiais e, no final das contas, ainda fazer parecer com que esse seu exercício de privilégio particular representou uma conquista da “cidadania”. A única forma de barrar ou diminuir essa farra ideológica, perigosa e autoritária, é fazer saber ao político governante que sua atitude complacente ou paternal em relação a essa militância poderá se converter num prejuízo eleitoral futuro.


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