Um lugar que é trilegal,
Pleno de tanta pujança,
Onde um come outro também,
Vai virando uma lambança,
Mulher não fica parada,
Home que vacila, dança.
Inhame, inhame, inhame.
É um mundo encantado,
Gozar aqui é que é legal,
A transa aqui nunca para,
Toda hora entra e sai pau,
Marido vai trabalhar
E a mulher cai no mingáu.
Inhame, inhame, inhame.
Em toda casa da vila
É aquele entra e sai
O marido vai pra lida,
Ricardão chega por trás,
Da casa, eu bem me explico,
Corno e viado, isso é demais.
Inhame, inhame, inhame.
O Zezim lá do açougue,
É neguinho bem retinto,
A mulher também é preta
Mas deu para seu Jacinto,
Um galeguin lhe nasceu,
Preto de olho azulino.
Inhame, inhame, inhame.
Quando se chega no M.E.C.,
Mundo Encantado dos Cornos,
Vê-se muita harmonia,
Todo mundo é tão bondoso,
Se estiveres sem mulher,
Procure um lar ocioso.
Inhame, inhame, inhame.
ASCHELMINTO DA SILVA
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