Usina de Letras
Usina de Letras
145 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62231 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22537)

Discursos (3239)

Ensaios - (10367)

Erótico (13570)

Frases (50629)

Humor (20031)

Infantil (5434)

Infanto Juvenil (4768)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140805)

Redação (3306)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6190)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->Pecado capital -- 03/09/2002 - 16:07 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Jonas não entendeu direito a conversa do padre, que insistia em falar em pecado capital nos sermões da obrigatória missa de domingo. Morava no interior, então deduziu que era coisa de gente da cidade grande.
Foi assim que cometeu todo tipo de atos insanos, sendo condenado por assalto e lesões corporais.
Na cadeia do município não havia outros, mas um juiz novato chegou ao município e disse que lugar de preso era em presídio, e que a cela não era lugar para vagabundo ficar definitivamente.
Enviaram o homem para São Paulo, para a Casa de Detenção, onde dezenas de almas penam por não conseguir conviver com outros grupos sociais. É um local onde a palavra inferno não tem muito sentido, onde a ética dos apenados depende de grupos fortes, de gente que não tem nada a perder. A não ser as almas, cujo endereço também é incerto depois do grande desenlace.
Jonas chegou bobo. No caminho para a capital foi agregado a um monte de outros infelizes, cujos crimes variavam muito, desde estelionato até estupro.
Entrou no ónibus sob o olhar atónito de seus amigos de infància, sem pena do juiz, mas ainda assim esboçou uma brincadeira de mau gosto com o policial da escolta.
No veículo fechado tomou pancada de dois futuros companheiros de viagem. Para aprender que existia moral, de força e de qualidade de crime. O seu parecia pequeno ante outros companheiros, acostumados a frequentar prisões e fugir com os esquemas de corrupção.
Jonas até chorou na frente dos marginais. Era magrelo, não tinha musculatura para encarar pancada.
Sua chegada ao centro de desumanidade foi igual a de outros. Ouviu piadas, levou cantadas, percebeu que o inferno do padre tinha corredores, barras de ferro e muitos demónios de carne e osso.
Percebeu o movimento de colegas de cela, uma pequena com muitos homens. Sabia que sua noite seria de suplício se não tomasse algum tipo de providência.
Achou uma caneta esferográfica, pediu licença para escrever um número no papel que sobrava no canto próximo de um detento com fama de ruim, e se aproximando do companheiro, cravou a caneta no pescoço do
infeliz. Pegou bem na jugular.
Houve pànico dos outros, o detento morreu por falta de assistência e Jonas ganhou moral no pavilhão.
Dali em diante, mesmo magrelo, continuou a matar colegas de cela, apenas para mostrar que podia cometer pecados na Capital, os pecados que o padre tanto falava.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui