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Artigos-->DESPOLUIÇÃO DE RIOS E LAGOAS. TENDÊNCIAS NO MUNDO E BRASIL. -- 19/09/2012 - 17:01 (Osvaldo de Oliveira Aleixo Rodrigues, M.Sc.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


 



DESPOLUIÇÃO DE RIOS E LAGOAS. ÁGUAS SUPERFICIAIS - CONSUMO INSUSTENTÁVEL POR POLUIÇÃO E PERDAS. TENDÊNCIAS DO USO DAS ÁGUAS NO BRASIL E NO MUNDO. ABUNDÂNCIA DE ÁGUA VERSUS APAGÃO E COLAPSO.



Osvaldo de Oliveira Aleixo Rodrigues, M. Sc.

Mestre em Saneamento, Recursos Hídricos e Meio Ambiente - UFMG. Engenheiro Eletricista PUC MG. Pós-graduado em Engenharia Econômica, Fundação Dom Cabral. MBA - Executivo em Finanças Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais/IBMEC Business School. Planejamento Estratégico ADESG. Experiência de cerca de 10 anos em diagnóstico ambiental, avaliação de riscos e remediação de áreas degradadas (descontaminação de solo e água subterrânea). Estudos e especialização em processos de Oxidação Avançada para o uso de ozônio em larga escala.



Tel/Fax. : + 55 31 3281.1818 + 55 31 9379.1800. Email: oaleixo@hotmail.come osvaldo@uaigiga.com.br. Skype: osvaldoaleixo



    RESUMO: Esta abordagem apresenta um resumo das discussões sobre as questões mais importantes e tendências quanto ao uso da água e sua intensa poluição no mundo e no Brasil. Atualmente, em todo o mundo, há uma forte redução planejada da produção de alimentos, causada por falta de água e pela acentuada contaminação no uso deste recurso. No Brasil há uma abundância de água, porém, o suprimento para atendimento à demanda encontra-se sob a ameaça de apagões por causa da poluição grave e perdas de 60%, índice este, muito acima de 20% internacionalmente aceitos.



Como a população cresce exponencialmente 3 (três) fatores levam à escassez da água: a) aumento significativo na demanda per capita por água em condições de uso adequado; b) intensa e crescente poluição das águas em rios, lagoas, reservatórios, represas; c) redução da oferta de água per capita por causa de poluição e perdas. Surge assim a premente necessidade de um grande esforço para a despoluição das águas, em especial, nos grandes centros urbanos.



O fato é que a população cresce e o volume de água não. A distribuição geográfica da água não é, em si, um problema, pelo contrário, o Brasil é o único País no mundo onde as questões de água e energia são solucionáveis. A redistribuição geográfica da água interna e externa pode ser realizada por meio da logística de transporte de grãos, considerando-se que 1 t de grão leva 1.000 t de água. Porque não considerar este cenário uma inédita oportunidade para o Brasil?



Neste trabalho, as discussões foram direcionadas para o fato de que a água é fator de produtividade, competitividade e conectividade com a produção de alimentos; geração de energia; saúde; educação; transporte; pesca; esportes e lazer; cultura; turismo; Segurança Nacional; Soberania e Cidadania; e também a criação de condições competitivas indispensáveis para o desenvolvimento econômico e social com impacto vigoroso, imediato e direto na qualidade de vida de todos.



Por que não se discutir o tema águas numa visão integrada e mais ampla, com uma abordagem inovadora e sustentável em relação ao conceito atual e predominante de engenharia sanitária e saneamento? Basta mencionar que verificarmos na consulta pública do PLANSAB– Plano Nacional de Saneamento Básico-Orçamento da União 2013, que não encontramos rubrica que leva em consideração a necessidade de recursos para recuperação das águas gravemente poluídas com seus enormes danos causados em todas as atividades humanas e no próprio Ser Humano, fora a elevação de custos. O volume de recursos no entorno de 6 a 12 bilhões por ano representa muito pouco em relação, por exemplo, aos custos do País de mortes/ano no trânsito que alcança o montante de cerca de 30 bilhões de reais. Assim, solicitamos a inclusão no PLANSAB 2013, recursos para despoluição de águas porque não se trata de custeio, mas, de investimento para evitar colapso da água, reduzir custos de produção e aumentar a capacidade perdida nos reservatórios por conta da degradação da qualidade da água causada por poluição.



Dada a importância de se promover a melhoria da saúde, educação e desenvolvimento econômico e social, eliminar o alto grau de poluição que causa má qualidade das águas superficiais, reduzir as enormes perdas nos processos, de 60% para 20% (nível aceito internacionalmente) e reduzir o uso exagerado e insustentável da água no Brasil. Neste contexto, torna-se urgente um choque de gestão pois este cenário não pode ser mantido indefinidamente.



Assim, um grande esforço deve ser focado para se evitar mais e mais casos de poluição das águas superficiais. Este esforço poderia ser direcionado para a criação de um programa de implantação de novas tecnologias e ideias de modo a aumentar a produtividade hídrica e competitividade para os setores primário, secundário e terciário.



Na maioria dos casos, somente os processos tradicionais aliados às práticas de simples abandono de mananciais e seus gigantescos passivos de contaminação, porque ficam gravemente poluídos, não têm resolvido satisfatoriamente e de modo sustentável o problema de fontes e reservatórios de suprimento de água. A solução para estas áreas contaminadas são de responsabilidade do poder público, conforme a Constituição; Leis Estaduais e Municipais e tem sido descumpridas sistematicamente num processo recorrente e cumulativo.



Estes fatos resultam em: a) reduções de capacidade suprimento nos reservatórios e mananciais, de produtividade e criação de dificuldades operacionais nos processos de tratamento das águas; b) aumentos dos custos de produção da água com qualidade apropriada para o tipo de uso; c) dificuldades de atendimento à demanda de água, que cresce exponencialmente com a população d) acúmulos de resíduos, lixo e detritos nas águas, e) prejuízos para as atividades da pesca, turismo, transporte e navegação, lazer e esportes, desenvolvimento econômico e social, e na qualidade de vida; f) continuidade dos processos de eutrofização e proliferação de floração de algas nos rios, lagoas e reservatórios; e, g) enorme risco de “apagões” no suprimento e impactos negativos à saúde pública provocada por poluição e qualidade inadequada da água, principalmente nos centros urbanos e grandes metrópoles. 



É importante lembrar que embora já se tenha solução tecnológica avançada para estas questões citadas, estes problemas continuam causando enorme prejuízo econômico e social, além de elevação de custos de produção e impactos negativos na qualidade da água.



Verifica-se atualmente, que na maioria dos países no mundo hoje não se manifesta o interesse em aumentar a produção de alimentos. A este respeito, o Brasil como o único país no mundo onde as questões de energia e água podem ser totalmente resolvidas e, as fontes são abundantes, por que não tratar essa questão como uma grande oportunidade?



ABSTRATC. This approach presents a summary of the discussions on the most important issues and trends in the use of water and its heavy pollution in the world and in Brazil. Currently, worldwide, there is a strong planned reduction of food production, caused by lack of water and severe contamination by the use of this resource. In Brazil, that is the only one Country in world, plenty of energy and water, but, the supply to meet demand is under the threat of “blackouts” because of serious pollution and loss of 60%, this rate, well above 20% internationally accepted.

As the population grows exponentially three (3) factors lead to water scarcity: a) significant increase in per capita demand for water under conditions of proper use, b) intense and increasing water pollution in rivers, lakes, reservoirs, dams, c) reduction in per capita water supply because of pollution and losses. Thus arises the urgent need for a major effort to clean up the water, especially in large urban centers.



The fact is that the population grows and the volume of water not. The geographical distribution of water is not in itself a problem; on the contrary, Brazil is the only country in the world where issues of water and energy are solvable. The geographical redistribution of water inside and outside can be performed by logistic transport of grain, considering that 1 ton of grain leads 1000 t of water. Why not consider this scenario an unprecedented opportunity for Brazil?



The discussions are about water as a factor of productivity, competitiveness and connectivity with food production; energy generation, health, education, transport, fishing, sports and leisure, culture, tourism, National Security, Sovereignty and Citizenship, and also the creation of competitive conditions indispensable for the economic and social impact with vigorous, immediate and direct improving in quality of life for all.



Why not discuss the topic waters on an integrated vision and wider, with an innovative and sustainable concept in relation to current and prevailing sanitary engineering and sanitation? Just mention it in public consultation PLANSAB - National Sanitation, Union Budget 2013, we found no line with estimated expenditures for remediation of polluted waters seriously, with its huge damage to all human activities and the Human Being, outside the increase in costs. So, we request the inclusion in PLANSAB 2013, funds for water decontamination because it is not cost, but investment to avoid: a) collapse of water, b) reduce production costs; c) increase capacity lost in the reservoirs due to the degradation of the quality caused by water pollution and blooms of algae’s.



Given the importance of promoting improved health, education and social and economic development, eliminate the high degree of pollution that causes poor quality of surface water, reduce huge losses in processes, from 60% to 20% (level accepted internationally) and reduce the overuse and unsustainable water in Brazil. In this context, it is urgent a shock of management because this scenario cannot be maintained indefinitely.



Thus, a major effort should be focused to avoid more and more cases of pollution of surface waters. This effort could be directed toward the creation of a program to implement new technologies and ideas to increase water productivity and competitiveness for the first, second and tertiary sector of the economy.



The conventional water/swages’ treatment processes allies of the practice of simple abandonment of its huge sources of water, because they have been seriously polluted, and the problem of water supply reservoirs have not resolved satisfactorily and under a sustainably mood. The solution to these polluted areas are the responsibility of the government, as the Constitution, State and Municipal Laws and has been a recurring process systematically unfulfilled and cumulative.



These facts result in: a) capacity reductions in supply reservoirs and fountains; b)lose of productivity; c) creating operational difficulties in the processes of water treatment; d) increases in costs of production of high quality water suitable for the type of use; e) difficulties in meeting the demand for water, which grows exponentially with the population; f) accumulations of waste, trash and debris in the water; g) damages to the activities of fishing, tourism, shipping and navigation, recreation and sports, economic and social development, and quality of life; h) continuing process of eutrophication and proliferation of algal blooms in rivers, lakes and reservoirs; and, g) enormous risk "blackouts" in supply and negative impacts to public health caused by pollution and poor water quality, especially in urban centers and large cities.



Is important to remember to solve all these issue, in spite of advanced technological hasalready eliminated these problems, nowadays, in the majority of cases this issue continues to cause major economic and social losses, in addition to lifting costs and negative impacts on water quality.



There is currently, in most countries in the world today is not manifested an interest in increasing food production. In this regard, Brazil is the only country in the world where issues of energy and water can be fully resolved, and the sources are plentiful, why not treat this issue as a great opportunity?



PALAVRAS - CHAVE: Saneamento. Despoluição de águas de Rios e lagoas. Águas contaminadas. Águas superficiais – Produtividade e Sustentabilidade. Consumo de água insustentável. Eutrofização e floração de algas em represas, rios, lagoas.





1. INTRODUÇÃO



Na atualidade, abordagens e discussões acerca da água vêm sendo conduzidas como se a quantidade de água disponível fosse infinita e não conectada à produção de alimentos; geração de energia; garantia de saúde; melhoria do nível de desenvolvimento educacional (crianças que bebem águas poluídas aprendem 13,3% a menos – OMS); logística e transportes; pesca; esporte e lazer; cultura; turismo; saneamento básico; Segurança Nacional; Soberania e Cidadania, aspectos essenciais para proporcionar o desenvolvimento econômico e social sustentável, tema diretamente relacionado com a qualidade de vida.



No cenário do crescimento populacional e sua tendência de concentração em centros urbanos; da cultura do desperdício de água; da poluição intensa da água seguida do recorrente abandono da fonte e do seu uso insustentável por excesso de exploração; a despoluição das águas se manifesta indispensável e urgente.



Torna-se necessário um enorme esforço direcionado para despoluir os mananciais contaminados e evitar mais e mais casos de poluição da água dos rios, lagoas, represas e baías oriundos da atividade humana e da inevitável poluição difusa.



A questão da água, no tocante à sua redistribuição geográfica, possível na forma de grãos, associada ao desafio da recuperação da qualidade dos mananciais mereceria um programa específico para a proposição de ações e investimentos?



Na maioria dos casos de poluição das águas superficiais, somente o processo tradicional de tratamento de águas e esgotos aliado ao recorrente abandono das fontes poluídas não tem resolvido satisfatoriamente a questão do suprimento de água e de qualidade de vida e saúde pública. Com isto, os mananciais e reservatórios se tornam incapazes de se autodepurar e atender ao acelerado crescimento da demanda de água que evolui exponencialmente com a população.



Este cenário certamente resultará em colapsos de suprimento de água com qualidade nas regiões densamente ocupadas e com tendência evidente de continuarem se adensando mais e mais e de maneira desordenada. O caso é que a população cresce exponencialmente, mas a oferta per capita da água não. Ao contrário, diminui por poluição e abandono da fonte poluída, exploração insustentável por excesso de volumes de usos e elevadas perdas.



O resultado mais provável será o de “apagões” e colapsos por falta de água com qualidade adequada a natureza do uso. Em qualquer situação de colapso, sabe-se que o caminho é se criar nova curva de desenvolvimento, em nível superior à anterior, para acelerar o processo e superar a situação de ameaça de crises imposta pela permanência nos modelos ultrapassados em prática.  



Nesta visão, a solução consistiria da inserção de tecnologias preventivas, hoje disponíveis no mercado, de pré-tratamento com desinfecção prévia da água e controle da poluição difusa e da floração de algas nas fontes e reservatórios; e, sobretudo, de medidas corretivas emergenciais de despoluição de mananciais abandonados, que resolvam déficits na produção de água. A utilização de boas práticas técnicas avançadas e de resultados rápidos é essencial para a revitalização das fontes de suprimento de água que hoje estão gravemente poluídas, para evitar os colapsos que se tornam evidentes centros urbanos.



A simples abordagem ideal de que redes coletoras resolvem 100% do problema da coleta de esgotos não tem demonstrado sua efetividade porque sua construção é demorada e envolve questões complexas de desapropriações e assentamentos. Torna-se inevitável o uso de mecanismos de contenção e de despoluição permanentes do manancial a montante e/ou a jusante, até porque existe a poluição difusa. A questão é que o processo de obras de interceptação tradicional não tem velocidade suficiente para acompanhar a evolução de instalações de esgotos clandestinos por contínua evolução da população e, também porque as redes de esgotos são danificadas e poços cacimba e fossas sépticas são abandonados e permitem infiltrações e mais a poluição natural de ventos, chuvas, resíduos carreados na bacia hidrográfica. Este conjunto de situações promove a infiltração de águas no solo, nas águas subterrâneas e nas redes pluviais, que por fim, acabam por conduzir e transportar a contaminação para os aquíferos superficiais. O segredo é tratar e reabilitar as nascentes, implantar medidas de contenção na micro bacia do manancial para voltá-lo a um estado de equilíbrio ecológico, que o conduzirá ao seu processo natural de autodepuração. É importante ressaltar, que, além disso, deverá se manter um serviço permanente de prevenção e correção para cuidar da remoção de detritos, resíduos e sedimentos oriundos da poluição difusa, de modo que estas degradações não se acumulem com o tempo.



No mundo contemporâneo pode-se verificar a possibilidade de intensa e rápida troca de conhecimentos, tecnologias e experiências culturais, oportunidades de comparações e avaliações para aplicações dos avanços tecnológicos disponíveis em todo o mundo, que podem ser direcionados para a melhoria da qualidade de vida. Hoje por exemplo a internet já anuncia as lâmpadas LED que substituirão todos os tipos de lâmpadas incandescentes, fluorescentes e vão economizar energia elétrica e melhorar a durabilidade a custos competitivos. Destaca-se que na internet temos hoje 30% de pessoas conectadas no mundo e teremos 85% em 2015. Neste contexto se cria a oportunidade de massificação ou universalização de acesso às informações e a tendência será a de aumento da pressão política exercida pela sociedade, para melhores soluções para energia e água; naturalmente atreladas às questões da fome; inanição; pobreza; emprego; segurança; em busca do desenvolvimento econômico e social mais equilibrado e sustentável.



As grandes transformações científicas atuais sinalizam um estado de abundância e difundem práticas inovadoras e plataformas multifuncionais que poderão em curto prazo ser universalizadas e implantadas em condições de preços competitivos e com grande impacto na qualidade de vida. Por exemplo, cita-se que na África, em regiões de muita pobreza, uma pessoa usa um celular que o presidente dos Estados Unidos não utilizava a 15 anos.Tabletes serão distribuídos no mundo a preços muito baixos. De forma similar, para se evitar colapsos por falta de água e desperdícios, são propostas novas tecnologias na agricultura e indústria onde existem ideias tais como, verticalização da produção; irrigação e aplicação de produtos controlados por computadores; maior utilização da robótica e de melhorias genéticas, nanotecnologias, informatização, que possam reduzir o consumo de água insustentável, aumentar a produtividade hídrica e, consequentemente, a melhoria significativa na competitividade da produção agrícola. Estações de monitoramento em um celular poderão funcionar como centro de atendimento médico remoto captando informações dos indivíduos e enviando a um centro de diagnóstico e isto pode simplificar muito as ações e a universalização da saúde preventiva. Pode-se estender a mesma abordagem para todos os setores: primário; secundário; e, de serviços.



Grandes rios foram despoluídos em séculos e/ou décadas, mas, o mundo ainda enfrenta enormes dificuldades para resolver esta questão de despoluição das águas superficiais contaminadas por esgotos; por efluentes industriais e agrícolas; por poluição difusa; e, especificamente, para executar a efetiva redução e controle eficaz da proliferação das algas, aguapés nos reservatórios de água e mananciais.



Pensar que redes coletoras de esgotos serão suficientes para interceptar os esgotos ou efeitos da poluição difusa que afetam a qualidade das águas superficiais se mostra como uma solução improvável ou insuficiente. De fato, os esgotos que vazam de redes defeituosas, os esgotos clandestinos que se instalam diuturnamente são problemas pontuais que se avolumam aceleradamente de tal sorte que a velocidade de interceptação jamais irá acompanhar. A solução desta situação, digamos marginal, ainda depende da adoção de abordagens diferenciadas e tecnologias avançadas disponíveis no mercado, como por exemplo: fitoremediação; biorremediação; oxidação avançada de modo a  evitar ao máximo o descarte, o lançamento de produtos e/ou tratamentos locais que possam reduzir o volume de despejos de águas poluídas nos mananciais. Por exemplo: O uso da tecnologia baseada na utilização de ozônio, radical hidroxila e raios ultravioleta pode ser aplicado “in situ” e em larga escala nos mananciais, nos conceitos de início (preventivamente) e fim (corretivamente) de tubo.



Destaca-se que a tecnologia de aplicação do ozônio demonstrou efetividade para despoluição corretiva e gestão sobre a poluição difusa e floração de algas, praticada nos últimos 15 (quinze) anos em rios, baías e lagoas, já foi patenteada e disponibilizada para o uso no mundo desde 2011. Pode ser aplicada no ambiente aquático poluído independentemente de seu estágio de desequilíbrio ecológico, poluição ou grau de eutrofização. Como um procedimento corretivo (fim de tubo) elimina passivos ambientais em curto prazo. Como ação preventiva (início de tubo) revitaliza e mantém a qualidade da água do ambiente aquático, mesmo sob os impactos de poluição difusa, mantendo a capacidade de produção dos reservatórios, executando a desinfecção da água de modo eficaz e removendo o lixo, detritos e resíduos das águas.



Esta visão mais ampla deve contemplar todo o ecossistema e buscar a  sustentabilidade, ou seja, considerar os aspectos econômicos da obtenção e uso éticos do lucro, os aspectos sociais levando em conta a contribuição para erradicação da fome, miséria, doenças e analfabetismo, os aspectos políticos da democracia, liberdade e paz, os aspectos culturais e os ambientais por uso consciente dos recursos da natureza. Desta maneira, a recuperação da degradação dos aquíferos poluídos de forma cumulativa e acelerada, implica em substituir a gestão de esforços e gastos, por gestão de resultados, que podem e devem ser claramente definidos e mensuráveis para serem obtidos em um tempo determinado. Para o dimensionamento deste esforço de reabilitação e recuperação da qualidade da água do corpo hídrico, torna-se necessário: a) a caracterização hidrogeológica das fontes de poluição do manancial contaminado e de sua microbacia de drenagem; b) identificação dos meios de transporte destas contaminações; c) tipos e intensidade de receptores e sua localização; d) concentração de compostos de interesse; e) riscos de contaminação e ameaças de falta de água; f) identificação de nascentes e avaliação e caracterização hidrogeológica da micro bacia hidrográfica do manancial poluído.



Estas novas tecnologias de recuperação e revitalização de corpos hídricos não têm como objetivo principal substituir as técnicas convencionais, mas de serem utilizadas de forma complementar e com o objetivo de: a) reduzir custos de produção de água em 10 a 30%; b) reduzir em 50% os custos de manutenção da sustentabilidade da qualidade apropriada obtida nas fontes ou reservatórios de água reabilitados, em relação aos custos de sistemas convencionais de tratamento e limpeza manuais atuais; c) aumentar a produtividade hídrica e a competividade de forma significativa; d) buscar retornos de investimento em curtíssimos prazos (6 meses a 24 meses) d) reutilizar águas poluídas, principalmente nos grandes centros urbanos.



O fato é que, no modelo atual, os processos convencionais de tratamento de água/esgotos mesmo com aumento na aplicação de produtos químicos e uso de sistemas de carvão ativado, não apresenta resultados efetivos para o controle da eutrofização e da proliferação de algas, combate à poluição difusa e reuso das águas residuárias. Além destas limitações, essas tentativas de se obter melhorias nos resultados dos processos convencionais podem provocar elevação das concentrações de químicos na água, tornando-a prejudicial à saúde humana além de piorar a qualidade e a competitividade. Estas medidas não garantem a manutenção ou recuperação da capacidade de produção dos reservatórios, não removem resíduos das águas e não resolvem a complexa e frequente questão da floração de algas, observada na maioria das represas de água.   



O momento para uma intervenção neste processo é urgente porque se trata de uma situação cumulativa e recorrente tanto em relação à escassez que se reflete num cenário de ameaça de colapso do fornecimento da água, quanto nos impactos negativos oriundos da intensa poluição generalizada e cumulativa.



No Brasil, a competência e a responsabilidade por ações de gestão e preservação dos recursos hídricos, conforme a Constituição, regulamentos e leis Federais, Estaduais e Municipais são do Poder Público, mas costumeiramente, observa-se, de um lado, a falta de cumprimento destas responsabilidades e, de outro, o desinteresse em priorizar a universalização do saneamento básico incluindo a despoluição de águas contaminadas, tão essenciais para o desenvolvimento econômico e social, qualidade de vida e benefícios na competitividade do País.



Isto significa que, em se mantendo essa situação, deveremos estar preparados para o enfrentamento de colapsos provocados por falta de água e de gestão por resultados, apesar da abundância do recurso hídrico. No Brasil, a redistribuição geográfica da água, com os mananciais a priori concentrados (40%) no norte do país pode ser resolvida com a melhor gestão e ajustes na logística de produção de grãos.



O estresse dos recursos hídricos principalmente nos grandes centros urbanos pode resultar na indigência e inanição por falta de água. Certamente, este panorama provocará a tendência do agravamento da fome e de exclusão social, que encorajará, mais e mais, a população migrada da zona rural para as regiões urbanas, possivelmente, se direcionar para a criminalidade e o uso de drogas em busca da sobrevivência a qualquer custo. Nas principais regiões metropolitanas do Brasil este estresse se tornou uma evidência notória. Citam-se as regiões metropolitanas de São Paulo (Rio Pinheiros, Rio Tietê, Represas de Guarapiranga, Rio Grande); Rio de Janeiro (Baía de Guanabara, lagoas da Tijuca, Marapendi, Jacarepaguá), Região Belo Horizonte (Rio Arrudas, Lagoa da Pampulha, Represas de abastecimento de água, Córregos Sarandi e Ressaca), sem excluir todos os demais casos em todo o Brasil.



Atualmente, na maioria dos países em todo o Mundo, se observa a  diminuição da produção de alimentos por falta de água, tanto que cerca de 8% da população, mais de 500 milhões de pessoas, se alimentam com grãos produzidos utilizando-se o consumo de água insustentável. Esta redução se deve a vários fatores, entre outros: a) fortes secas e/ou tempestades e falta de energia; b) a produtividade no uso da água no setor industrial é 50 vezes maior que na agricultura; c) a estratégia em evolução no mundo em relação à falta de água pode ser importar a água por meio da importação de grãos.



2. PRODUTIVIDADE E SUSTENTABILIADE NO USO DA ÁGUA



Há 50 anos passados a sociedade voltou-se para a elevação da Produtividade do solo, hoje isto é uma realidade. No Brasil, por exemplo, em relação ao milho a produtividade passou de 2 toneladas por hectare para 10 toneladas por hectare, através do  desenvolvimento e inserção de novas tecnologias na agricultura. Hoje o foco se volta para a sustentabilidade envolvendo as questões de energia e de suprimento de água em condições adequadas para os diversos tipos de uso.



Estaria a questão de uso e produtividade do solo efetivamente resolvida com o uso da água de modo insustentável? Ou seja, seria a evolução do agronegócio independente do uso adequado da água, quanto aos aspectos sociais, econômicos, ambientais, culturais e políticos? 



Na questão da água é importante adotar uma nova abordagem integrada e holística que contemple a sua conectividade com todas as atividades para um desenvolvimento econômico e social equilibrado. Sua desigual distribuição geográfica, exploração de modo insustentável, acelerada poluição e níveis inaceitáveis de desperdícios, evidenciam mais e mais a necessidade de incorporação de novo perfil de gestão por resultados e aplicação de tecnologias inovadoras, não só para coibir a poluição como também para a despoluição eficaz dos mananciais altamente comprometidos por contaminações, sobretudo, os localizados em grandes centros urbanos, essenciais até para o abastecimento humano.



Nesta abordagem, a gestão para elevação da Produtividade Hídrica se torna essencial e porque não fator estratégico para a Segurança, Soberania, Cidadania e melhoria da qualidade de vida?



Dados sobre a colheita mundial de cerca de 2,0 bilhões de toneladas de grãos/ano indicam decréscimos de produção em diversos países em função de problemas com secas e chuvas, ressaltando-se a Rússia, Estados Unidos, África, Europa, China, Oriente Médio, Índia, Austrália.



Estatísticas mostram que tempestades indicam um crescimento sistemático de enchentes no Mundo. No período de 1900/1909, registrou-se 2 ocorrências,  e, entre 1990/1996, 30 grandes inundações, que aliadas às secas prolongadas têm provocado prejuízos e dificuldades na produção agrícola. Existe um déficit hídrico mundial hoje de mais de 160 bilhões de toneladas de água que representa mais de 160 milhões de toneladas de grãos, quase o total da produção anual de grãos no Brasil.



Na Economia Mundial, o Brasil poderá atender a este déficit hídrico cruzando as fronteiras do Mercado Internacional de Grãos. Porque não aumentar em cerca de 20 vezes a sua produção de grãos e alimentar toda a população do globo e produzir grãos para cobrir também o déficit de energia em outros países?



A sensibilidade dos preços de alimentos é elevada. Se estabilizássemos hoje o nível de bombeamento de água de todos freáticos, a produção mundial de grãos cairia 8% e os preços poderiam se elevar significativamente. 



O aumento da produtividade hídrica suscita providências tais como: a) resgate da capacidade de produção dos reservatórios por meio de sua despoluição; b) aumento de competitividade por redução possível de custos de produção entre 10 a 30% mediante a despoluição, pré-tratamento “in situ” com desinfecção da água, redução de nutrientes e erradicação de episódios de floração das algas em represas de produção da água; c) contenção do acelerado processo de poluição das águas; d) redução das fontes poluidoras tais como esgotos clandestinos, resíduos e sedimentos; e mecanismos de contenção de fontes naturais como o vento, chuvas, erosões, lixo e resíduos perigosos; f) implantação de programas de reabilitação de nascentes; e) limpeza de lixo das águas nos reservatórios como uma fase de pré-tratamento; f) execução de diagnósticos sobre a poluição dos mananciais, de forma mais abrangente; g) recomendações para a utilização de inovações tecnológicas e não somente melhorias de técnicas de tratamento convencional de águas e esgotos. Acredita-se que deste modo se torna possível alavancar a produtividade hídrica em bases sólidas, a custos mais competitivos e com resultados em velocidade capaz e suficiente para superar a demanda per capita de água que cresce acentuadamente com a população.



Sabe-se que R$1,00(um) real aplicado em melhoria de gestão e competitividade pode resultar em cerca de R$200 (duzentos reais) de retorno, assim como, R$1,00(um) real aplicado em saneamento pode resultar em R$5,00 (cinco) reais de retorno na saúde fora os benefícios intangíveis. Estes indicadores podem ser alcançados por aumentos da melhoria da produtividade, por redução de desperdícios de recursos e tempo, aprofundamento no conhecimento do processo produtivo e introdução de inovações e tecnologias avançadas, quer seja por melhor genética, verticalização da agricultura, processos de irrigação automatizados, robótica, mapeamentos georeferenciados.



Possivelmente, com estas medidas se torna mais provável o atendimento universalizado à demanda a preços competitivos valendo-se da escala de produção por massificação do consumo.



No Brasil o aumento de produtividade hídrica dependerá de melhor uso e reuso do recurso hídrico e principalmente de ajustes de sua distribuição geográfica por meio de deslocamentos da produção com alteração na logística de transporte de grãos. Torna-se também indispensável investimento para a redução dos elevadíssimos níveis de perdas observadas no uso cotidiano e da redução do enorme passivo ambiental gerado por poluição das águas superficiais.



O Brasil, embora seja rico em água e energia, deverá evoluir na administração dos recursos hídricos por meio da gestão de resultados e governança. Para o efetivo aumento da produtividade e competitividade hídrica, os reservatórios e mananciais deverão ser reabilitados por meio da despoluição das águas e controle eficaz sobre a floração das algas e poluição difusa. Hoje isto é possível implantando-se um sistema específico para controle de floração de algas com tecnologia disponível em nível mundial, que não usa químicos, é ágil e capaz o suficiente para recuperar os déficits cumulativos existentes em curto prazo.



   Este processo de despoluição contribuirá para a elevação da competitividade e para a universalização do uso da água e melhoria de qualidade de acordo com o tipo de uso e deverá priorizar as regiões metropolitanas e os locais onde a situação de escassez é crítica.



     Considerando os custos dos processos de tratamento de águas residuárias contaminadas por esgotos e por efluentes industriais:



a)Tratamento Físico-Químico e Biológico empequena escala no entorno de (150 m3/hora) no valor de US$3,50 a  7,40 / m3 para escala industrial



b) Tratamento Físico-químico em grande escala (6480 m3/hora) no valor de US$ 0,24/m3 (PROSAM);



b) Osmose reversa. Uso de membranas de filtragem para separar moléculas pequenas e tratar da melhoria da cor, dureza, sulfatos, nitratos, sódio, íons no valor de aproximadamente US$0,42/m3;



c) Ozonização. Elimina bactérias, inertiza vírus, reduz nutrientes, herbicidas, pesticidas, não gera resíduos, controla a Eutrofização de Mananciais e evita a floração de algas, resolve os impactos indesejáveis da poluição difusa, com eficiência; eficácia e prazos curtos. O investimento médio de aproximadamente Us$0,11 / m3 de processamento de água para a eliminação do passivo ambiental em águas significativamente poluídas, que se reduz para Us$0,05 / m3 para a manutenção da qualidade de água alcançada após a eliminação da poluição acumulada.



     Pode-se concluir que a despoluição por processos avançados de oxidação representa uma efetiva ação de sustentabilidade, abrange suas dimensões econômicas, sociais, ambientais, políticas, culturais.



3. SITUAÇÃO ATUAL E TENDÊNCIAS DE USO DAS ÁGUAS NO MUNDO



       América do Sul



As regiões do Equador; Peru; Bolívia; Chile e Argentina caracterizam-se por zona árida e desertificada em decorrência de atividades de agricultura e pecuária intensificadas. A criação de leis para regulamentação do uso apropriado da água, evitando escassez por perdas, estresse hídrico por excesso de uso e poluição, demonstrou não ser suficiente para resolver os conflitos. No Brasil vale lembrar que temos a melhor constituição do planeta e as melhores leis ambientais, no entanto não vem sendo cumpridas como já mencionado anteriormente. Na Argentina, Bolívia e Paraguai os recursos naturais são escassos, principalmente de água, com contaminações e degradação da qualidade da água no Rio Paraguai que implicam em ações compartilhadas entre países, para o melhor uso deste recurso. No Brasil as perdas de água atingem cerca 60% da produção. Este indicador que representa 3 vezes o padrão de 20% aceito internacionalmente e precisa melhorar. Cabe lembrar, no entanto, que o Brasil é capaz de produzir alimentos para suprir todo o mundo, elevando em 20 vezes seu nível atual de produção, utilizando água de modo sustentável, pois tem riqueza de água (180 mil metros cúbicos/segundo), solo e energia suficientes para tal.



No entanto, se torna essencial criar nova plataforma de desenvolvimento econômico e social que contemple: a) eliminação do enorme passivo ambiental de aquíferos contaminados e com resíduos, detritos acumulados; b) remoção dos assoreamentos por sedimentos carreados na bacia hidrográfica, c) conter e evitar novas poluições adotando-se medidas preventivas de drenagens, revestimentos de áreas sem vegetação, execução de calhas e obras de contenção e interceptação de esgotos, revestimentos de áreas abandonadas e em desuso na micro bacia; d) redução ou eliminação das fontes poluidoras destas águas, tanto as originárias das atividades humanas bem como as oriundas da poluição difusa (tempestades, furacões, erosões, ventos, resíduos, esgotos clandestinos); e) criação de programas incentivados para instalação de sistemas de tratamento de efluentes industriais; instalação de sistemas de irrigação automática e segura, fossas sépticas modernas,  gestão por resultados e controles do excesso de uso da água; perdas e uso inadequado de produtos químicos, de modo a evitar perdas, baixa qualidade da água e para permitir o reuso; f) substituir a gestão de esforços por gestão compartilhada de resultados para maior governabilidade sobre as águas, possivelmente, através dos Comitês de Bacias. Fomentar a dinamização e integração da Gestão pela Agencia Nacional de Águas – ANA e/ou Ministério das Cidades e da Saúde, dentre outros envolvidos na busca do melhor desenvolvimento econômico e social.    



     O Brasil poderá resolver a maior parte do problema de distribuição de água e energia internamente e para diversos países no exterior, por meio da exportação direta da água ou de maneira extremamente eficiente, apenas por meio da logística de produção e distribuição de grãos uma vez que 1 (uma) tonelada de grãos consome 1.000 (um mil) toneladas de água e 1(um) kg de carne concentra 15 mil toneladas de água, energia de 10 mil metros quadrados de desmatamento, além do consumo de energia elétrica e fóssil.



África



     As águas do Rio Nilo no Egito foram destinadas, predominantemente, para a agricultura e na Etiópia para o consumo doméstico e os resultados e escassez se manifestam nos dois países. Há falta de água e energia. A China tem fomentado a construção de represas para produção de água e energia em troca de acesso à exploração mineral, mas há indícios de evolução da corrupção no País.



Europa



     Hoje a Europa questiona se é interessante permanecer a evolução da produção de alimentos por falta de água. A tendência é caminhar na direção de importar água por meio de importação de grãos de outros países, sabendo-se que 1.000 toneladas de água podem gerar 1 tonelada de grão ao preço de Us$200 enquanto na indústria 1.000 toneladas de água podem gerar uma receita de Us$10.000 ou 50 vezes mais.



Estados Unidos



No final da década de 70 nos Estados Unidos a área cultivada era superior a 5 milhões de hectares (Regiões do Arkansas, Oklahoma, Rio Mississipi) e em 2020 está prevista a redução desta área em 50% por escassez de água e por questões de poluição intensa das águas rio Mississipi.



      Ásia Central



Em 50 anos na Rússia, por excesso de bombeamento, reduziu em 80% a capacidade do Mar de Aral, que ficou poluído e com elevado teor de salinidade. Na região houve aumento de doenças de fígado, rins, câncer, artrites e bronquites.



      China



A represa Miuyn teve queda em seu volume de água de 4 bilhões de metros cúbicos para 710 milhões de metros cúbicos. Falta de energia elétrica e água causam dificuldades enormes para equilibrar o acelerado desenvolvimento econômico com o impacto da poluição das águas. A China já foi autossuficiente em soja, no entanto, em 2004 teve que importar mais de 20 milhões de toneladas de soja, ou seja, equivalente a importar mais de 20 bilhões de toneladas de água. O consumo per capita anual de 300 metros cúbicos de água na cidade foi reduzido drasticamente para 35 metros cúbicos. Cerca de 400 milhões de pessoas bebem água poluída e 70% de lagos e rios localizados na região norte estão poluídos.



 Índia



No rio Ganges o nível de água vem abaixando significativamente e o teor de concentração de arsênico tem tornado o uso de suas águas inviável. Além disso, pode-se verificar crescente desmatamento e excessivo assentamento populacional desordenados nas suas margens, que tem causado elevados níveis de poluição.



 Oriente médio



No oriente, países se mantêm cada vez mais como importadores de grãos por escassez de água e a população tem crescido a taxas de 13% a.a.



 Austrália



Somente os Rios Darling e Murray abastecem ¾ da Austrália. Isto requer bombeamentos da costa para o interior e as dificuldades para atender a demanda por água é crescente.



 4.  ABUNDÂNCIA DE ÁGUA E FALTA DE SEGURANÇA E SAÚDE PÚBLICA



 Cerca de 70% da terra é coberta de água (1,4 x 10 E15 toneladas); 97% está nos oceanos; 2,5% de água é doce (3,5 x 10 E13 toneladas);  2% estão nas calotas polares e vapores na atmosfera;apenas cerca de 0,5 a 1% está nos rios, lagos e aquíferos subterrâneos que representa a quantidade total de água doce disponível para uso. Aproximadamente 8% da população mundial, ou seja, mais de 500 milhões de pessoas são alimentadas com água aplicada de forma insustentável. Mais de 1,7 bilhões de pessoas (24% da população do planeta) não tem acesso à água tratada e nos próximos 25 anos a população mundial de cerca de 7 bilhões deve crescer em cerca de 3 bilhões, sendo 95%, principalmente, em países denominados “desenvolvidos”, onde há grande demanda e escassez de água e energia.



Problemas com água e energia continuarão se manifestando mais e mais fortemente nestes países, em função da distribuição geográfica da água e, essencialmente, porque de um lado se tem a oferta de água no planeta não aumenta, mas, a oferta per capita se reduz na medida em que a população cresce e a água poluída aumenta aceleradamente. Esta é uma das razões da grande importância do Brasil no cenário internacional das águas. O Brasil por sua enorme abundancia em água, energia, riquezas minerais e marítimas e o mercado gigantesco e pujante que possui, são fatores atrativos para capitais de risco e tecnologias inovadoras.



Universalizar os serviços de água e esgotos no Brasil implica em investimentos da ordem de Us$ 200 bilhões (Fonte: Modificado de ONU). O governo alega falta de projetos e os municípios respondem que falta liberação de recursos financeiros e capacidade técnica para elaborar projetos. A experiência tem demonstrado que a formação de associações de municípios de uma mesma região pode agregar valor, qualidade, agilidade e redução de custos quando se adota a postura de desenvolvimento e elaboração de projetos em conjunto (Revista Vértice número 12 de JUL/AGO/SET 2012).



Para se criar um programa quinquenal ou decenal e priorizar sua implantação, este valor representaria menos que 1% do orçamento anual da união, portanto, não se trata de questão financeira, mas falta de ações de planejamento e decisão estratégica de médio e longo prazo, onde o retorno é certo. A Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO para 2013 não previu recursos específicos para a despoluição de ambientes aquáticos, mas isto se torna essencial para reabilitação de fontes e mananciais degradados e poluídos e para execução de projetos e implantação de medidas preventivas nas microbacias, notadamente em grandes regiões metropolitanas. Sem estas medidas básicas, dificilmente se resolve: a) o aumento da oferta per capita de água; b) o controle de floração de algas nas represas; c) a questão da poluição difusa.



Não seria melhor para o Brasil, país continental, a criação de seus próprios modelos de desenvolvimento econômico e social voltados para objetivos concretos de resultados de melhorias na gestão das águas, em curto, médio e longo prazo (20; 50; e 100 anos)?



Esta importante decisão, provavelmente se refletirá em aumento da nossa competitividade e produtividade na produção de alimentos, geração de energia, educação, saúde, navegação e transporte, turismo, esportes e lazer, cultura, nas condições básicas indispensáveis para o desenvolvimento econômico e social equilibrado e sustentável, melhoria da qualidade de vida, lembrando ainda, que a massificação do uso da água é fator de competitividade?



A distribuição da água doce no Mundo, quanto ao uso, indica que 70% se destina para a agricultura; 20% indústria e 10% consumo doméstico. No Brasil existe abundância de água e encontram-se 12% de toda a água doce do planeta, correspondente a 4,5 x 10 E12 toneladas, onde 40% encontram-se na Região Norte.



Ressalta-se a grave situação de poluição nos centros urbanos onde o estresse hídrico já indica dificuldades de suprimento de água com qualidade apropriada para o abastecimento doméstico.



A despoluição dos aquíferos contaminados ou eutrofizados é essencial no Brasil, onde; a) 40 milhões de cerca de 200 milhões de pessoas hoje não tem acesso adequado à água potável (Fonte: Ministério das Cidades – MC); b) mais de 100 milhões de brasileiros não têm seus esgotos tratados; c) a cada dia, uma fina camada de esgoto recobre o Brasil inteiro (Ministério das Cidades - MC).



No mundo aproximadamente 10 a 20 mil crianças com menos de 5 anos de idade morrem por dia, devido à falta de saneamento. Foi considerada no mínimo repreensível a questão da água não figurar com destaque nas discussões das Nações Unidas de Copenhagen em 2009. No entanto veem-se discussões priorizadas sobre efeito estufa, emissões de carbono como se a humanidade tivesse que salvar o planeta. Como salvar um planeta de bilhões de anos? Esta postura se destinaria a interesses outros de valor imediato para o mercado? A própria agenda de mudanças climáticas tem sido adiada por longo tempo para atender à indústria do petróleo. Porque? Seriam estes novos desafios apenas ameaças criadas pelo homem no último século? A mídia destaca sempre pontos negativos isoladamente dos resultados positivos que resultam do desenvolvimento sustentável, pra que? “Desde o encontro do G8 em Evian (Sudeste da França) 2003, foi produzido um Plano de Ação para a Água que incluía a melhoria do acesso a recursos financeiros de modo a encorajar instituições como o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional, e a formação de parcerias públicas privadas (PPP´s). No entanto, atualmente (2010), o foco se desviou para a questão das mudanças climáticas o que não sinaliza boa direção. Em 2008, o Reino Unido manifesta seu receio quanto a este direcionamento, considerando que em 2050 serão 50% de pessoas a mais no mundo, para serem alimentadas. Anunciou, antes da crise Europeia, recursos financeiros de Us$ 70 bilhões para infraestrutura para aplicação até 2015. Resta saber se este plano se tornará realidade para o terceiro mundo”  (pag. 408. Water Sustainability – A Global Perspective.2010).



No Brasil, 60% das internações hospitalares estão relacionadas à falta de saneamento (Ministério da Saúde); 220 mil trabalhadores se afastam de suas atividades por problemas gastrointestinais ligados à falta de saneamento e a cada afastamento perde-se 17 horas de trabalho; o trabalhador que tem acesso à rede de esgoto aumenta sua produtividade em 13,3% (Instituto Trata Brasil/FGV); crianças que vivem em áreas sem saneamento aprendem 18% menos que crianças que vivem em áreas saneadas (Instituto Trata Brasil/FGV).



A visão sobre a geografia mundial da riqueza das águas mudou. A questão do financiamento de projetos para os recursos hídricos precisariam ser reavaliados para manter a segurança e o controle estratégico da água?



Os resíduos tóxicos na água é outro grande problema, sendo responsável pela aceleração da contaminação da água, provocando a proliferação de vetores; ratos; mosquitos; baratas e outros (OMS).



A contaminação das águas quintuplicou na última década. A previsão é de que em 2015 a situação das águas nos maiores centros urbanos do Brasil será crítica (Estudo CNBB 2004 – UFRJ- MP e Defensoria das Águas).



               5. COLAPSO ECONOMICO E SOCIAL POR APAGÃO HÍDRICO



A Agência Nacional de Águas, no seu Atlas de Abastecimento Urbano de Água, apresenta um panorama indicando que 55% dos municípios brasileiros corre risco de “apagão hídrico”. Cita-se o caso grave de escassez de água em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, e particularmente São Paulo onde se tem  atingido a oferta de apenas 200 metros cúbicos por pessoa/ano, valor muito abaixo de 1.500 metros cúbicos por pessoa/ano, valor aceitável internacionalmente.



A concentração de habitantes produz um efeito cumulativo duplo e vigoroso, no problema da água, porque além de multiplicar a demanda, reduz drasticamente a oferta per capita de água limpa, agravada por dois fatores: a) a forte poluição das águas com o abandono das fontes degradadas; b) o elevado nível de perdas de cerca de 60%. Deveria esta situação ser tratada de forma prioritária, urgente e integrada?



A necessidade de introdução de uma visão um pouco mais ampla, com abordagem de inserção de novas tecnologias avançadas e ferramentas práticas e ágeis de despoluição, atualmente disponíveis, parece oportuna, porque além da poluição difusa, é essencial agir preventivamente para evitar a acelerada poluição das águas e controlar a proliferação das algas nos mananciais, questão esta ainda não solucionada.



Poderia a abundância de água em uma região favorecer outras, evitar apagões em outras, gerar energia em outras, alimentar pessoas em outras, criar melhorias sociais e evitar a insegurança provocada pela inanição, doenças, falta de educação, falta de desenvolvimento econômico e social sustentável em outras, evitar maiores índices de criminalidade?



               6. CONSIDERAÇÕES E CONCLUSÕES FINAIS



Porque não se criar um programa com rubrica e foco específicos na despoluição das águas e no uso universalizado e sustentável da água?



Certamente esta decisão agregaria valor econômico e social e melhoria de qualidade de vida por resolver boa parte das questões de alimentação, saúde, educação, turismo, Segurança e Soberania e Cidadania, e direitos previstos na Constituição e Leis Federais, Municipais e Estaduais, além de abrir o caminho indispensável para o Desenvolvimento Econômico e Social.



O mundo hoje já entende o estado de perigo oriundo do estresse dos recursos hídricos. O acesso ao suprimento de água limpa e saneamento é um ponto de partida para o bem estar de uma vida segura e civilizada.



Neste possível Programa destaca-se:



a) redução de cerca de 50% para 20% dos níveis de perda de água no Brasil, sabendo-se que 1 Us$ de investimento na gestão de resultados pode resultar em Us$ 200 de retorno;



b) destinação e liberação efetiva de no mínimo 1% do PIB brasileiro para aplicação nas questões de saneamento ambiental contemplando as questões da água, esgotos, preservação de nascentes, drenagens de fundos de vale, remoção de resíduos e poluição difusa incluindo poluição do ar, tempestades, ventos, erosões, sedimentos;



c) priorização incorporação de novas tecnologias para a despoluição de águas de forma prioritária nos centros urbanos onde a situação de escassez é intolerável e focar o reuso da água;



d) descentralização e redistribuição geográfica e sustentável das reservas de águas por meio da produção de grãos internamente no Brasil e buscar a exportação de grãos incrementando-se em cerca de 12 vezes de modo a se capacitar para suprir o mundo em termos de alimentos e energia produzida a partir de grãos;



e) despoluição e desinfecção das águas em represas, rios, lagoas por meio de pré-tratamentos por oxidação avançada que incluem a remoção de resíduos tóxicos, resíduos e detritos e dragagem de sedimentos acumulados ao longo do tempo;



f) utilização de tecnologias inovadoras capazes de solucionar as questões de eutrofização das águas e controle eficaz sobre a proliferação de aguapés e algas, que até hoje, apresenta-se sem solução pragmática e efetiva na maioria dos mananciais;



g) conscientização de que a aplicação dos conceitos e normas nacionais e internacionais para investigação, diagnóstico e avaliação de risco ambiental aplicáveis para áreas contaminadas (Brownfields) podem ser úteis para ampliar a visão do saneamento para uma forma integrada e de maior abrangência;



h) fortalecimento de associações entre municípios para fomentar o desenvolvimento e a elaboração de projetos, contratados em conjunto por vários municípios que resulta em ganhos de tempo e qualidade de soluções, agilidade, produtividade e competitividade;



i) conscientização de que a água representa conectividade com todas atividades e funções da vida e pode ser considerada fator de Soberania, Segurança Nacional e cidadania e deve ser uma das prioridades essenciais no planejamento de curto, médio e longo prazos e com destinação orçamentária de recursos suficientes e específicos para água, esgotos, drenagens, despoluição de rios, lagoas, represas e mananciais,  reabilitação e proteção de nascentes, ações preventivas para redução desperdícios e de fontes poluidoras potenciais;



j) conscientização de que todas as questões de falta de água; reuso e exportação de água, despoluição de aquíferos; remoção de resíduos; preservação de nascentes, monitoramento e combate à poluição difusa, educação ambiental podem ser transformados em grandes oportunidades de negócio, agregação de valor e geração de riqueza e emprego e atender a sustentabilidade da vida com qualidade para todos no planeta;



k) inclusão, de forma obrigatória, de ensinamentos sobre educação ambiental e cidadania nos cursos de formação desde o ensino infantil, da educação básica até o ensino superior;



l) ajuste estratégico e geopolítico na logística de produção, transporte e comercialização no agronegócio para um choque de gestão na produção e comercialização e distribuição interna e para o exterior, de água e energia;e,



m) adoção de mudanças estratégicas para geração e distribuição de riquezas no Brasil, de modo a aumentar a capacidade de investimentos, por meio da exploração dos recursos de água, energia, riquezas minerais, marítimas e de biodiversidade;e,



n) Seria interessante para todos, a mudança de um modelo de desenvolvimento perverso para um modelo sustentável voltado para o ecossistema?



o) Seria este modo de se aproveitar esta oportunidade e o momento único de reconhecimento mundial, para alavancagem do desenvolvimento social mais equilibrado voltado para a qualidade de vida?



p) Porque não revisar a política de royalties da água de modo a adequar os valores com base nos custos da preservação dos mananciais?



 



7. REFERÊNCIAS













































































































































































































































































































































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