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cronicas-->Todos devem amar sempre, principalmente aos domingos -- 17/09/2002 - 14:14 (Wilson Gordon Parker) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Todos devem amar sempre, principalmente aos domingos

Domingo é um dia bem chatinho. Uns ficam em casa, outros saem. O programa para ser feito fora de casa é sempre ir comer em algum restaurante. A qualidade da comida varia de acórdo com o dinheiro que temos no bolso. Como a situação financeira anda ruim para a maioria dos brasileiros globalizados, o jeito é sempre procurar um restaurante cujo "quilo" não ultrapasse os doze reais.

Neste exemplo de precinho limite, estou usando como paràmetro, a classe média brasileira, esta que tem computador em casa, adora navegar, frequentar salas de chat e os canais do IRC.

By the way, Internet é o divertimento mais barato que temos. As companhias telefonicas só cobram um pulso pela conexão aos domingos e feriados, e você pode passar o dia inteiro pendurado na "net", pois vai pagar apenas como se tivesse dado um telefonema.

Mas não se iludam, porque em breve, as "Teles" vão arranjar um jeito de acabar com isto. A filosofia dos poderosos que dominam o Brasil, parte sempre do princípio único de que brasileiro não pode levar vantagem em nada. Ele tem sempre que ser explorado.

Há anos não se mexe na tabela do Imposto de Renda, porque o governo precisa do dinheiro do maior número de trabalhadores possíveis, para seguir a meta comprometida com o "FMI", e poder sustentar o pagamento dos juros da dívida externa e interna, e, logicamente, tem que sobrar "algum" para os corruptos, que precisam do nosso dinheiro, para que posssam continuar roubando os cofres públicos, e levando aquela vida majestosa, onde a grana está sempre rolando fácil, e não estão nem um pouco preocupados com o preço do "quilo" da comida nos restaurantes. Para estes, quanto mais caro melhor.
Sempre é bom lembrar que trinta e dois milhões de estómagos de seres humanos nascidos no Brasil não tem dinheiro para comer. Atualmente este número já deve estar superado.

Qualquer dia destes, o Sr. Malan, o nosso "Cavalo de acá", estará criando uma "taxa de pobreza", onde todos os miseráveis serão obrigados a pagar um tributo a Receita Federal.

O Domingo para quem não tem dinheiro, e não pode sair de casa, acaba se transformando num verdaeiro inferno.

Os programas de televisão são de um mal gosto terrível, onde impera a idiotice no seu gráu máximo. Não escapa nada.

Como o futebol brasileiro está em fase de extinção, nem as transmissões esportivas se salvam. Para aumentar o sofrimento, quando vamos assistir algum jogo, no qual ainda depositamos a esperança de que seja um bom espetáculo, temos que aturar o intragável Galvão Bueno, que ao lado do Faustão e do Gugu, transformam o nosso "Domingo em Casa" numa caldeira do diabo.

Eu fico imaginando o Domingo dos miseráveis e dos pobres. Alguns nem casa possuem, e ficam deitados ou vagando pelas ruas das cidades, enquanto nós vagamos na Internet.

Dormem sob os viadutos, nas portas das casas comerciais, quando lhes é permitido fazer tal coisa, pois, em geral, são acusados de estarem agredindo a estética fisica e moral das cidades.

Outros, mais "privilegiados", moram nas favelas, em ruelas estreitas e fétidas, apertados, várias pessoas ocupando o mesmo metro quadrado. Uma boa parte consegue ter uma televisão, e, sem opção, aprende a "gostar" da estúpida programação dominical que lhes é imposta pela nossa poderosa mídia. Não tiveram a chance de estudar, e adquirir uma certa cultura, para que pudessem ter mais condições de perceberem o mal gosto de toda aquela grossería que explode no vídeo. Apesar de que, ter culura não siginifica necessriamente que a pessoa tenha bom gosto.

Domingo só é bom mesmo para quem está apaixonado. Mulher e homem podem se curtir a vontade. Lógico que precisam de ter um mínimo de bem estar. Infelizmente, é muito difícil se falar em amor no meio da pobreza e da miséria. Mas o amor auxilia, e muito.

Você acordar de manhã, ao lado da pessoa que ama, dizer que ela é maravilhosa, única, faz com que o dia se torne mais claro, o universo mais amigável, a felicidade mais palpável.

Fazer amor com paixão numa manhã de Domingo, nos ajuda a enfentar a mediocridade e a pasmaceira que vai surgir no decorrer do dia, e a frustração de não termos dinheiro para irmos ao restaurante que desejariamos.

Ao lado da pessoa que amamos, um domingo chato e entediante, pode se trasnformar numa sinfonia de prazer, onde os nossos ouvidos escutam sons que nascem dentro de nós,e se misturam no estúpido mundo real que está jogado à nossa frente.

Os amantes passam a viver um "Eu e Tu" virtual, cujos corpos se tocam, cheios de paixão, e moldam a realidade do mundo em que existem, de acórdo com a felicidade que querem viver.

O amor tem a virtude e o poder de transformar tudo que vemos com os olhos, mas não queremos sentir com os nossos corações.

Assim como o amor virtual não pode existir sem o real, o amor real também não pode viver sem o virtual.

Para o meu domingo melhorar, só falta o meu amor chegar.
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