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Poesias-->Susto -- 20/02/2003 - 20:41 (Luis da Silva Araujo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
                  Livro: VERTIGEM




                  Susto





Hoje eu não posso chorar...

tenho o peito estrangulado

pelos sais todos do mar

pois voltou do meu passado

a imagem tua, severa

como as almas do oriente,

e este ser que te venera

por ti ficou mais carente...



Ah, chegaste! a porta aberta

fez que adentrasses a sala,

fez que ficasse calada

minha boca antes esperta...

Fez a minh alma chorar

na constância do tormento...

Ah, mulher, traze o momento

que tanto estou a esperar!



Partiste... senti teu cheiro

o mesmo dos tempos nossos.;

o tempo, dantes ordeiro

que hoje apresenta em destroços.;

tomaste (a) mesma porta...

Por que disseste (a)deus?!

Meu Deus, minh alma está morta

ferida dos males teus!



CPE-MS, 18.06.85 - 16:58































































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