| O direito à liberdade de expressão com responsabilidade é uma conquista e um valor consagrado para todos os povos, especialmente o de praticar a sua crença. Infelizmente, e de há muitos séculos, o preconceito religioso causou muitos sofrimentos à humanidade. A inquisição foi um bom exemplo. Ultimamente tem sido recorrente a difamação e a provocação gratuita ao Islã, e agora ao seu profeta. Em fevereiro deste ano, soldados norte-americanos no Afeganistão queimaram vários exemplares do Alcorão. Dias atrás, um lunático radicado nos Estados Unidos fez um filme difamando o profeta árabe, e mais recentemente uma revista de humor francês publicou uma charge satirizando Maomé, causando protestos ao redor do mundo. Na Síria, uma guerra interna no país já matou 29,5 mil pessoas em 18 meses. Lá, predomina as correntes religiosas Xiitas e Alauítas. Esta última representa, apenas, 12% da população do país. O seu presidente, Bashar al-Assad, da corrente Alauíta, governa uma ditadura com mão de ferro há 12 anos e declarou uma guerra insana contra os seus patrícios para manter-se no poder. A brutalidade da violência do governo fez com que vários países adotassem sanções contra o tirano, já que os representantes da ONU fracassaram nas suas negociações. Enquanto nada é resolvido, centenas de pessoas continuam morrendo nesta guerra fratricida. Para esquentar mais o clima, o primeiro-secretário da Embaixada Irã no Brasil, Ali Mohaghegh, publicou um recente artigo na Folha de São Paulo, sob o título “O futuro do Oriente Médio”, no qual ele defende a destruição de Israel, e expressou o seu desejo de que, no lugar do país, surja um estado radical islâmico nos moldes iranianos. E por falar sobre o Irã, a Comunidade Bahá’í naquele país continua sendo discriminada, perseguida, e seus membros presos, por causa da sua crença. A propósito, o escritor Leonardo Boff fez a seguinte declaração: “a perseguição acentuada aos seguidores da Fé Bahá`í naquele país deve-se justamente pelo universalismo dos seus ensinamentos, que visam unificar as religiões, pelo reconhecimento de que somos membros de uma única família humana e de que existe apenas uma religião, a de Deus, independente de ser cristão mulçumano ou judeu”. Estes conflitos de fundo religioso, lamentavelmente, faz com que a paz mundial fique cada vez mais distante. |
