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Cronicas-->A multinacional Monsanto dita as regras no Brasil -- 18/09/2002 - 18:02 (Wilson Gordon Parker) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A multinacional Monsanto dita as regras no Brasil

A multinacional Monsanto e o governo brasileiro, se uniram para pressionar o congresso na aprovação do projeto de lei que libera os organismos geneticamente modificados, conhecidos como transgênicos.

Estão passando em cima de tudo como um trator, enquanto as organizações ambientalistas e sociais vem procurando sensibilizar os congressistas para que rejeitem o projeto, seguindo o exemplo da população europeia e asiática.

O ex-embaixador dos USA no Brasil até 2001, Anthony Harrington, que hoje é o lobista oficial da Monsanto, veio ao Brasil para protestar contra a decisão da justiça brasileira que impede a comercialização dos transgênicos aqui no Brasil.

Interessante é que a meta principal do governo sempre foi a balança de pagamentos. Por não estarmos produzindo alimentos transgênicos, as nossas exportações de soja, milho e carnes para a Europa, Japão e China aumentaram espetacularmente, pois os consumidores destes paises não estão aceitando os produtos geneticamente modificados.

Na última safra, as exportações brasileiras de soja não transgênica aumentou em 13%, enquanto as americanas, na maioria transgências, estagnaram. Nas úlimas duas safras a participação do Brasil subiu de 24% para 30%, enquanto a americana passou de 57% para 46%. Isto porque os europeus e asiáticos não estão aceitando consumir os transgênicos.
Estranhamente, o governo FHC quer acabar com as vantagens que temos ao produzir a soja não trasngênica, pois todas as pesquisas apontam custos de produção bem mais baixos que a soja americana [ US$373,80 contra US$611,70] por hectare na safra de 98/99. Com o prêmio de cerca de US$11 por tonelada para os nossos produtos, fica realmente incompreensivel a posição do governo brasileiro.

Entretanto, é muito fácil entender o desespero da Monsanto, ávida por levar o Brasil para o bloco dos transgênicos, pois se o Brasil legalizar a produção dos mesmos, Europa e Ásia não terão mais onde obter a soja não geneticamente modificada.

Lembrando o que escrevi numa outra crónica sobre este assunto, devo dizer que transgênicos são alimentos compostos contendo organismos geneticamente modificados. São criados em laboratórios com a utilização de genes de espécies diferentes de animais, vegetais ou micróbios.

Uma entrevista do presidente Fernando Henrique Cardoso publicada na edição de setembro de 2001 da revista "Preços Agrícola" foi reproduzida no boletim da multinacional Monsanto:
"Entendo que a biotecnologia é uma das áreas que trará mais benefícios para a humanidade no próximo século. Ela já está permitindo a obtenção de alimentos mais nutritivos e mais baratos para a população. O Brasil, há mais de 15 anos, vem formando recursos humanos e construindo uma infra-estrutura para o desenvolvimento da biotecnologia. Mas, só no meu governo, no ano passado, começamos a testar no campo os primeiros produtos da engenharia genética ligados à agricultura."

Segundo os defensores da transgenia, O avanço científico está aí e ele é importante para a produção, porque vai diminuir custos, e reduzir a aplicação de produtos químicos
Acho que todos querem o aumento da produção, alimentos melhores e mais baratos, enfim, tudo o que o progresso possa oferecer aos seres humanos. Entretanto, é sempre bom lembrar que o consumidor tem o direito de ser informado sobre como foi produzido este alimento, para poder saber o que está consumindo.

Dizem que a FAO (órgão da ONU para a Agricultura e Alimentação), já está definindo regras para a comercialização de produtos transgênicos.

Tudo tem que ser bem explicado, para que o consumidor tenha noção do que isto pode causar. Os opositores da nova técnica, alegam que os alimentos transgênicos podem provocar alergias, desenvolvimento de resistência bacteriana com a consequente redução da eficácia de remédios à base de antibióticos, potencialização dos efeitos de substàncias tóxicas, aumento de resíduos de agrotóxicos, enfim, uma série de problemas que só irão ser constatados depois que as cobaias humanas começarem a apresentar as primeiras sequelas.
Isto sem falar nos problemas que só serão descobertos daqui a alguns anos.
Lembram-se do caso do remédio Talidomida ?

O pessoal que atualmente é contra este tipo de alimento, propõe que, enquanto não se fizer um estudo mais detalhado dos problemas que pode ocasionar à saúde, seja determinada a simples proibição do plantio de transgênicos em todo o país e também a sua importação. Se, em casos excepcionais, algum alimento transgênico for comercializado, terá que ter obrigatoriamente EM LETRAS VISíVEIS a indicação de que se trata de um alimento transgênico.

Realisticamente falando, tendo por base o momento em que vivemos, com milhões de pessoas passando fome por este mundo afora, creio que se eles tivessem a possibilidade de comer esses alimentos transgênicos, acho que comeriam numa boa. Pelo menos não morreriam de fome.

Mas, pensando bem, bisbilhotando as entrelinhas, porque será que as multinacionais querem abaixar o preço dos alimentos ?

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