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Ensaios-->Terrorista bom é terrorista morto -- 04/03/2008 - 11:22 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
É preciso que alguém se mexa. Peço desculpas pelo texto longo, mas o assunto é sério.

Em 14 de janeiro eu lhe mandei um comentário a respeito duma discussão sobre a Colômbia, que vou repetir:

O que tem impedido a vitória do governo colombiano contra as guerrilhas de traficantes e terroristas é a rede mundial de 'direitos humanos' e os políticos neo-democratas da Europa, dos Estados Unidos e da América Latina, que preferem conviver com o terrorismo e o narcotráfico a tolerar que algum governo os combata de frente, para valer, usando os métodos necessários para vencer. Esses políticos temem tal enfrentamento porque pode servir de exemplo para outros países, e levar de embrulho o esquema de poder internacionalista que eles têm construído com tanto empenho nas últimas décadas. Em vez disso, preferem negociar, esperar, adiar e conviver indefinidamente com os narcoterroristas. Trata-se, aliás, de convívio agradável, pois grande parte da elite ocidental é oriunda dos movimentos estudantis da década de 1970-80, os quais adotavam, entre outros instrumentos de 'libertação', a maconha, aa cocaína e a heroína, além da maior depravação de costumes. Isso abrange Clinton, Blair, a curriola de Mitterrand, madame Merkel, comadre Bachelet, o casalzinho da Argentina e muitos outros mais.

A guerrilha nunca será derrotada enquanto os que a combatem forem obrigados a lutar de pés e mãos atados, monitorados por idiotas internacionais prontos a criar o maior escândalo cada vez que alguém der um tapa na cara ou um pontapé no trazeiro dum desses vagabundos.

Na verdade, o problema da América Latina não está aqui, no nosso continente. Está lá fora. Nenhum dos governantes 'democráticos' da AL se aguentaria no poder por seis meses se mudasse o governo dos Estados Unidos - ou seja, se aparecesse algo diferente de Hillary, Obama, McCain, Giuliani ou outros itens do cardápio único da política americana - ou se algum partido dito de 'direita' ganhasse as eleições na França ou na Inglaterra e chutasse o pau da barraca da Comunidade Européia. Não se aguentaria porque sua força deriva da propaganda, da enganação e do apoio 'lá de fora'. Pois 'aqui dentro', seu único esteio é o eleitorado manipulado pela mídia e subornado pelas esmolas do governo. Força, de verdade, eles não têm. São mal tolerados pelo empresariado, desprezados pela classe trabalhadora (digo trabalhadora de verdade, não me refiro aos pelegos que mamam nas estatais e multinacionais) e não têm apoio sincero na polícia, nas Forças Armadas e no funcionalismo público concursado. Como dizia o agente castrista Frei Beto, 'estão no governo mas não têm o poder'. É verdade. Não têm o poder porque, embora comandem os instrumentos do poder - polícia, Armas e administração - falta-lhes liderança e capacidade para utilizá-los em caso de, digamos, revolução.Será que alguém, no Exército, na Polícia ou nos órgãos de segurança, morreria em defesa de Inácio, Henrique, Kassab, Marta, Dirceu, Aécio, Zé Serra, padre Lancelotti, Rede Globo, Estadão, Viva Rio, Zeca do PT, Requião e outros desse tipo?

Sendo tão frágeis, porque não caem do cavalo? Todos sabem a resposta: se alguém os apeasse do poder e tentasse restabelecer a ordem na América Latina, haveria gritaria, boicotes ou até intervenção armada 'lá de fora'. Haveria o coro da imprensa mundial, as manifestações das ongues, a pressão dos governos do Primeiro Mundo e as ameaças da ONU e da OEA.

Notem bem: só haveria reação 'lá fora'. Se alguma houvesse aqui dentro, seria coordenada de fora, como tem acontecido em alguns países do Leste Europeu. Mas o que quer que houvesse 'aqui dentro', seria facilmente sobrepujado pela onda de apoio da população, a qual sentiria na carne, já no dia seguinte, os benefícios de viver sem medo, de sair às ruas em segurança, de pagar menos impostos, de ver os seus filhos aprendendo de verdade nas escolas, de andar em ruas limpas, sem pichadores ou vagabundos, de assistir ao fim da roubalheira no governo... uma série tão grande de ganhos de curto prazo, que em ninguém deixaria saudades da 'democracia'.

Esse é o ponto que todos deveriam fixar na cabeça: essa gente que manda no Brasil foi cevada e criada lá fora. Exilaram-se durante o regime militar, a maioria voluntariamente, e lá foram cooptados, instruídos e financiados. Foi lá de fora que veio a campanha contra a 'ditadura' no Brasil. E foi em deferência à 'pressão internacional' que o Brasil finalmente se 'redemocratizou'. E quando isso aconteceu, quem é que estava aí, na crista da onda, com toda a imprensa e a tevê a seu favor, com grandes e caríssimos esquemas de mobilização politica? Eram eles, os exilados de ontem. Não é estranho que, tendo saído como perseguidos, voltassem tão prósperos e influentes? É claro: seu esquema não era daqui, era 'lá de fora'.

Esse é o ponto que deveria ser insistentemente repetido, até que as pessoas despertassem: o governo brasileiro, o esquema brasileiro de poder político, esse sim, é resultado direto do imperialismo. Todos eles, de Henrique a Stédile, passando por Inácio, Brizola e outros tantos, todos são, prestem atenção, AGENTES DO IMPERIALISMO. Do mesmo imperialismo que eles diziam combater. Pois os militares, coitados, nunca saíram daqui, nunca estudaram nem lecionaram em universidades estrangeiras, nunca participaram de nenhum fôro ou organização internacional, nada. Os militares são feijão-com-arroz, queijo-com-goiabada. Quem é chegado em Chateau Lafitte, charutos Cohiba, promenades na Avenue Foch, chás das cinco em Buckingham, scotch em Downing Street e outras coisas do gênero, é exatamente a turma de comunistas que ora manda no Brasil.

Saudações

AC Portinari Greggio

*

Pois bem. O que poderia acontecer, aconteceu. O Exército colombiano, numa ação decidida e permitida, repito, permitida, pelas leis internacionais, entrou 1800 metros no território do Equador, liquidou o segundo homem das FARC e capturou provas do envolvimento dos governos do Equador e da Venezuela com a guerrilha. Chávez, num acesso de histeria, praticamente declarou guerra à Colômbia, tachando o seu presidente de 'oligarca', 'mentiroso', 'cachorro', 'títere', 'demônio' e agente do 'imperialismo'. Isso, apesar do pedido formal de desculpas de Uribe, pedido desnecessário porque esse tipo de ação, novamente repito, é permitido pelo Direito internacional, embora Amorim diga que não. Ele que deixe de lado os livros em inglês ou francês e trate de ler o Direito Internacional do seu grande antecessor Lafayette Ribeiro de Andrada, da estirpe do Patriarca da Independência.

Quando o Estado A permite que seu território seja usado como santuário por forças irregulares para atacar o país B, é lícito a B transpor a fronteira de A não só em ações de 'hot pursuit', mas também na prevenção de futuros ataques, quando se comprova a contumácia dos ataques e a complacência do país A. Trata-se de regra mais que assentada de Direito internacional. É com base nela que Israel de vez em quando ataca o vale do Buqaa`, no Líbano, onde ficam as bases do Huzbullah.

Mas qual foi a reação mundial à ação lícita do Exército da Colômbia? Exatamente a prevista no e-mail acima citado. A França lamentou a morte do terrorista, que considerava como 'interlocutor' do processo de paz. A Itália condenou a ação da Colômbia. A Alemanha, idem. A Argentina e o Chile também. E o Brasil exigiu, para começo de conversa, que Uribe volte a pedir desculpas ao patife do Equador, cujo governo comprovadamente dava cobertura aos narcotraficantes. Veja o texto abaixo, do jornal colombiano 'El Tiempo' de hoje:

Italia, Argentina y Chile cuestionan incursión colombiana en Ecuador en la que murió `Raúl Reyes`

Alemania, entretanto, solicitó prudencia a los países y Francia señaló que la muerte de Raúl Reyes 'no es una buena noticia'.

Italia dice estar 'preocupada y perpleja'

El ministro de Relaciones Exteriores de Italia, Massimo D`Alema, aseguró este lunes que Italia está 'preocupada y perpleja' por la operación militar colombiana en suelo ecuatoriano en la que murió un jefe de las Farc.

'La operación militar colombiana en el exterior nos sorprendió mucho y nos dejó preocupados y perplejos', declaró el canciller italiano durante un encuentro con la prensa extranjera acreditada en Italia.

'Una operación de ese tipo resulta en contradicción con el esfuerzo de abrir un canal diplomático' y por ello se entiende que 'haya creado graves tensiones en América Latina', agregó.

D`Alema, quien acaba de regresar de Venezuela, donde realizó una visita relámpago de un día el pasado viernes, reiteró que Italia está dispuesta a formar parte del grupo de países que ayuden en las negociaciones para un acuerdo humanitario entre el gobierno de Colombia y la guerrilla de las Farc, promovido por Venezuela.

Argentina consternada y preocupada por violación de soberanía de Ecuador

El gobierno argentino está consternado y preocupado ante lo que considera violación de la soberanía de Ecuador por parte de Colombia, tras el operativo militar en el que murió un jefe de la guerrilla de las Farc, dijo una fuente de la cancillería este lunes.

'Argentina está muy consternada y preocupada ante una evidente violación de la soberanía territorial de un país de la región como es Ecuador', afirmó la fuente.

Tras el episodio, Ecuador y Venezuela cerraron el domingo sus embajadas en Bogotá y movilizaron tropas a la frontera con Colombia.

La crisis diplomática que se abrió en la región motivó al canciller argentino Jorge Taiana a mantener contactos con sus pares de Brasil, Chile, Ecuador, Colombia, Paraguay y Venezuela.

Taiana acordó con los cancilleres mantenerse 'activos y en permanente contacto para intercambiar información, realizar consultas y trabajar para coordinar una posición común', ante la escalada del conflicto, dijo la fuente.

El canciller argentino está en Ginebra, donde participaba este lunes de una sesión del Consejo de Derechos Humanos de ONU.

La presidenta argentina Cristina Kirchner viajará el miércoles a Venezuela, donde firmará con su par venezolano Hugo Chávez acuerdos para intercambiar alimentos por petróleo.

Chile reclama por violación de la soberanía de Ecuador

Michelle Bachelet cuestionó la incursión colombiana en territorio de Ecuador que terminó con la muerte del número dos de las Farc, Raúl Reyes.

'Una situación de esta naturaleza amerita, sin duda, una explicación por parte de Colombia a los ecuatorianos, al presidente ecuatoriano y al conjunto de la región', afirmó la mandataria a la Radio ADN de Santiago.

Bachelet dijo también que las fronteras deben respetarse, al tiempo que se declaró 'preocupada' por la crisis diplomática que envuelve a Ecuador, Colombia y Venezuela.

'La frontera y los límites de los países están basados en muchos acuerdos internacionales y es una situación de extrema delicadeza que pueda traspasar (la frontera) con cualquier objeto, legítimo o ilegítimo', aseveró.

'Nos preocupa tremendamente eso. Lamentamos y no podemos estar de acuerdo con que no se respete la frontera, por cualquier razón y, por sobre todo, que Ecuador se haya sentido agredido con esta intervención', agregó.

La mandataria señaló asimismo que tomó contacto con el presidente ecuatoriano Rafael Correa, con el secretario general de la OEA, José Miguel Insulza, además de sus pares de Brasil y Argentina, para intentar evitar que el conflicto escale.

Berlín recomienda 'prudencia'

El Gobierno alemán recomendó hoy 'prudencia' a todas las partes involucradas en la crisis desatada tras la acción militar colombiana contra un campamento de las Farc en territorio ecuatoriano, que costó la vida al considerado número dos de la organización 'Raúl Reyes'.

'Tenemos la esperanza de que todas las partes se comporten con la debida prudencia para evitar que la crisis se agrave', dijo el portavoz del Ministerio de Exteriores, Martin Jäger, en Berlín.

'Hemos observado el desarrollo de los acontecimientos durante el fin de semana con preocupación y consideramos que la escalada de la situación es peligrosa y desestabilizadora para la región', agregó Jäger.

La muerte de Luis Edgar Devia, nombre verdadero de 'Raúl Reyes', ha desatado una crisis en las relaciones entre Colombia y Ecuador, a la que se ha sumado Venezuela, cuyo presidente, Hugo Chávez, ha advertido de que si algo similar ocurriera en su territorio habría una 'causa de guerra'.

Muerte del número dos de las FARC 'no es una buena noticia' para Kouchner

La muerte del número dos de las Farc, Raúl Reyes, en una operación de las Fuerzas Armadas colombianas, 'no es una buena noticia', a juicio del ministro francés de Exteriores, Bernard Kouchner, para quien hay que 'redoblar los esfuerzos' por la liberación de los rehenes de la guerrilla, en primer lugar la colombo-francesa Ingrid Betancourt.

'No es una buena noticia' que Reyes, 'el hombre con el que hablábamos y teníamos contactos, 'haya sido matado', afirmó hoy el jefe de la diplomacia francesa en la emisora 'France Inter'.

Ante lo que llamó 'la subida de las tensiones' entre los tres países, el Ministerio dirigido por Kouchner llamó anoche a la 'contención' y señaló que 'esta situación muestra hasta qué punto es urgente encontrar una solución negociada, que pasa necesariamente por el arreglo de la dolorosa cuestión de los rehenes' de las Farc.

Hoy Kouchner dijo que 'el problema ahora para nosotros es sacar a todos los rehenes, pero sobre todo Ingrid Betancourt': 'Lo que necesitamos ya no es un acuerdo humanitario sino un gesto de parte de las Farc', porque es una 'urgencia médica y humanitaria', afirmó.

Indicó que el presidente francés, Nicolas Sarkozy, está implicado en eso 'día y noche' y recordó las gestiones con los líderes de Venezuela, Colombia y Ecuador.


Parece que todos esses grandes chefes de Estado estão preocupados somente com as FARC e com o Equador. Ninguém pediu moderação a Chávez, nem exigiu que o Equador páre de oferecer seu território como base para ataques à Colômbia.

Na verdade, é aquilo que eu disse: na hora da verdade, todos vão mostrar o que são. Por isso acabaram enchendo a bola do Chávez, que a essa hora já se deve sentir como um novo Solano López. (Ele pensa que é Bolívar, mas não tem cara nem classe para isso. No máximo, pode imitar Solano López. Mas para igualar-se a López ainda falta chão: vai ter de lutar e morrer como gente para merecer igual respeito.)

Minha preocupação é o que pode estar a acontecer com o Presidente Uribe. Apesar de todos os seus méritos, ele parece psicologicamente desarmado diante dessa pressão toda. Sabe o que é preciso fazer, sabe que é óbvio e necessário, mas não consegue entender porque todos ficam contra a Colômbia cada vez que esta resolve dar licença aos seus soldados para que ajam como sabem agir. Daí sua falta de firmeza, suas hesitações. Pode ser que ele até venha a fraquejar e peça as desculpas de acordo com a fórmula de Amorim, o jurista. Será um grande revés para todos nós.

É urgente que alguém organize um movimento de apoio à Colômbia, começando com um grande abaixo-assinado de solidariedade, encaminhado diretamente ao Presidente Uribe. Isso pode ser feito pela Internet, para maior agilidade.

Pode parecer pouco, mas é importante.

A Colômbia poderia ser o primeiro país da América Latina a romper o cerco ideológico, diplomático e político do imperialismo. É preciso que seu Presidente sinta que agiu corretamente, que não tem de pedir desculpas a ninguém, e que seu povo não está só.


Um abraço

AC Portinari Greggio


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