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Infanto_Juvenil-->Aventuras no Bairro da Saúde -- 01/09/2002 - 19:31 (Fabiana Denise Lopes e Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Essa história aconteceu comigo, Fabiana. Uma garota de 12 anos que estuda na 6ª série do Colégio Avicena, em São Paulo.

Bem, vivo em um apartamento com meus pais. Estudo pela manhã e à tarde vou com ônibus escolar para casa. Meus pais trabalham em tempo integral, então, fico sozinha, pelo menos em metade do tempo, pois temos uma empregada. Pode-se dizer que sou uma daquelas crianças “presas”, que os pais (na verdade minha mãe) não deixam sair, nem pra ir até a esquina.
Mas um dia (sabia que estava errado mas, eu achava, não acho mais, que uma vezinha só não faria mal.), saí de casa e fui, ou pelo menos tentei, ir até a casa de minha amiga, Giovanna, que mora não muito perto de mim.
Foi a primeira vez que saí sozinha de casa e da rua onde moro.
Primeiro procurei saber onde ficava a rua onde Giovanna reside. Peguei o Guia de São Paulo e verifiquei que “não era tão longe assim”. Assim, parti em direção a meu rumo, com uma cópia de uma página do guia em mãos. Ainda em minha rua, encontrei um garoto da 5ª série B que estuda em meu colégio, Fernando. Ele me perguntou:
- De onde você vem, o quê faz por aqui?
- Eu moro naquele prédio. – respondo.
- Em que andar ?
- 8º.
- Qual o apartamento?
- Você está querendo saber de mais...
- Ah, me diz qual é !
- Pra quê ?
- Não precisa não me dizer, eu descubro... – e saiu correndo.
Continuei andando. Pronto, já não estava mais em minha rua. Dei uma olhada em minha cópia, nem acreditava que finalmente “estava livre”.
Mas, e o que será que minha mãe vai dizer quando souber? Como vou dizer à ela? Será que conto?
Andei até o final da rua paralela com a minha. Essa rua é bem grande. Acho que foi metade de meu percurso.
Saindo da paralela, entrei na rua em que morava em 1997, (Ibituruna) antes de me mudar para onde estou agora. Muita gente que conheço e que estuda em meu colégio mora lá: Carolina, da 5ª série A; Alexandre, da minha classe e uma garota de cabelos compridos que agora não me recordo o nome, da 5ª série B.
Entrei na Avenida Jabaquara, fiquei com um pouco de medo de não saber voltar depois.
Após um pedaço da avenida, entrei em uma rua chamada Aprígio Gonzaga, uma menina que estudou comigo na 3ª série morava lá. Seu nome, Ignez.
Comecei a me confundir um pouco depois de sair dessa rua, pois nunca havia ouvido falar nos nomes daquelas ruas. Já estava quase lá, mas olhei no meu relógio e já eram quatro e meia da tarde. Precisava voltar, mas eu estava tão perto e já conseguia ver um pedaço do prédio da Giovanna, que quase continuei. Mas, voltei.
Na metade da volta, eu já estava exausta e com sede. Ainda tinha muito pela frente, mas eu não tinha outra opção a não ser seguir em frente e tentar esquecer o cansaço.
Finalmente já estava em minha rua. Nunca senti tanto a falta dela.
E assim, eu cheguei em casa. Acho que aprendi a lição, agora sei como posso ir até a casa da minha amiga a pé... Brincadeirinha.

FIM.

Ah, você deve estar se perguntando “E sua mãe? O que aconteceu entre vocês duas?” Bom, ela me deu uma pequena bronquinha e me disse para não fazer mais isso ou um castigo está por vir. São as mães. Se preocupam com os filhos, e acho que fazem muito bem em se preocupar, afinal foram elas que nos carregaram por 9 meses dentro delas e nos criaram até os dias de hoje.

Fabiana.
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