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Contos-->RELATOS DO INVEROSSÍMIL - PARTE XV -- 16/12/2002 - 14:31 (Wellington Macêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Diálogo, exposição de idéias através de perguntas e respostas diferentemente de monólogo, pressupõe-se a participação efetiva entre dois ou mais interlocutores. Entre os humanos representa uma das mais profícuas trocas de conhecimentos. Até aí, nenhum fato novo; nenhuma novidade. No entretanto, quando o dialogismo envolve dois ou mais animais de espécimes diferentes dos humanos o fato se no afigura de marcada incredulidade.
Já no século VI, a.C., Esopo, ex-escravo, corcunda e de aparência estranha, possuía o dom da palavra e a habilidade de contar histórias onde os personagens eram animais e que, invariavelmente, terminavam com um fundo de moral. Após mais de dois mil anos as Fábulas de Esopo inspiraram La Fontaine no mesmo sentido, sendo a Raposa e as Uvas exemplo dos mais conhecidos.
Sem a menor pretensão de ser um fabulista tais como Esopo e La Fontaine, cujas magníficaas obras peerduram atualíssimas através dos séculos, nossas observações a respeito dos diálogos entre os cães se revestem da mais profunda autenticidade. Jamais imagináramos que em algum momento sem a utilização de quaisquer recursos oustros afora uma acurada sensibilidade, poderíamos sintonizar ondas acústicas emanadas dos referidos caninos que nos possibilitasse captar com a maior fidelidade as idéias relacionadas com temas os mais diversificados. Na oportunidade conclamamos a todos para que dirijam suas atenções para o que diz respeito à comunicação entre outras espécies de animais, sem que para tanto abandonemos as pesquisas de temas da maior aplicabilidade ao progresso e bem estar social.
Nossa experiência ligada à converssação entre os cães decorre daquilo que alguns consideram "acaso". Conforme ressaltamos, estávamos nós sentados num banco da praça sob as carícias de merecido ócio despretenciosamente, quando a nossa acuidade auditiva captou ondas sonoras provenientes da conversação mantida pelos referidos animais. Aprioristicamente, fomos invadidos por uma sensação de extrema perplexidade, levando-se em consideração a excepcionalidade do ocorrido. Uma vez refeitos daquele entorpecimento quedamos como que extasiados por alguns momentos, após os quais, diante de um reciocínio lógico, concluímos que a comunicação entre seres da mesma espécie nada tem de extraordinário; de sobrenatural. Infelizmente aquilo que nos é concebível se restringe dentro dos limites da nossa consciência, cuja comunicação com o exterior se dá pelas portas estreitas dos únicos cinco sentidos. Portanto, nós é que quando encarcerados no invólucro corpóreo somos limitados, em contraposição aos fenômenos contidos na natureza que são imensuráveis.
Na oportunidade, conclamamos o leitor ou leitora para que no aproveitamento do seu momento de ócio, revolva nos recônditos da sua alma fragmentos de conhecimentos pretéritos a fim de permitir um melhor entendimento quanto ao assunto enfocado presentemente.
Uma vez mais diante da aaproximação dos cães donde provavelmente mais um diálogo deverá se iniciar e, cientes da compreensão do leitor ou leitora, reservamos o direito de interromper nossas considerações asté que se nos apresente uma nova oportunidade.
----- bom dia , meu amigo ----- toma a iniciativa o cão rico. Mais uma vez estamos por asquí para o nosso deleite a usufruir dos incontáveis prazeres que a natureza nos cumula.
----- Bom dia ----- responde-lhe por sua vez o cão pobre. Lamentavelmente a grande maioria dos humanos aguilhoados pelos sustentáculos da insensatez, não se apercebem das maravilhas contidas nas coisas mais simples. Acreditam que felicidade somente decorre como resultado direto dos grandes acontecimentos. Olvidam que a verdadeira felicidade consiste no somatório de pequenas ocorrências. Atente para o fato de como os humanos se equivocam na busca da felicidade. Acreditam que esta, a mais profunda sensação de bem estar, traduzida pelas ausências de dores física e moral depende da satisfação dos anseios materiais. Daí, essa corrida desenfreada para a aquisição de bens de consumo, algumas vezes supérfluos que caracteriza uma sociedade consumista. Felicidade se tem ou se deixa de ter. Se é feliz ou não se é feliz. Donde a grande diferença entre "ser" e "ter".
----- Concordo plenamente com o posicionamento do amigo ----- diz por sua vez o cão rico. Um dos requisitos básicos para que possamos alcançar a felicidade consiste em limitarmos as nossas ambições. Já diziam os antigos pensadores que quanto mais evoluído o indivíduo; quanto mais ele ascende rumo a espitirualidade, mais insignificante se torna a posse de bens materiais, em contraposição aos prazeres espitiruais. Enquanto estes são duradouros; imperecíveis, aquel outros se revestem de marca efemeridade. Não que os bens materiais se tornem plenamente dispensáveis, desprezíveis mesmo.
-----Veja você -----diz o cão pobre ----- que na sociedade humana atual, o homem tem o seu valor mensurado pela quantidade de bens materiais que possui; pala ostentação dos bens amealhados, não importanto muitas vezes os meios utilizados para a sua aquisição. São mais sequiosos no "ter" do que no "ser". Se esquecem de que "ter" poderá ser fugaz, fortúito; enquanto "ser" é indelével; eterno.
Mais uma vez, em razão do adiantado das horas os cães se despedem. O cão rico em obediência às órdens da sua dona se retira enquanto o cão pobre resolve encetar mais uma das suas costumeiras caminhadas pelas cercanias, degerindo mentalmente os ensinamentos contidos naquele colóquio.
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