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Cronicas-->O pelotão dos inocentes -- 18/09/2002 - 18:19 (Wilson Gordon Parker) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O pelotão dos inocentes


No dia 11 de setembro de 2001 fui acordado pelo irritante tilintar da campainha do meu telefone. Uma pessoa, aos berros, me dizia que estavam bombardeando Nova York.

Dei um pulo da cama. Lembrei-me do tempo em que lá estivera. Anos 70. Village. Rua 8. Bar Marguerita´s. Hendrix e Baez. Amor e Paz.

Fui até a sala, liguei o aparelho de TV, e naquele exato momento, um boeing se espatifava contra uma das torres do World Trade Center. Loucura total. Fiquei em estado de choque. Boquiaberto.

Aquilo não estava acontecendo. Eu tinha que estar dormindo, e no meio de um tremendo pesadelo O locutor dizia que aquele tinha sido o primeiro avião a se chocar. Era uma gravação. Um segundo avião colidiria com a outra torre 18 minutos depois.

Logo depois a TV mostraria o Pentagono em chamas.

Era algo inacreditável. Além da razão.

O narrador dizia que centenas de pessoas estavam presas nos prédios, sem poder sair dos andares que estavam logo acima do pavimento onde aconteceu a batida. E que os aviões tinham passageiros a bordo.

Podia se ver as pessoas acenando nas janela dos prédios, pedindo socorro. Estavam bloqueadas. Sem saída. Encurraladas, elas sentiam o gosto da morte. Percebiam que não teriam saída. Algumas começavam a se atirar dos andares.

Os passageiros que estavam nos aviões também sentiram a morte chegar, e nada puderam fazer. No início, talvez tivessem tido a impressão de que tudo não passaria de mais um sequestro, mas quando viram o prédio crescer na frente do avião, perceberam que iriam morrer.

Tudo aquilo era de um surrealismo sem limites.

E depois, ainda dizem que eu escrevo sobre coisas impossíveis de acontecer. Ninguém acreditou que uma passarinha veio até a janela da minha sala conversar comigo, e falar sobre a prisão em que colocaram todos os seus sentimentos, impedindo que ela usufruisse das delícias do amor desejado.

Quando escrevi que o meu coração havia saído do meu peito, para ir até a praia conversar com uma mulher, recebi um email dizendo que eu estava completamente louco.

Atirei-me na poltrona, e comecei a pensar.

Quem estava morrendo? Soldados? Agentes do governo? Políticos? Não! Nenhum deles.

Todos os que estavam ali, encurralados dentro daquelas torres, e presos nos aviões, faziam parte do maior exército do mundo, o pelotão dos inocentes.

Homens e mulheres comuns, crianças e idosos, trabalhadores de todas as categorias, alguns com belos salários, outros lutando para conservar os péssimos empregos que haviam conseguido, enfim, pessoas que não tinham nada a ver com a encrenca política, económica e filosófica em que os governantes vinham há anos afundando o nosso planeta.

A resposta dos americanos deverá vir terrivelmente forte e violenta. Este trágico atentado foi a melhor coisa que poderia ter acontecido para a falída indústria de armas.

Aviões transportarão a mais espetacular tecnologia, e deixarão mantimentos e munições nos postos avançados, que servirão de base para as tropas incumbidas de fazer justiça.

Para que o corretivo seja exemplar, toda a engrenagem operacional deverá estar funcionando perfeitamente.

Como sempre tem acontecido nestes casos, só deverão pagar a conta, os civis das localidades que serão selecionadas para serem bombardeadas e liquidadas.

Esse tipo de "justiça", para surtir o efeito desejado, terá que apresentar um saldo de mortes que seja, no mínimo, o dobro das vítimas de Nova York. Quanto mais mortos, melhor!

Aviões equipados com as tecnologias mais avançadas, deverão descarregar sua bombas em algumas vilas no país escolhido, atingindo indescriminadamente o maior número de pessoas.

Mulheres e crianças deverão ter seus corpos mutilados. Os filhos deverão ver os pais serem mortos na sua frente. Se houver invasão por terra, verão suas mães e irmãs serem violentadas.

Tudo será devastado.

Ainda não se sabe ao certo como vai ser a retaliação americana. Se olho por olho, fazendo ums cópia da politica empregada por Israel, ou uma continuação do que eles já fizeram no Sudão, Libia, Iraque, e em outros lugares, sempre tendo como justificativa, defender a democracia no planeta.

O pelotão de civis estará a postos, sem ter a mínima noção do que vai acontecer, e todos serão pegos de surpresa.

Morrerão sem saber de nada, nem porque, tal qual os membros do pelotão de inocentes de Nova York.

Nenhum militar será morto, porque saberão estar bem escondidos. As autoridades estarão bem protegidas.

Algumas cidades deverão ser evacuadas, para que sejam arrasadas pelas bombas, e destruidas solitariamente.

O número ideal de mortos poderia ser 100.000, o mesmo número de pessoas que morreram em Hiroshima, Japão, na segunda guerra mundial.

Depois disto, virá o arrependimento mundial !

Wilson Gordon Parker
17/09/2001 (Todas as segundas-feiras)

Wilson Gordon Parker, é administrador e redator de Nova Friburgo - RJ.
Foi convidado para ser colunista na Cidade Virtual Criciúma, e gentilmente aceitoau, fazendo parte assim do nosso quadro de colunistas. Seja bem-vindo Wilson é um prazer tê-lo conosco!

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