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Cronicas-->Abaixo os transgênicos ! -- 18/09/2002 - 18:26 (Wilson Gordon Parker) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Abaixo os transgênicos !

Quando você escreve alguma coisa, desde que você não seja um maluco de pedra, o objetivo é sempre que alguém leia o seu texto, e, preferencialmente, ache o mesmo, uma coisa maravilhosa.

Semana passada eu levei ao ar uma matéria muito superficial sobre os alimentos transgênicos e a clonagem.

Falei em linguagem popular, e muito rapidamente, sobre o que li até hoje sobre o assunto.

Dentre as pessoas que leram o meu escrito, presumo que tenham sido mais de uma [risos], recebi uma mensagem em que fui "intimado" a dar a minha opinião sobre o assunto.

O leitor alega que eu escrevi, escrevi e não disse nada sobre o que penso.

Sou da opinião que, quando não temos certeza de algo, o melhor é abstermo-nos de fazer qualquer tipo de julgamento.

Os que defendem os organismos geneticamente modificados, se baseiam nos argumentos de que esses produtos diminuem os custos gerais da produção agrícola, pois eles utilizam menos fertilizantes químicos e agrotóxicos.

Sendo assim, eles alegam que este fato nos levaria a praticar uma agricultura bem menos perigosa para o meio ambiente, e para a saúde dos que consomem estes alimentos.

Assim sendo, eles pedem que o governo brasileiro suspenda a proibição da comercialização destes alimentos aqui no Brasil.

É bom salientar que no Brasil só é permitido o cultivo experimental dos transgênicos, permissão esta que, segundo os técnicos no assunto, é concedida arbitrariamente pelas nossas autoridades da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio, órgão auxiliar do Ministério de Ciência e Tecnologia), que deveria se limitar a emitir pareceres técnicos.

Sempre é bom salientar que, a maioria dos defensores dos transgênicos, são executivos e cientistas que estão contratados por empresas produtoras de sementes transgênicas, e pesquisadores que têm muito interesse em serem agraciados com financiamentos para as suas pesquisas, pelas empresas que vendem semente, agrotóxicos e fármacos.

Um fato interessante sobre este assunto, é que 75% dos transgênicos são resistentes aos herbicidas. Isto quer dizer que o agricultor que toma muito cuidado atualmente na hora de pulverizar a sua lavoura, só usando o necessário, será subliminarmente induzido a gastar o produto descontroladamente.

Outros 19% dos transgênicos são o cultivo de uma bactéria de nome Bacillus Trhuringensis [BT]. Elas se transformam em plantas inseticidas, e matam o inseto que se alimenta delas.

Outros 7% dos transgênicos misturam as duas características, pois tanto resistem a herbicidas, como são inseticidas.

Sendo assim, percebe-se que estes alimentos não foram elaborados para serem mais produtivos, mas sim , para resistir a herbicidas e matar insetos.

Para contestar a sua competitividade, vamos descobrir no informe publicado em 3 de maio de 2001 pelo Dr. Charles Benbrook, do Nortwest Science and Environmental Policy Center de Idaho, alguma coisa a respeito.

Na verdade, o referido cientista provou que a produtividade da soja transgênica é em média de 2% a 8% menor do que as variedades convencionais.

Assim sendo, os transgênicos não vão acabar com a fome no mundo, porque a sua utilização vai agravá-la mais ainda. Sempre é bom salientar que já existe produção de alimento suficiente no mundo. O que falta é dinheiro para as pessoas comprarem, por causa da péssima distribuição de renda que existe no planeta.

Como os produtores de alimentos preferem jogar fora o execedente, para não abaixar o preço no mercado, as pessoas vão continuar a morrer de fome.

Segundo os técnicos em custos de produção, os alimentos transgênicos seriam mais baratos porque gastariam menos agrotóxicos.

Na realidade, segundo o departamento de Agricultura dos EUA, a soja transgênica necessita em média de mais 10% de agrotóxicos do que os usados nos alimentos convencionais, podendo, em determinadas áreas, chegar a 30% mais.

Com a sua agricultura livre de transgênicos, o Brasil poderá suprir o mercado interno com alimentos saudáveis e baratos.

Os excedentes serão vendidos no mercado da Europa e Japão, que rejeitaram os OGMs.

É bom salientar que a soja não transgênica recebe dos europeus um prêmio de oito dólares por tonelada, fora o preço.

A FGV projetou um lucro de 200 milhões de dólares só em prêmio por nossa soja não ser transgênica, caso toda ela fosse certificada como não-transgênica.

O problema está em que o Brasil é uma peça estratégica no jogo internacional das multinacionais do setor de biotecnológico-agrícola-fármaco-químico.

Responsáveis por 98% da produção de transgênicos no mundo, Argentina, Canadá e os Estados Unidos (principalmente), não querem que o Brasil rejeite os transgênicos.

O Brasil é a última área agriculturável do planeta que continua livre dos transgênicos. Se o País adotar uma postura firme e independente, poderemos tirar inúmeras vantagens dessa posição.

Sendo assim, pelo que pesquisei por aí, e resumi sem pretender ser técnico no assunto, pude perceber que os benefícios dos transgênicos são mitos, conversa fiada, pois eles contaminam mais, produzem menos, trazem riscos à saúde, e aumentam a dependência dos produtores das multinacionais que dominam o mercado de alimentos no mundo.

Sendo assim, eu ergo logo a minha bandeira, e grito:

- Abaixo os transgênicos !
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