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Artigos-->A China não é o que se pensa dela -- 01/11/2012 - 16:45 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


 



000099">ffff00">A CHINA NÃO É NEM DE PERTO NEM DE LONGE



000099">O QUE O OCIDENTE PENSA DELA



Quarta feira, 31 de outubro de 2012



:: 00ff00">FRANCISCO VIANNA





 



A humanidade está vivendo, neste início de século XXI, a era da informação, mas, também e principalmente, a era da desinformação. Um exemplo dessa afirmação é a ideia errônea que se espalhou no Ocidente sobre o poderio da China comunista.



 










































 




Agitação popular atinge grandes fábricas ocidentais na China: a Foxconn.






000000">“Reveja tudo o que você pensa que sabe sobre a China, pois é provável que em grande parte você esteja errado”, escreveu de forma categórica o chinês Minxin Pey, para a respeitada revista 000099">“Foreign Policy”000000"> (Política Externa). Afinal, a China não é isso tudo em matéria de potência econômica, política e militar que se diz no Ocidente, principalmente pela turma da esquerda viúva da ex-União Soviética. Tal afirmação pega muita gente de surpresa, mas o professor Pey (vide foto e dados abaixo) apresenta uma argumentação sólida e convincente em seu artigo para a revista 000099">“Foreign Policy”000000">.



000000">Pey destaca, logo de início, que erros de interpretação desse tipo são comuns na imprensa ocidental onde muita gente escreve muita coisa sobre matérias controversas e que, muitas vezes, é preciso ter um conhecimento maior dos fatores em jogo para que se tenha uma ideia mais próxima da realidade das nações. “Nos últimos 40 anos, os americanos e ocidentais de um modo geral custaram a perceber o quanto suas nações rivais, especialmente, as que seguem um modelo socialista e totalitário, decaíram em relação aos países capitalistas de economia com base na empresa privada e na economia de livre mercado. Há quatro décadas, os americanos pensavam que a União Soviética era uma potência comparável aos EUA e maior do que as nações mais evoluídas da Europa. Não tinham como observar a miséria que jazia por baixo de todo aquele poderio bélico acumulado na mão do estado soviético. Da mesma forma, no final da década de 1980, os ocidentais achavam que o Japão iria superar os EUA como potência econômica.



 



Minxin Pei é um especialista em governabilidade da República Popular da China, em relações sino-americanas, e democratização nas nações em desenvolvimento. É atualmente diretor do ‘Keck Center’ para Estudos Estratégicos Internacionais no Colégio Claremont McKenna e ex-associado sênior do Programa Ásia na ONG “Compromisso Carnegie Para a Paz Internacional”. Formou-se na Universidade de Estudos Internacionais de Xangai e fez o curso de PhD em Harvard e graduou-se como M.F.A. pela Universidade de Pittsburgh. Pei escreve para diversos jornais e revistas, tais como a China Quadrimestral, a Foreign Policy, a China Today, O Diplomata, e a Rádio Pública Nacional, entre outras. Ele já esteve listado entre os 100 principais intelectuais do mundo da revista Prospect.



000000">Para o professor Pei, o Ocidente está a errar de forma semelhante quando supervaloriza a China, mais pelo fato de que uma infinidade de industriais americanos para lá se foram e montaram lá suas fábricas para tirar proveito da mão de obra extremamente barata – semiescrava para dizer melhor – e, a seguir, enumera os sinais assustadores da fragilidade chinesa. Entre esses sinais, o professor destaca a “desaceleração persistente do crescimento econômico, a grande quantidade de bens, principalmente de moradias – que permanecem sem ser vendida e formando verdadeiras cidades fantasmas –, o crescente endividamento bancário das famílias chinesas, formando uma imensa bolha imobiliária de créditos podres – que está prestes a estourar e poderá fazer a sua congênere americana parecer uma brincadeira de criança –, além de uma luta acirrada pelo poder dentro do atual politiburo comunista, que vive num mundo de fantasia à parte da realidade da pobreza de quase um bilhão e meio de chineses que têm pouca ou nenhuma visibilidade dos seus intermináveis escândalos políticos, como é típico dos países comunistas.



000000">“Muitos efeitos colaterais dessa ascensão da China, forçada pelo estado — como o envelhecimento demográfico, o descaso pelo meio ambiente, a mão de obra ainda super barata, o acesso virtualmente ilimitado aos mercados externos, além da baixíssima qualidade dos serviços públicos — estão contrastando cada vez mais com o progresso material irreal e em processo de estagnação e queda”, diz Pey.



 




A intensificação da repressão é um mau sinal de que a insatisfação pública cresce juntamente com a insegurança econômica e política do povo.





 




000000">No entanto, nas esferas políticas e midiáticas do Ocidente, se finge não perceber tudo isso e se age de forma equivocada o que determina um processo extenso e difícil de reverter de desinformação do público. Um paradigma disso é a política adotada pelo presidente Obama para a Ásia, além de outros exemplos que destacam tamanha desinformação.



000000">Diversas ONGs “formadoras de opinião”, também conhecidas como “000000">think tanks000000">” no Ocidente, tais como o Centro Para o Progresso Americano (000000">Center for000000"> 000000">American Progress000000">) e o Centro Para a Próxima Geração (000000">Center for the000000"> 000000">Next Generation000000">), ambos movidos por ideais socialistas, dão ênfase à visão distorcida da realidade chinesa que se tem hoje na América, como o fato expresso num relatório de que “a China teria 200 milhões de estudantes diplomados em 2030”, e, em função disso, pintando um quadro deprimente do declínio americano.



000000">Os que promovem essa visão aberrante da China, já não conseguem mais fingir que não percebem a anarquia e o eventual desabamento catastrófico da economia e da ditadura comunista que está em vias de ocorrer no continente amarelo.



000000">Então, alegam que a China está passando apenas por uma crise econômica cíclica, como ciclicamente ocorre em países capitalistas, ligada à crise maior que assola a União Europeia e, também, em menor medida, os EUA, resultando na queda da demanda internacional.



 




Milhares de revoltas populares expõem a fragilidade do sistema político, mas isso permanece fora do alcance visual de grande parte do Ocidente.





 




000000">“Todavia, a desaceleração econômica corrente em Pequim não é nem cíclica, nem o resultado de uma demanda externa fraca por bens chineses”, explica o professor Pei. Tais processos sociais na China têm raízes muito mais profundas: um estado autoritário que agora, de forma crescente tenta dilapidar o capital e começa a afugentar o setor privado que foi para lá em resposta ao aceno estatal no sentido contrário, expõe a ineficiência sistêmica e a falta de inovação mantidas por uma elite governante parasita e interessada exclusivamente no enriquecimento pessoal e na perpetuação de seus privilégios políticos sobre um setor financeiro dolorosamente subdesenvolvido, e sofrendo crescentes pressões ecológicas e demográficas”.



000000">Tal descompasso entre a percepção americana da força chinesa e a realidade da fraqueza do gigante asiático – um gigante com pés de barro, como era a ex-União Soviética – tem consequências reais adversas, infelizmente. Pey, em seus escritos, adverte o Ocidente que reavalie usando critérios realistas e matemáticos, as argumentações básicas que determinam as suas atuais políticas externas em relação à China e passem a considerar estratégias alternativas, sob pena de muitos países ocidentais serem, em futuro próximo, arrastados a catástrofes ainda impensadas hoje.

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