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Artigos-->Pílulas do Dr. Woody Woodpecker -- 02/11/2012 - 15:41 (Jefferson Cassiano) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


 



Pílulas do Dr. Woody Woodpecker



Pílula 1:  “Mas que pancada no mulerra!”. Assim dizia o famoso Dr. Hans Chucrutes quando era atingido insistentemente por uma porta aberta por ninguém menos que o Dr. Pica-pau.  Os hospitais estavam em minha vida de criança até nos episódios divertidos de meus desenhos preferidos. O Dr. Chucrutes, um tipo baixinho e bigodudo, não foi capaz de curar a minha aversão por visitas ao médico. Postergo o quanto posso e, como já afirmei na semana passada, tenho podido bastante até aqui. 



Pílula 2: Esta semana, por exemplo, peguei algo que pode ser um resfriado, uma gripe, um começo de qualquer coisa. Em linguagem médica especializada: uma virose.  O que fiz? Nada. Mentira: tomei remédio homeopático e descansei o quanto pude. Estou melhor, e não há componente fantástico nisso. A homeopatia funciona, mas acho que o descanso é o segredo dessa fórmula.  Deixadas a sua própria sorte, essas coisinhas que chamamos de doenças, ao menos 90% delas, vão embora rapidinho. Sem necessidade de esquentar a cadeira de uma sala de emergência.  É o meu principal mandamento: só irás ao hospital em caso extremo. O segundo mandamento é: casos extremos são extremos mesmo.  



Pílula 3: Nunca fiz uma cirurgia, nunca fiquei internado, mas já frequentei mais do que gostaria os hospitais.  Aprendi com essa vasta experiência que, se um dia tiver que ficar internado, quero ocupar um leito permanente na UTI. A Unidade de Terapia Intensiva é o melhor lugar de um hospital. Apesar disso, o normal é que se associe a UTI ao desastre, ao sofrimento extremo.  “Minha vó está na UTI, coitada”.  Coitada nada! A velhinha está melhor que nós. Se há um lugar seguro no hospital, é a UTI. Tudo que há de tecnologia na área de saúde está na UTI. Lá os pacientes são vigiados 24 horas por dia, recebem menos visitas e, por isso, têm menos chance de contrair infecções intrusas.  Por tudo isso, decidi que, se um dia for paciente, quero ser paciente de UTI. Ou me deixe em casa, descansando e assistindo ao Pica-pau.



Pílula 4: O brasileiro médio (1,65 m, 99 de QI) é apaixonado por hospitais.  O assunto mais discutido em mesas de bar não é futebol, não é política. É doença. O palco principal dessas doenças são os hospitais. Já vi gente brigando para defender seu hospital preferido, como se falasse do estádio do time do coração. Nesse sentido, os corintianos sofrem duplamente: não têm estádio e, a maioria deles, também não tem hospital para cair doente.  Apesar disso, na liderança e rumo ao título, isso se o time não sofrer de uma gastrite, otite, ô Tite!



Pílula 5: Piada de escritor preguiçoso:



— Doutor, eu comi dois ovos no almoço e agora estou sentido uma pontada no fígado.



— Não se preocupe. Pior seria se você tivesse comido fígado no almoço.



Pílula 6: de veneno. Para morrer de tanto rir com a piada acima. Enfim... pior que piada ruim é hospital ruim. É mesmo de matar.



 



Jefferson Cassiano é professor e publicitário. Ocupa a cadeira 31 da Academia Ribeirãopretana de Letras


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