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Ensaios-->SAGA DOS MARIANOS -- 18/06/2008 - 11:50 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



'Saga dos Marianos' cataloga saudosas lembranças afloradas na mente de quem teve uma origem interiorana, longe dos ruídos das cidades grandes, da poluição e da violência - um mundo de silêncio e de paz - cantado e eternizado por Luiz Gonzaga: “... sem rádio e sem notícia das terras civilizadas...” É para este mundo fantástico, maravilhoso e quase utópico, que Neomísia nos conduz através de sua obra.
Nesse sentido, apresentar “Saga dos Marianos” parece desnecessária redundância, uma vez que a autora discorre sobre si mesma, sem esnobismo, com muita simplicidade e sabedoria. Além disso, relata sua vida com abundância de informações e dá umas “pinceladas” na história de cada um dos irmãos.
Descrevendo os reisados, retratou a figura folclórica de nosso primo Mariano Inácio de Loyola, o “Lolóia”, cujo nome de registro era, na verdade, Mariano Inácio da Silva. Ao falar da infância e da vida no campo, recordou-se das codornizes, das arapucas e das festas do padroeiro. Também não ficaram fora as cirandinhas, cantigas de roda e o casamento chinês. Bem como o mel de engenho, a rapadura e a farinhada na casa do avô Mariano, expressados nas palavras da autora:

“As farinhadas eram por demais animadas, os primos se ajuntavam em volta do amontoado de mandioca, disputando quem raspava mais. Os homens faziam girar a bolandeira, prensavam, peneiravam a massa e torravam a farinha. A mulherada raspava a mandioca que era empurrada pelo banqueiro na boca do caititu... Tudo se fazia cantando; com isso, o serviço pesado parecia mais leve”.

Esta obra é, antes de tudo, um banco de dados, uma excelente fonte de pesquisas. Isso porque Neomísia fez questão de oferecer às novas gerações o conhecimento da história de seus ancestrais e ainda registrar fatos sociais ocorridos no Piauí, a partir dos aos 30. Reportando-se a Picos, seu segundo berço, descreve o costume dos jovens dos anos 60, de uma forma nunca antes vista. Sobre as cirandices na Quinta dos Marianos, o leitor virtual Joel Pereira de Sá comenta: “Essa sua narrativa tem o poder de enlevar o leitor a uma situação quase surreal. A mim me fascina, pois me transporta à minha infância no interior do Nordeste. Magnifico. Abraços.”
Saga é, pois, carregada de emoções, de testemunho de vida e não pode ser classificada, exclusivamente, como autobiográfica, ela apresenta catequese religiosa e ensinamentos que favorecem a elevação da auto-estima, além do humor e da riqueza dos falares nordestinos.




Adalberto Antônio de Lima


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