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Ensaios-->SAGA DOS MARIANOS(lançamento em agosto, na Bienal de São Pau -- 04/07/2008 - 23:03 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
As memórias catalogadas neste livro são saudosas lembranças afloradas na mente de quem teve uma origem interiorana, longe dos ruídos das cidades grandes, da poluição e da violência - um mundo de silêncio e de paz - cantado e eternizado por Luiz Gonzaga: “... sem rádio e sem notícia das terras civilizadas...” É para este mundo fantástico, maravilhoso e quase utópico, que Neomísia nos conduz através de sua obra.
Nesse sentido, apresentar “Saga dos Marianos” parece desnecessária redundância, uma vez que a autora discorre sobre si mesma, sem esnobismo, com muita simplicidade e sabedoria. Além disso, relata sua vida com abundância de informações e dá umas “pinceladas” na história de cada um dos irmãos.
Descrevendo os reisados, retratou a figura folclórica de nosso primo Mariano Inácio de Loyola, o “Lolóia”, cujo nome de registro era, na verdade, Mariano Inácio da Silva. Ao falar da infância e da vida no campo, recordou-se das codornizes, das arapucas e das festas do padroeiro. Também não ficaram fora as cirandinhas, cantigas de roda e o casamento chinês. Bem como o mel de engenho, a rapadura e a farinhada na casa do avô Mariano, expressos nas palavras da autora:

“As farinhadas eram por demais animadas, os primos se ajuntavam em volta do amontoado de mandioca, disputando quem raspava mais. Os homens faziam girar a bolandeira, prensavam, peneiravam a massa e torravam a farinha. A mulherada raspava a mandioca que era empurrada pelo banqueiro na boca do caititu... Tudo se fazia cantando; com isso, o serviço pesado parecia mais leve”.

Esta obra é, antes de tudo, um banco de dados, uma excelente fonte de pesquisas. Isso porque Neomísia fez questão de oferecer às novas gerações o conhecimento da história de seus ancestrais e ainda registrar fatos sociais ocorridos no Piauí, a partir dos anos 30. Reportando-se a Picos, seu segundo berço, descreve o costume dos jovens dos anos 60, de uma forma nunca antes vista.
Sobre as Cirandices na Quinta dos Marianos, o leitor virtual Joel Pereira de Sá comenta: “Essa sua narrativa tem o poder de enlevar o leitor a uma situação quase surreal. A mim me fascina, pois me transporta à minha infância no interior do Nordeste. Magnífico. Abraços.”
Através de outro site, Ângela Faria de Paula Lima manifesta sua opinião: Que lindo... Li o texto com imensa ternura! A minha e a do autor! Lembranças maravilhosas da infância que me fizeram viajar em mundo de sonhos e fantasias infantis!... Lindas “Cirandices”. Parabéns! Muito lindas mesmo! Abraço...

Saga dos Marianos é, pois, carregada de emoções, de testemunho de vida e não pode ser classificada, exclusivamente, como autobiográfica, ela apresenta catequese religiosa e ensinamentos que favorecem a elevação da auto-estima, além do humor e da riqueza dos falares nordestinos.




Adalberto Antônio de Lima
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