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Contos-->ESQUECER NUNCA, PERDOAR JAMAIS -14 -- 17/12/2002 - 16:29 (ADÃO JORGE DOS SANTOS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O medo era imenso e assustador. Eu não sou homem de sentir medo por qualquer coisa. O medo que eu sentia era irracional e sem propósito. Abri os olhos e esperei o pior. Para minha surpresa vi pessoas que não conhecia perto da cama. Uma bonita mulher negra, assim que me viu despertar, correu em minha direção em prantos. Eu não entendia o que ela dizia, mas notei que me conhecia bem, seus olhos transmitiam uma alegria natural , e sua lágrimas eram verdadeiras. Ela me acariciou o rosto e sua preocupação não era fingimento. Tentei falar com ela ,mas minha voz não saiu. Trancou em algum lugar dentro de mim. Eu não tinha muitas opções naquela hora. Então deitei de novo na cama e fiquei olhando para o teto. O teto que olhava era de palha e podia distinguir o azul do céu acima. Senti cheiro de terra molhada no ar, era um cheiro agradável e indicava que tinha havido chuva. Respirei aliviado com aquela sensação de umidade que me invadia. Tentei erguer o corpo mas fui impedido delicadamente por aquela bela mulher que não conhecia. Seus olhos eram castanhos e seu cabelo estava preso por um lenço ou pano colorido. Seus lábios movimentavam-se e eu não conseguia escutar nada, alias , eu não escutava nada. Não tinha percebido o silêncio que me cercava. Nada de som. Nada chegava até os meus ouvidos, ou pior, eu poderia estar surdo. O único som que consegui captar era os batimentos de meu coração. Um batimento isolado e desesperado. Meus olhos deviam estar arregalados e o meu rosto transfigurado, porque a mulher foi até a porta e acenou para um homem que estava do lado de fora, este entrou e vi que estava preocupado. Ele usava uma espécie de chapéu na cabeça e o rosto era pintado. Os seus olhos pareciam o de um louco, começou a gesticular sobre o meu corpo e senti que alguma coisa pastosa era passado em mim. Era uma meleca fedorenta que tinha uma mistura de ervas que pareciam conhecidas. Aos poucos fui sentindo um leve torpor por todo o meu corpo, comecei a sentir sono, mas não queria dormir, queria saber quem era aquela bela mulher. Não tive tempo de descobrir quem era, assim que fechei os olhos , comecei a escutar sons que conhecia.Eu sabia onde estava e quem iria encontrar assim que abrisse os olhos.
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