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Artigos-->IMIGRAÇÃO ESTRANGEIRA PARA O BRASIL -- 12/11/2012 - 17:08 (edson pereira bueno leal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


 IMIGRAÇÃO ESTRANGEIRA PARA O BRASIL 



 



                                Edson Pereira Bueno Leal – novembro de 2012



 



 



SÉCULO XVII



 



Em 1630 , com a tomada de Pernambuco pelos holandeses , ocorreu a primeira onde de emigração judaica para o Brasil . Em Recife fundaram a primeira sinagoga na América e chegaram a constituir 50% da população branca pernambucana nesse período . Com a derrota dos holandeses os judeus foram expulsos e ajudaram a fundar Nova Amsterdã , depois Nova York.



 



SÉCULO XVIII



 



O período colonial observou a entrada de contingentes migratórios de Portugal e de negros africanos . O Brasil estava fechado aos demais estrangeiros . Mesmo assim foi período de intenso intercruzamento étnico . A atividade econômica se desloca para a região de Minas Gerais devido à exploração do ouro .



Deu-se ainda no período a completa integração territorial do Brasil , com a definição de fronteiras através do Tratado de Madri , firmado em 1750 entre Portugal e Espanha, vencendo o princípio do uti possidetis



 



 



SÉCULO XIX



 



O século XIX inaugura o período da mais vasta experiência de relações de raça e cultura . Com a abertura dos portos em 1808 inicia-se a vinda de  navios estrangeiros e a abertura ao comércio internacional estimula a entra de novos valores , grupos, culturas .



O crescimento da imigração estrangeira irá ocorrer em correlação com o decréscimo do trabalho escravo .



 




  1. Fase – Migração 1808-1850



 



A primeira tentativa oficial de colonização é a fundação da colônia de Nova Friburgo em 1818 . Receberam-se colonos católicos com direito a lote de terra , animais, sementes e víveres e auxílio de   160 réis por dia no primeiro ano e 80 réis por dia no segundo ano . Era terra bruta , tudo por fazer. Mesmo assim vieram 2000 suiços e 1000 alemães .



No início do século XIX judeus marroquinos emigraram para a Amazônia,  atraídos pela promessa de liberdade de culto e por uma campanha publicitária internacional , feito pelo governo da Província do Grão Pará . Em 1880 chegaram a Manaus . Os sefarditas miscigenaram-se com a população a tal ponto que uma pesquisa genética feita pela Universidade Federal de Minas Gerais mostra que 16% da população da Amazônia que se declara branca tem algum judeu entre seus antepassados . 



Esta população não pratica hoje a religião judaica e portanto não é reconhecida como tal , mas a miscigenação é um fato . ( Veja, 8.3.2006 , p. 62-65) .



Até 1830 cresce o número de  migrantes . Com a suspensão do  financiamento e as condições políticas internas altamente instáveis decorrentes da abdicação do imperador e do período Regencial  a entrada declina no período de 1830 a 1843 . Somente volta a crescer a partir de 1846 .



 




  1. Fase 1850-1888



 



A migração tende a crescer a partir da extinção do tráfico de escravos . Os capitais  investidos nesta atividade  em parte são aplicados na criação de indústrias e estradas de ferro. Porém o grande motor da imigração será o crescimento da produção de café  que irá gerar a necessidade de novos trabalhadores , demanda que não podia ser suprida com a mão de obra escrava em declínio



3ª Fase – 1888 em diante



Neste período a abolição da escravatura é fundamental . De 1891 a 1900 verifica-se o maior volume de entrada de imigrantes estrangeiros . Os governos federal e estadual  concedem auxílios , incluindo concessão de terras que contribuíram para o estabelecimento de colônias .



O grupo mais significativo foi o de italianos  que vieram para S Paulo e depois Paraná e uma parte acabou ficando na cidade de São Paulo constituindo-se mão de obra para a indústria nascente .  



A Primeira Guerra Mundial reduziu novamente a entrada de imigrantes e também a crise do café em 1929  . Com a Revolução de 1930 foram adotadas medidas restritivas à imigração . Em 1932 foi proibida a sua entrada . Em 1934 a Constituição estabeleceu uma quota de entrada de imigrantes o que foi reiterado pela Constituição de 1937 , em cerca de 2% do total de imigrantes já localizados no Brasil , seria a quota anual para cada grupo .Do lado dos países totalitários da Europa foram adotadas políticas mais restritivas de emigração  além da própria estabilização da situação demográfica nesses países com o início da queda da fecundidade.



Neste período , em pleno governo Vargas idealizou-se um projeto de povoamento do Brasil , executado pelo Conselho de Imigração e Colonização , do Itamaraty, mas subordinado à Presidência da República.  O projeto objetivava a formação de uma nação que tivesse um padrão sociocultural mais elevado, mas era apenas uma versão melhorada das idéias de branqueamento difundidas no período de conteúdo darwinista . Buscava-se os estrangeiros brancos, de boa formação  e provenientes de culturas consideradas superiores.



Para se habilitar a um visto de entrada , dentro do sistema de cotas , qualquer estrangeiros deveria preencher alguns requisitos básicos. Eram mais facilmente aceitos os que se dispunham a trabalhar no campo e o candidato deveria ter comprovada capacidade de adaptação á cultura brasileira . Neste período , os judeus tiveram grande dificuldade de migrar para o Brasil . Alegava-se que eram trabalhadores urbanos e culturalmente inadaptáveis, , mas na verdade havia um acentuado anti-semitismo entre autoridades do governo brasileiro. 



Em 1938  recomeça o crescimento da imigração que diminui  de 1939 a 1945 devido à Segunda Guerra Mundial . Em 1946 volta a crescer.      



Os imigrantes contribuíram de 1840 a 1940 com 19% do aumento populacional brasileiro  , seja de forma direta , seja pelos seus descendentes . É um percentual reduzido se comparado com o da Argentina ( 58%)  , EUA 9 44%) e Canadá ( 22% ) .



O Brasil contemporâneo inverteu o fluxo de migração do ponto de vista internacional . De 1870 a 1930 o país recebeu  entre 5 e 7 milhões de imigrantes de várias partes do mundo principalmente Europa e Japão e de 1970 para cá enquanto o fluxo de entrada de imigrantes diminuiu muito, cresceu substancialmente o número de brasileiros que procuram novas oportunidades fora do país. A maioria dos migrantes se instalou nas regiões Sul e Sudeste do Brasil onde era maior a necessidade de mão de obra, principalmente para a agricultura. Em 1996 apenas 17.178 vistos foram concedidos para entrada no Brasil cerca de 70% referentes a profissionais que se instalaram no Rio de Janeiro ou em São Paulo. Hoje , apenas 0,5% da população brasileira é formada por imigrantes .



O quadro 1 apresenta os maiores grupos de imigrantes que vieram para o Brasil



 



QUADRO 1 IMIGRAÇÃO ESTRANGEIRA  1836-1968



 



 











































PAÍS




TOTAL




PAÍS




TOTAL




PORTUGAL




1.760.000




ITÁLIA




1.620.000




ESPANHA




719.000




ALEMANH




   257.000




JAPÃO




243.000




ÁUSTRIA




     98.000




RÚSSIA




 119.000




TURQUIA




     79.000




POLÔNIA




   54.000




 FRANÇA




      50.000




 



Nos dias de hoje continua a entrada de estrangeiros no Brasil , grande parte de forma ilegal, principalmente da Bolívia , do Peru e da Coréia do Sul . Por exemplo os coreanos já são mais de 80.000 em São Paulo, aproximadamente a metade ilegais . Os coreanos trabalham na área de confecções , em pequenas empresas de estrutura familiar no bairro do Bom Retiro em  São Paulo. Estima-se que uma em cada três roupas femininas fabricadas no Brasil é de coreanos ( Veja, 13.05.1998 , p. 54-58) .



 



DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE ESTRANGEIROS



 



O censo de 2000 revelou uma acentuada diminuição no número de  estrangeiros no Brasil , indicando que o país não é um destino atrativo . O número de estrangeiros na população diminuiu de 1,083 milhão em 1970 para 510 mil em 2000 , uma queda de 53% . Mesmo havendo queda aumentaram os contingentes de argentinos , uruguaios , bolivianos e chilenos  assinalando um quadro de crise   generalizada no Mercosul .



Os números todavia podem estar subestimados pois estima-se em São Paulo a existência de 400.000 latino-americanos, dos quais aproximadamente 240 mil “indocumentados” ou seja, em situação irregular. A maioria está trabalhando em oficinas de costura clandestinas , recebendo salários miseráveis e sem direito sequer a assistência médica.



 


























































ESTRANGEIROS POR PAÍS EM 1970-2000




 




1970




2000




 




1970




2000




Portugueses




410,0




176,0




Argentinos




14,5




20,8




Japoneses




143,0




52,5




Uruguaios




11,2




18,1




Italianos




129,0




43,7




Bolivianos




9,9




14,6




Espanhóis




116,0




35,8




Chilenos




1,8




14,6




Paraguaios




18,6




14,9




 




 




 




 Fonte : IBGE Censo 2000 , in FSP 21.12.2002, p. C-1



Além da redução do número de imigrantes , outra razão que explica a queda destes números é  o aumento dos estrangeiros que se naturalizaram , que passou de 155 mil em 1970 para 173 mil em 2000 .



Aumentaram também os brasileiros que retornaram do exterior . Em 1991 , cerca de 31 mil declararam que haviam vivido no exterior nos últimos cinco anos , número que passou para 87 mil em 2000 .



 



 














































VARIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO ÉTNICA BRASILEIRA




 




1500




1890




1980




Indígenas




2.000.000




440.000




200.000




Brancos




 




6.302.000




65.000.000




Mistos




 




6.000.000




46.000.000




Negros




 




2.000.000




7.000.000




Asiáticos




 




 




755.000




 



 



AUMENTO DO NÚMERO DE ESTRANGEIROS 2009.



 



 



 



As remessas de estrangeiros que vivem no Brasil bateram recorde no terceiro trimestre de 2009 , chegando a US$ 184 milhões , contra 51 milhões no primeiro trimestre de 2005  .  As entradas de recursos de brasileiros no exterior , no mesmo período , caíram para US$ 498 milhões , o menor montante desde 2003 .



O dado indica que o Brasil está passando por um estágio que Espanha e Irlanda já atravessaram , de transição de um pais que apenas envia imigrantes , para um que também recebe estrangeiros .



Com o retorno de brasileiros devido à crise nos países ricos , e a diminuição das remessas dos que não voltaram , a cada US$ 2,7 que entram no país de remessas de trabalhadores no exterior, estão saindo US$ 1  para o exterior , a menor diferença desde ao menos 1995, quando ela chegou a US$ 37, para cada US$ 1. O Brasil virou pólo de atração para pessoas dos países da América do Sul e Central devido à atividade econômica e moeda forte .



Com a lei da anistia 14.920 bolivianos , 5.197 chineses, 4.215 peruanos 3.699 paraguaios , 1081 sul-coreanos , 972 libaneses, 758 senegaleses, 545 chilenos , 527 nigerianos e 519 angolanos pediram regularização de sua situação até 15 de dezembro de 2009 . ( F S P , 10.01.2010 , p. B-1) .



Em 2009 , 42.914 trabalhadores de fora migraram temporária ou permanentemente para o Brasil , queda em relação a 2008 quando foram 43.993 vistos concedidos . ( F S P , 15.05.2010, p. B-7).



 



ESTRANGEIROS 2010.



 



Levantamento do Ministério do Trabalho mostra que, entre janeiro e março de 2010 , 11.530 trabalhadores estrangeiros receberam autorização das autoridades brasileiras para exercer suas atividades no país . Norte-americanos , britânicos e filipinos aparecem no topo do ranking das concessões .



O número de vistos de trabalho emitidos neste período é 16% superior ao volume de entradas autorizadas em 2009 . ( F S P , 15.05.2010, p. B-7).



As remessas de estrangeiros para o exterior , de janeiro a abril de 2010 chegaram a US$ 262 milhões , valor 66% a mais do que os US$ 158 milhões enviados no mesmo período de 2009 . ( F S P , 26.05.2010, p. B-2) .



O número de imigrantes aumentou de 179 milhões em 2000 para 214 milhões em 2010, mas o percentual em relação à população mundial passou de 2,9% para 3,1% . .( Revista Veja, 3.10.2012, p. 118-121).



Na década de 2.000 o país recebeu 455.333 estrangeiros de acordo com o Censo. O número é 62,7% maior do que o registrado na década de 1990 quando 279.822 migrantes desembarcaram no Brasil .



Dos migrantes que vieram para cá, mais da metade chegou a partir de 2008, devido à crise econômica. A crise também ajuda a explicar o retorno de um número importante de brasileiros que moravam no exterior.



Dos estrangeiros que vieram para o Brasil na década de 2.000 , 17,4% saíram dos Estados Unidos. Cerca de 9,8% vieram do Japão . ( F S P , 18.10.2012, p. C-5) .



 



ESTRANGEIROS EM 2011.



 



Desde 2010, cerca de 550.000 novos imigrantes estabeleceram residência no país . O número de autorizações temporárias e permanentes de trabalho aumentou de 43.000 em 2008 para 70.000 em 2011, mais da metade com curso superior completo. Há vinte anos não passavam de 2.600 por ano.



Os novos imigrantes são profissionais qualificados que fogem da estagnação econômica e das altas taxas de desemprego em seu país de origem . A maior demanda está ocorrendo na área de petróleo e no setor de obras de infra-estrutura e construção civil .( Revista Veja, 3.10.2012, p. 118-121).



 



MIGRAÇÃO ESTRANGEIRA POR ESTADOS



 



 As correntes migratórias dirigiram-se principalmente para o Sul do país . Norte , Nordeste e Leste receberam levas esporádicas . Alguns autores atribuem a preferência a condições climáticas semelhantes á Europa . Hoje sabe-se que o fator climático foi importante , mas não o  único . Condições econômicas e sociais foram mais determinantes : maior área de terras inexploradas  e menor presença do trabalho escravo e do latifúndio . A propriedade da terra era desejo básico do imigrante e o regime de grande propriedade no Nordeste dificultava isso .



A colônia de São Leopoldo em 1824 , o primeiro núcleo de estrangeiros iniciou-se com 26 alemães , chegando a  mais de 4.000 em 1830 . O governo imperial deu todas as facilidades . Depois Torres ( alemães católicos ) e Três Forquilhas ( alemães protestantes )



Em Santa Catarinaa primeira colônia, S. Pedro de Alcântara  formada por alemães de São Leopoldo e Bremen em 1828 . As condições de Santa Catarina eram menos fáceis que no Rio Grande  do Sul . Imigração só tomou força a partir de 1850 com a fundação de Blumenau pelo Dr. Blumenau , médico alemão . A colonização irradiou-se pelo Vale do Itajaí .



No Paraná a primeira colônia em  1828 malogrou devido a ataques indígenas . Após 1850 fundaram-se as colônias de Superaguy com franceses e suiços e Dona Tereza com franceses .



Na Bahia , soldados irlandeses formaram em 1828 a colônia de Santa Januária , mas não deu certo. 



Em Pernambuco colônia alemã em Catucá foi destruída pelos quilombos



No Espírito Santo em 1847 os alemães fundaram a colônia de Santa Isabel .



No Rio de Janeiro em 1846 foi fundada Petrópolis .



Em São Pauloo regime foi diferente . Embora inicialmente tivessem se formado colônias , tornou-se mais comum a introdução de imigrantes como braço da lavoura cafeeira . Imigrantes eram distribuídos nas fazendas , principalmente por iniciativa particular .



Inicialmente foi instituído o regime de parceria através do pagamento do trabalho com uma porcentagem sobre a colheita . A ausência de base estável na relação entre fazendeiros e colonos criou desajustamento e ambiente de mal estar , traduzida na Revolta de Ibicaba , levante de colonos contra o fazendeiro.



A partir de 1870  o regime assalariado passou a predominar . Muitos colonos conseguiram amealhar recursos e tornarem-se proprietários rurais . Outros resolveram mudar-se para as cidades .



 



MIGRAÇÃO ESTRANGEIRA POR GRUPOS ÉTNICOS



 













































































































MIGRAÇÃO DESTACADA PARA O SUL DO PAÍS  1824-1969




 




1824



1870




1871



1886




1887



1898




1899



1904




1905



1914




1915



1930




1931



1947




1947



1969




Italianos




5132




143183




840153




168324




199206




133666




23487




108487




Alemães




39318




29990




20345




3197




35873




81223




25900




22232




Japones




 




 




 




 




15543




85110




87969




44793




Russos




 




9713




40406




1424




50771




18817




2593




4977




Austría




104




10203




38641




5986




23545




13397




2577




4041




Polones




 




 




 




 




 




32729




17281




16836




Outros




135904




150462




441370




115967




698441




647954




161633




511159




Total




180458




343551




1380915




294898




1023380




1011996




321440




712485




Outros : Portugueses , espanhóis , sírios libaneses , belgas , suiços, húngaros , iugoslavos , lutianos, romenos , tchecos , suecos, ingleses , franceses , etc. Tavares , Vania Porto .  Colonização dirigida no Brasil . Rio de Janeiro, IPEA, 2ª EDIÇÃO , 1979 .



 



ITALIANOS



 



Entraram de várias regiões , áreas agrícolas - Lombardos, genoveses , piemonteses , venezianos  e áreas urbanas : apulvos, calabrezes, campânios .



Havia grande diversidade étnica e cultural , embora o denominador comum fosse a origem italiana e o catolicismo . Chegam em pequena quantidade em 1836, 1847, 1852/53, crescendo a partir de 1875 .



No Rio Grande do Sul , início em 1875 . Introduziram a vinicultura na região . Desenvolveram inúmeras outras atividades de base artesanal : metalurgia, selaria , madeira, curtumes , tecelagem e agricultura diversificada : milho, fumo e legumes .



Em Santa Catarinaconcentraram-se no Vale do Tubarão . Trabalho na agricultura em pequenas propriedades e colônias . Estímulo a culturas agrícolas conhecidas e produção de banha e salsicha .



Em São Pauloa partir de 1880 vão trabalhar na lavoura de café  e na atividade industrial de caráter urbano .



Sua contribuição mais importante para a economia é a reação contra a monocultura . Organização social com base na vida de família , religião católica . Houve integração com os princípios de organização política do país e costumes locais . Introduziram pratos típicos que se generalizaram : macarrão, polenta , risoto , pizza  e muitas atividades recreativas , uso sanfona , jogos  como a bocha e festas domingueiras .



 



ALEMÃES



 



Entrada a partir de 1824 , interrupção entre 1830 e 1846 e reinício em 1847 .



Tiveram maior dificuldade de adaptação pela formação cultural diferente , agravada pelo isolamento da colônias . Vieram alemães de todas as regiões e de diferentes níveis culturais . O trabalho agrícola foi o denominador comum .



A arquitetura será traço característico . A alimentação exigiu adaptação dos colonos que introduziram a batatinha, centeio e alfafa . O vestuário também foi adaptado, mantendo certas peculiaridades .



A organização da família manteve os padrões de origem : casamento cedo, permanência de um dos filhos quando casa com os pais ; prole numerosa , ausência de prostituição ; coesão dos laços de parentesco , distribuição das tarefas agrícolas entre os dois sexos.



Na religião vieram grupos católicos e protestantes , com grande influência do sacerdote sobre a família . Predominou desde o início a pequena propriedade e o desenvolvimento industrial a partir do artesanato .



 



JAPONESES



 



Com a restauração Meiji, no final da década de 1860 , houve a abertura do Japão para o exterior e uma forte expansão das cidades . A população da região de Tóquio por exemplo , dobrou de tamanho em 20 anos ( entre 1888 e 1908 ) . As terras para o plantio de alimentos ficaram insuficientes. Chegava a faltar comida em alguns locais .



Ficou definido ainda que apenas o filho primogênito teria direito à herança da família . Os demais descendentes ficavam sem nada . Também cresceu a cobrança de impostos sobre as terras . 



O Japão no início do século XX era uma  nação exaurida pela explosão populacional e pelos gastos provocados por guerras , travadas contra a China e a Rússia .



Na cidade o desemprego era dramático e no campo os trabalhadores que não tinham tido suas terras confiscadas por falta de pagamento de impostos , mal conseguiam sustentar a família . Com isso o próprio governo estimulou a emigração . Inicialmente ocorreu a saída para os EUA , o Canadá e o Havaí .



No Brasil , no início da década de 1900 , o governo italiano parou de subsidiar o envio de pessoas para o Brasil devido ao péssimo tratamento dos imigrantes pelos fazendeiros .



Em 1907 , em meio a protestos contra a maciça presença de japoneses em seu território , os EUA fecharam um acordo com o Japão para inibir a imigração . O Brasil passou a ser apresentado como um “eldorado” , um local para enriquecimento rápido e com fartura de recursos .



Relatório do embaixador japonês no Brasil informou ao governo japonês o crescimento das fazendas de café e a precariedade da mão de obra com o fim da escravidão .



Presidente da Companhia de Emigração Imperial , o empresário e empreendedor Ryu Mizuno foi o mentor e patrono da vinda dos primeiros navios com trabalhadores japoneses para os cafezais paulistas . Nascido em 1859 na província de Kochi , era dono de um casarão que tomava uma quadra inteira de Tóquio e , numa das diversas viagens que fez ao Brasil antes de trazer os imigrantes foi o primeiro a levar o café ao Japão , que os nobres japoneses, desavisados, cozinharam e comeram como feijão. Em uma viagem ao Brasil em 1906 , conheceu o então governador paulista , Jorge Tibiriçá , e o Secretário da Agricultura Carlos Botelho . Em 1907 , com a mudança da lei de imigração , fez um acordo para trazer 3.000 japoneses para São Paulo em três anos .



Ele estimulou os “soldados da fortuna” a virem para “No Brasil , existe uma árvore que dá ouro: o cafeeiro . É só colher com as mãos “ , diziam cartazes espalhados por Mizuno no sudeste do Japão .



Mizuno viajou no Kasato Maru , anotou a viagem em uma caderneta que está no Museu Regional Saburo Yamanaka . Em 1926 , na oitava passagem pelo Brasil , ganhou do governo do Paraná uma área de 2.767 hectares para fundar uma colônia, a Alvorada . No início da Segunda  Guerra estava no Japão . Voltou ao Paraná apenas em 1951, morrendo em agosto de 1952 na Vila Sônia em São Paulo ( F S P , Especial , 18.06.2008, p. 18) .



Dos 781 pioneiros imigrantes que vieram no Kasato Maru e que chegaram em 18 de junho de 1908 , 324 deles , ou 42% eram da Província de Okinawa, no extremo sul do Japão . A região , que era um reino independente na época do xogunato , foi incorporada ao Japão apenas em 1869 e se caracterizava pela pobreza , baixa qualificação e discriminação do povo pois o arquipélago de 169 ilhas parece estar fora do Japão , por isso é conhecido como a “Flórida do Japão”, devido às praias de águas mais quentes . Na época até a língua original era diferente , era falado o dialeto uchinaguchi .  Vieram também muitos imigrantes de Kagoshima .



Cerca de 532 eram alfabetizados . Todos já morreram . A última representante do grupo , Tomi Nakagawa , morreu em 2006 , a 4 dias de completar cem anos .



Segundo Célia Sakurai “ não vieram os mais miseráveis , porque a família tinha de bancar a viagem até o porto de Kobe . Vieram aqueles que tinham alguns poucos bens , mas se viam sem perspectivas” . Em geral também não vieram os primogênitos , pois eles tinham direito à herança . Cada família tinha de viajar com ao menos três pessoas aptas a trabalhar, entre 12 e 45 anos .



As despesas de viagem foram bancadas pelos fazendeiros ,mas a dívida teria que ser paga com a própria colheita do café , em um contrato de ao menos dois anos . Depois o governo japonês passou a subsidiar a viagem . ( F S P , Especial ,18.06.2008 , p.12) .



O Kasato Maru, foi construído pelo estaleiro inglês Wighan e Richardson Co. e  comprado da Rússia em 1889 e chamado de Kazan, cidade a Oeste de Moscou , usado no transporte de soldados e equipamentos médicos . Em 1904, com a guerra entre os impérios do Japão e da Rússia , a embarcação foi conquistada pelos nipônicos e rebatizada como Kasato Maru ( o termo “maru” indica nome de navios) .Levou imigrantes para o México e o Peru em 1906 . Depois de trazer os imigrantes para o Brasil tornou-se um cargueiro , até ir parar na esquadra japonesa da Segunda Guerra Mundial .Foi afundado pelos russos em 9 de agosto de 1945 , ao transportar latas de atum e caranguejos no Mar de Bering , na Rússia . ( F S P , 15.05.2008 , p. F-10) .  



Os japoneses da Hospedaria dos  Imigrantes seguiam para as  fazendas de café no interior do Estado , mas foram tratados como escravos e perceberam que não iriam conseguir melhorar de vida desta forma.



A  maioria foi para fazendas na região de Ribeirão Preto . A idéia era ficar três ou quatro anos e voltar para o Japão . Mas a safra de 1908 foi ruim , os japoneses tiveram dificuldades em trabalhar com uma planta que desconheciam e acabaram se endividando, somando a despesa de devolução dos gastos da viagem com as compras nos armazéns das fazendas .



Os imigrantes eram vigiados o tempo todo por capatazes , moravam em barracões sem estrutura , muitos herdados dos antigos escravos .A jornada de trabalho passava de 12 horas , tendo início às 6 horas . Não entendiam a língua , sofriam com doenças como a malária e estranhavam a alimentação .



Fugas e conflitos com os proprietários tornaram-se comuns . Os okinawanos foram considerados – falsamente – os culpados e em meados da década de 1910 ocorreu a primeira restrição contra eles , não poderiam mais ser imigrantes contratados , o que tornou bastante difícil a sua vinda . ( F S P ,  8.5.2008 , p. F7 e F11) .



Dos 781 imigrantes do Kasato Maru , menos de 200 seguiam nos cafezais um ao e três meses depois da chegada .



Muitos dos que fugiam voltavam para Santos , sua referência como único outro lugar no Brasil. A comunidade nipônica na cidade foi se estabelecendo na agricultura , pesca e outros negócios . Uma parte começou a se dispersar por São Paulo . Uma parte seguiu a linha de trem em direção ao noroeste paulista em cidades como Marília e Bauru , onde as terras eram mais baratas e era possível comprar ou arrendar um terreno . As levas seguintes também já não se concentravam em Ribeirão Preto.



As  condições só melhoraram quando passaram a ser firmados contratos de parceria . Os trabalhadores se comprometiam a desmatar o terreno , semear o café , cuidar da plantação e devolver a área dali a sete anos , quando a segunda colheita estaria no ponto.Em troca  ficavam com os lucros da primeira safra  e de tudo o que plantassem além do café . Esse tipo de contrato permitiu que muitos japoneses comprassem as primeiras terras .



Os japoneses sofreram problemas de discriminação racial . No começo do século XX , grupos formados por vários setores, entre os quais representantes  das oligarquias agrícolas do Norte e Nordeste , acreditavam que era preciso “ branquear” o Brasil , para torná-lo um país desenvolvido e a vinda dos japoneses estava na contramão desta idéia . Além disso os  japoneses eram vistos como um povo expansionista.



Até 1923 o próprio Estado de São Paulo pagava as passagens , mas a partir de então o próprio governo japonês passa a custear a viagem , numa política nacional , devido à crise demográfica pós-feudal , com uma massa de trabalhadores desempregados e miseráveis .



As famílias começaram a diversificar a produção , plantando outras culturas como o algodão . Passaram a se agrupar em colônias. Criaram associações culturais e de lazer e também as primeiras escolas  que ensinavam japonês e português .



Em 1923 , Kinjo Yamato , passageiro do Kasato Maru , se formou na Escola de Odontologia de Pindamonhangaba , sendo o primeiro imigrante japonês a se graduar no país .



Os que migraram para a cidade de São Paulo procuraram atividades que não precisavam de uma intensa comunicação com os brasileiros , virando feirantes , quitandeiros , tintureiros .



Em 1938  o governo Vargas ordenou o fechamento dos nihon-gakus , as escolas onde os filhos de imigrantes aprendiam a ler , escrever e a agir como japoneses .  Em 1941 os jornais das comunidades foram fechados e no ano seguinte devido à declaração de guerra , a embaixada fechou as portas  e a entrada de japoneses no país foi proibida . Grande parte da documentação histórica japonesa foi confiscada e destruída .



Famílias japonesas que moravam em áreas consideradas de segurança nacional , como a cidade de Santos e os  bairros da região central de São Paulo , como a Liberdade , foram obrigadas a deixar suas casas às pressas e mudar-se para o interior do Estado . Havia o temor de que japoneses e alemães colaborassem com os submarinos do Eixo .



Os imigrantes tiveram que largar casas e bens e saíram com as mãos no bolso , foram para a Hospedaria do Imigrante , no Brás em São Paulo , e depois para o interior , sempre monitorados pelo DOPS. Porém puderam permanecer em Santos quem já era brasileiro naturalizado e os nisseis , filhos dos japoneses com idades entre 16 e 19 anos . Os pais retornaram a partir de 1946.



Com o fim da guerra a comunidade japonesa se dividiu . De um lado ficaram os que aceitaram a derrota na guerra ( os makegumi , ou derrotistas) e os que acreditavam que a rendição , não passava de propaganda americana ( os kachigumi , ou vitoristas ) . Os japoneses acreditavam que o imperador era divino . Então como ele perderia a guerra ?



Estes chegaram a fundar uma organização nacionalista , a Shindo Renmei , ou Liga do Caminho dos Súditos , para juntar dinheiro destinado a propagandear o “espírito de invencibilidade “ japonês , que em 2.600 anos de história nunca havia perdido uma guerra. A organização chegou a ter 30.000 sócios registrados .Em 1946 o braço radical dessa organização , matou 23 pessoas e feriu 147. Em 1947, quase 400 deles foram condenados à prisão .



Aos poucos a situação foi voltando ao normal e somente 10% dos quase 190.000 japoneses que imigraram antes da II Guerra  Mundial voltaram para o Japão . O restante ficou para sempre no Brasil .



Em 1948, Yukishigue Tamura é eleito vereador em São Paulo e se torna o primeiro membro da comunidade a ocupar um cargo eletivo na capital .



Em 1953 , a imigração recomeçou  e terminou em 1973 , com a chegada dos 285 passageiros do Nippon Maru . De 1908 a 1973, foram cerca de 250 mil os imigrantes .



Os sanseis , netos de japoneses integraram-se totalmente à  sociedade  brasileira e em 1977  os japoneses que eram 2,5% da população de São Paulo ,  somaram 13% dos aprovados na USP , 16% no ITA e 12% na FGV .



A partir de 1988 a migração se inverteu . O PIB japonês cresceu mais de 6% e a economia brasileira estava estagnada . . No primeiro momento , ocorreu o retorno dos japoneses que vieram ao Brasil como imigrantes . A partir de 1990 , passaram a ir filhos e netos , após o Japão permitir que descendentes pudessem trabalhar legalmente no país . .



Segundo dados do governo japonês , em 2006 havia 312 mil brasileiros no Japão, número bem maior do que os 250 mil que vieram para o Brasil .



Contribuições : indústria do charão ( laca ou verniz oriental ) , cultura do lotus , saquê, feijão soja , broto de bambu , cultivo do chá, juta . Família patriarcal , monogâmica . Na arquitetura : varandas , postigos e vestíbulo especial ( togutshi) . Permanecem os nichos religiosos em casa . Esporte : beisebol. Cerimônias de casamento e funerais , hábitos  mantidos.



Pesquisa Datafolha realizada em 2008 na cidade de São Paulo mostra que 2 em cada 3 japoneses ou descendentes que são de alguma forma casados , que são viúvos ou separados  declaram ter parceiros também pertencentes á comunidade Nikkei .



A pesquisa revela uma surpreendente maioria (82%)  de membros que dizem entender “mesmo que um pouco” o idioma japonês . Quase a metade (46%) dos japoneses ou descendentes afirma ler , e um pouco menos (43%), declara escrever nos difíceis alfabetos japoneses ( os ideogramas kanji, herdados dos chineses e dois silabários hiragana e katakana) .



As mulheres (68%) dizem se casar mais com membros da própria comunidade do que os homens (63%). Como recai sobre elas ( mães e avós) a responsabilidade da formação dos filhos , as mulheres são vistas como correia de transmissão dos valores e hábitos para os mais jovens .



A taxa de casamentos intra-comunidade decresce de geração para geração : era de 90% entre os nascidos no Japão , caiu para 69% na segunda geração ( nisseis) e para 49% na terceira ( sanseis) . No entanto a pesquisa traz um dado novo : entre os casados , viúvos ou separados mais jovens ( 25 a 34 anos) , mais da metade (55%), declara que o seu parceiro é ou foi da comunidade Nikkei . A taxa sobe a 70% entre aqueles que tem entre 35 e 44 anos , um grupo que nasceu entre 1964 e 1973 , período em que o fluxo imigratório do Japão para o país era decrescente . ( F S P Especial , 18.06.2008 , p.2) .



Ainda de acordo com a pesquisa , os nipo-brasileiros têm uma imagem clara sobre como se vêem em comparação com a média dos brasileiros . Dizem acreditar que os descendentes nascidos no Brasil respeitam mais as regras da sociedade ( 85%) , são mais esforçados nos estudos (80%), mais trabalhadores (72%) e mais confiáveis ( 64%). De outro lado se consideram mais tímidos ( 87%), mais fechados (78%), e secos (66%), e menos afetuosos ( 46%) .



Grande parte das características relacionadas tem ligação direta com as origens histórica , social e cultural dos imigrantes . Valores como integridade , respeito ao idoso , honestidade estão relacionados com a filosofia do confucionismo , de origem chinesa , mas amplamente cultivada no Japão . Ressalte-se ainda a educação que o Japão imperial impôs a seus súditos com o objetivo de instituir ordem e respeito à hierarquia . ( F S P Especial , 18.06.2008 , p.6) .



Em junho de 2008, comemorou-se o centenário da imigração japonesa para o Brasil. Em 18.06.1908 o navio Kasato Maru aportou em Santos, SP, trazendo 781 japoneses, que compunham a primeira leva de imigrantes. Observe os gráficos.



 








































 




Japão




Brasil




 




1908




2008




1908




2008




População




48,0




128,0




23,4




192,0




Esperança vida




44,0




81,9




34,0




72,3




Densidade




125,6




338,0




2,9




22,0




População em milhões ; esperança de vida ao nascer em anos e densidade populacional em habitantes por km2



(Ministério do Interior e Comunicações do Japão; IBGE –Estatísticas do Século XX e Organização da Nações Unidas, 2008.)



 Em 1908 , elevada densidade populacional no Japão; menor população e escassez de mão-de-obra agrícola no Brasil; Em 2008 , inversão do fluxo com brasileiros, descendentes ou não de japoneses, emigrando para o Japão.



 



POLONESES



 



Em 1878 , primeiras entradas , figurando como russos . De 1892 em diante considerados como grupo específico . Região Sul – SC , PR e RS . Católicos , agricultores e construtores de casas de madeira . Trabalho agro-extrativo : madeira , erva mate , vinicultura, pecuária , etc. Nas cidades são comerciantes . A formação de associações de fins culturais e comerciais é característica .



 



TURCO ÁRABES



 



Popularmente conhecidos como turcos , compreendem os sírios , libaneses , árabes , palestinos e os próprios turcos . Sírios , libaneses e turcos já aparecem no Brasil na época colonial . Grande emigração ocorre entre 1860-1870 até  1890 . Daí em diante em números menores .



A  religião predominante é a cristã – nos ramos da igreja católica  maronita  e a muçulmana . Atividades de comércio de fazendas e artigos de armarinho , comércio ambulante , o “ mascate” . Estabelecem-se inicialmente depois estimulando a vinda de patrícios . Alimentos : carne de espeto , quibe , fatuxi, tabúl-i . Doces : knape , barazak, mamul . Os libaneses se destacaram na indústria têxtil . Reunião em associações várias . Grande capacidade de adaptação. 



 



JUDEUS



 



Em contato com o Brasil desde o descobrimento . Atividade principal o comércio . Na colônia vieram judeus sefardins , da própria Península  Ibérica . No século XX vieram do grupo Ashkenazim vindos da Alemanha , Polônia e Rússia . Mantém sua unidade cultural e festas  religiosas : Páscoa , Ion Kipur .



 



ESPANHOIS



 



Grandes registros de entrada , principalmente na segunda metade do século XIX . Participaram da lavoura do café , gado e bananas  e depois do comércio nas cidades . Maior influência no sul , através do castelhano e do gaúcho . Espírito bravio , atitudes cavalheirescas , importância do cavalo, lenço no pescoço .  Fora do Sul é  pequena a participação do espanhol na vida brasileira .



 



FRANCÊSES



 



Pequena influência do ponto de vista migratório , mas significativa participação no campo das idéias . Influência intelectual literária  e científica . Ideais de liberdade e igualdade . Moda feminina , culinária , danças ( quadrilhas) . Jogos infantis .



 



HOLANDÊSES



 



Entrada pequeníssima durante o Império  e até 1940 . De 1948 em diante novas experiências  : Holambra em São Paulo , Não me Toque no RS e Castrolândia no PR . Métodos racionais e modernos de cultura agrária .



 



INGLÊSES



 



Escasso e isolado . Entraram no século passado como chefes , industriais ou gerentes de empresas . Maior influência na indústria , na técnica de produção. O futebol é a grande contribuição .



 



NORTE AMERICANOS



 



Em 1880 vinda de confederados  , fundando a cidade de Americana e o Colégio Mackenzie . A Constituição de 1891 inspirou-se na americana . Influência cresce a partir de 1930 . Construção vertical , histórias em quadrinhos, coca-cola , cinema  depois TV com os enlatados .



Belgas , Suiços, Suecos , Irlandeses ,  Húngaros , Romenos e Bulgaros – presença  e influência  escassa    



 



MIGRAÇÃO ESTRANGEIRA RECENTE PARA O BRASIL



 



BOLIVIANOS



 



Em 2007 , em torno de 1.200 a 1.500 bolivianos estavam entrando no Brasil em busca de emprego . Boa parte encontra trabalho  em pequenas confecções e oficinas clandestinas de costura em bairros da Capital paulista e em cidades da Grande São Paulo  e em alguns municípios do interior de São Paulo como Americana . A maioria trabalha em jornadas muito acima da lei , ganham muito pouco e moram no local de trabalho . Pelo artigo 149 do Código Penal , é crime reduzir uma pessoa à condição análoga à de escravo ( F S P , 16.12.2007 , p. B-19 ) .



 



COLOMBIANOS



 



Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas , existem mais de 17.000 colombianos no Brasil , formando a maior comunidade de exilados no país . Destes , apenas 490 conseguiram até o início de 2008 o status de refugiado no Brasil. O restante vive praticamente na clandestinidade .



Cerca de 13.500 estão em cidades ribeirinhas e em comunidades ribeirinhas da região amazônica ; 2.500 indígenas nas  áreas do Alto Solimões e Alto Rio Negro ; 1.000 na área urbana de Tabatinga , outros em Manaus , São Paulo , Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte . O motivo da fuga para o Brasil é a ação guerrilheira das Farc . ( revista Veja, 13.02.2008, p. 63-67) .



 



PROPOSTA DE REDAÇÃO ENEM 2012



 



A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema.



O MOVIMENTO IMIGRATÓRIO PARA O BRASIL NO SÉCULO XXI, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.



Ao desembarcar no Brasil, os imigrantes trouxeram muito mais do que o anseio de refazer suas vidas trabalhando nas lavouras de café e no início da indústria paulista. Nos séculos XIX e XX, os representantes de mais de 70 nacionalidades e etnias chegaram com o sonho de “fazer a América” e acabaram por contribuir expressivamente para a história do país e para a cultura brasileira.



Deles, o Brasil herdou sobrenomes, sotaques, costumes, comidas e vestimentas.



A história da migração humana não deve ser encarada como uma questão relacionada exclusivamente ao passado; há a necessidade de tratar sobre deslocamentos mais recentes.



Disponível em: http://www.museudaimigracao.org.br. Acesso em: 19 jul. 2012 (adaptado).



Acre sofre com invasão de imigrantes do Haiti



Nos últimos três dias de 2011, uma leva de 500 haitianos entrou ilegalmente no Brasil pelo Acre, elevando para 1400 a quantidade de imigrantes daquele país no município de Brasileia (AC). Segundo o secretário-adjunto de Justiça e Direitos Humanos do Acre, José Henrique Corinto, os haitianos ocuparam a praça da cidade. A Defesa Civil do estado enviou galões de água potável e alimentos, mas ainda não providenciou abrigo.



A imigração ocorre porque o Haiti ainda não se recuperou dos estragos causados pelo terremoto de janeiro de 2010. O primeiro grande grupo de haitianos chegou a Brasileia no dia 14 de janeiro de 2011. Desde então, a entrada ilegal continua, mas eles não são expulsos: obtêm visto humanitário e conseguem tirar carteira de trabalho e CPF para morar e trabalhar no Brasil.



Segundo Corinto, ao contrário do que se imagina, não são haitianos miseráveis que buscam o Brasil para viver, mas pessoas da classe média do Haiti e profissionais qualificados, como engenheiros, professores, advogados, pedreiros, mestres de obras e carpinteiros. Porém, a maioria chega sem dinheiro.



Os brasileiros sempre criticaram a forma como os países europeus tratavam os imigrantes. Agora, chegou a nossa vez – afirma Corinto.



Disponível em: http://www.dpf.gov.br.Acesso em: 19 jul. 2012 (adaptado).



 



Trilha da Costura



 



Os imigrantes bolivianos, pelo último censo, são mais de 3 milhões, com população de aproximadamente 9,119 milhões de pessoas. A Bolívia em termos de IDH ocupa a posição de 114. ° de acordo com os parâmetros estabelecidos pela ONU. O país está no centro da América do Sul e é o mais pobre, sendo 70% da população considerada miserável. Os principais países para onde os bolivianos imigrantes dirigem-se são: Argentina, Brasil, Espanha e Estados Unidos.



Assim sendo, este é o quadro social em que se encontra a maioria da população da Bolívia, estes dados já demonstram que as motivações do fluxo de imigração não são políticas, mas econômicas. Como a maioria da população tem baixa qualificação, os trabalhos artesanais, culturais, de campo e de costura são os de mais fácil acesso.



OLIVEIRA, R.T. Disponível em: http://www.ipea.gov.br. Acesso em: 19 jul. 2012 (adaptado).



 



Comentário à proposta de Redação feito pelo MEC



 



O tema proposto foi O movimento imigratório para o Brasil no século XXI. Para desenvolver sua redação, o candidato contou com três textos motivadores, além de uma imagem retratando a rota de imigração dos haitianos para o Brasil.



Esperava-se que o candidato se posicionasse sobre uma questão que começa a preocupar as autoridades brasileiras, dado o crescimento do numero de imigrantes sul-americanos e haitianos que, empurra dos por condições econômicas adversas, dirigem-se ao Brasil em busca de trabalho.



Caberia observar, com base nos próprios textos de apoio, que, embora a maioria dos imigrantes vindos da América do Sul possuam baixa qualificação, sendo, portanto, sujeitos a trabalhos braçais (artesanais, de campo, de costura), nem todos se encontram nessa condição, o que pode ser constatado em relação aos haitianos, dentre os quais se encontram professores, advogados, engenheiros – profissionais vitimados pelos estragos causados pelo terremoto que devastou o Haiti em 2010.



Caso o candidato fosse favorável à regularização da permanência dos imigrantes no Pais, seria apropriado lembrar que o Brasil sempre se caracterizou como um pais receptivo a imigração. Os séculos XIX e XX poderiam ser lembrados como a época em que imigrantes de diversas terras vieram ajudar a construir o Brasil, contribuindo “expressivamente para a historia ... e para a cultura brasileira”. Seria oportuno, porem, destacar a importância de se oferecer um tratamento digno aqueles que entram ilegalmente no Pais, sem jamais aproveitar-se de sua vulnerabilidade para submetê-los, entre outras formas de exploração, a trabalho escravo, ou a condições degradantes.



Caso, porem, o candidato se posicionasse contra a imigração, deveria observar que o Pais já conta com farta mão de obra desqualificada, não havendo, pois, sentido em aumentar esse contingente. Quanto aos profissionais qualificados – caso dos haitianos – também esses poderiam representar uma incipiente, porem real, ameaça ao emprego dos brasileiros.



Como proposta de intervenção relativamente ao problema abordado, seria necessário, aos olhos dos favoráveis a imigração, sugerir um conjunto de medidas legais e politicas destinadas a regularizar a situação migratória de mais de 3 milhões de pessoas, oferecendo-lhes vistos e documentos que lhes permitissem obter colocação no mercado de trabalho. Os empresários, por sua vez, poderiam abrir espaço para tais trabalhadores, visando a conferir-lhes a dignidade que lhes foi retirada em seus países de origem.



No que se refere aqueles que se mostrassem contra a imigração, uma intervenção possível seria a deportação respeitosa dos imigrantes ilegais.



 



 



MIGRAÇÃO



 



FGV JULHO 2004



 



1. Considere os textos apresentados abaixo.



Região I – A década de 70 marca uma profunda transformação  nas estruturas de pequenas propriedades familiares, em função tanto do esgotamento dos espaços  rurais pioneiros, já inteiramente ocupados, quanto da forte concentração da propriedade da terra ocorrida  com o avanço das áreas sojicultoras altamente  mecanizadas.



Região II – O predomínio de latifúndios pecuaristas, do  tipo extensivo, a progressiva ocupação das áreas de cerrado pela moderna agricultura mecanizada de grãos  tendem a reforçar a tradicional estrutura de grandes propriedades poupadoras da mão-de-obra existente na  região.



Os textos referem-se a processos que, no Brasil, provocaram  o êxodo rural e conseqüente aumento de  população urbana nas regiões I e II, que são, respectivamente:




  1. Sul e Centro-Oeste.


  2. Sul e Sudeste


  3. Centro-Oeste e Norte.


  4. Sudeste e Norte 



e) Norte e Nordeste.



 



 



MIGRAÇÃO



FGV JULHO 2004



2. Lamento Sertanejo



Gilberto Gil e Dominguinhos, 1973



Por ser de lá do sertão    Lá do cerrado  Lá do interior, do mato  Da caatinga, do roçado



Eu quase não saio  Eu quase não tenho amigo  Eu quase que não consigo  Ficar na cidade sem viver contrariado  Por ser de lá   Na certa, por isso mesmo   Não gosto de cama mole    Não sei comer sem torresmo  Eu quase não falo  Eu quase não sei de nada



Sou como rês desgarrada  Nessa multidão boiada  Caminhando a esmo



Na letra dessa conhecida canção, os compositores  levantam o tema:



a) Do coronelismo e da chamada “indústria da seca” que há décadas afetam as populações no Sertão  Nordestino.



b) Da decadência de atividades econômicas tradicionais  no Nordeste, como a criação extensiva de gado  bovino.



c) Da importância de hábitos alimentares tradicionais  na dieta das populações de diferentes regiões brasileiras.



d) Da dificuldade de adaptação, nas grandes cidades,  de migrantes nordestinos oriundos do campo.




  1. Da precariedade dos sistemas de transportes, que compromete os deslocamentos de migrantes para o  Sudeste do país.



 



.MACKENZIE 2005  AGRICULTURA   E MIGRAÇÃO



3.  A modernização e a mecanização do campo são fatores irrefreáveis na agropecuária brasileira e causam:



a) o aumento de ofertas de emprego no setor agrário, estimulado pelo atual modelo econômico agro-exportador.



b) a subordinação das atividades urbano-industriais às necessidades do capital gerado pelo agronegócio.



c) o aumento da procura de ocupações no setor primário, já que intensificam as migrações intra-regionais.



d) a formação de um setor terciário hipertrofiado em áreas urbanas, resultantes da formação de um crescente  exército de reservas de desempregados.



e) a estagnação do fenômeno da metropolização, já que o setor agrário passa a ser o destino de grandes investimentos.



A crescente modernização e a mecanização do campo tem provocado, nos últimos anos, a liberação de um grande



contingente de mão-de-obra no campo e, conseqüentemente, o êxodo de trabalhadores rurais para as cidades



brasileiras. A desqualificação profissional dessa mão-de-obra e a falta de oportunidades de trabalho formal nos centros



urbanos têm contribuído para o agravamento do desemprego e a proliferação da economia informal.



 



4.FATEC JULHO 2005



BRASIL MIGRAÇÕES INTERNAS 1970-1980



 



Nas décadas de 1970 e 1980, a região Centro-Oeste apresentou um grande crescimento demográfico motivado por grandes fluxos migratórios vindos, principalmente,



a) da região Sul, pois a modernização agrícola e a concentração fundiária reduziram as oportunidades de emprego na região.



b) da Zona da Mata nordestina, devido à redução das áreas canavieiras, gradativamente substituídas pela pecuária de corte.



c) da Amazônia ocidental, pois a proibição dos garimpos nas margens dos rios Madeira e Xingu reduziu as oportunidades de trabalho na região.



d) do norte e oeste de Minas Gerais, devido aos longos períodos de seca que inviabilizaram os cultivos de pequenos proprietários.



e) do Meio-Norte, pois a diminuição do extrativismo vegetal e a forte concentração de terras criaram grande número de desempregados.



 



5. MACKENZIE  2 SEM 2005



BRASIL IMIGRAÇÃO CONTEMPORÂNEA



 



 



































BRASILEIROS RESIDENTES NO EXTERIOR – 2000




País de destino




Total




Em situação irregular




EUA




799.203




395.000




Paraguai




454.501




162.650




Japão




224.970




496




Alemanha




60.403




11.974




Fonte : Ministério das Relações Exteriores



 



A tabela apresenta os principais países receptores de brasileiros. A partir dela e de seus conhecimentos, assinale a alternativa INCORRETA.



a) Todos os países da tabela destacam-se como as maiores economias do planeta, atraindo grande



número de estrangeiros ilegais.



b) O fluxo migratório para um dos países é favorecido pela proximidade e pela disponibilidade de terra para



a agricultura.



c) A necessidade de mão-de-obra reduz a quantidade de brasileiros irregulares em um dos países.



d) A condição de imigrante em situação irregular favorece a discriminação e a exploração de significativa parte de brasileiros que residem no exterior.



e) Os brasileiros emigrantes geram lucros para o Brasil, já que enviam para as suas famílias recursos conseguidos no exterior.



 



6 UNIFESP 2006  EMIGRAÇÃO BRASILEIRA    



 



O lamentável episódio que culminou no assassinato do brasileiro Jean Charles de Menezes em Londres remete à lembrança de que o Brasil é um país de  emigrantes. Os principais destinos de brasileiros geraram denominações como “brazucas”, “dekasseguis” e “brasiguaios”, que são associados, respectivamente, a brasileiros que foram para:



a) Estados Unidos, Japão e Paraguai.



b) União Européia, China e Bolívia.



c) Reino Unido, Coréia do Sul e Paraguai.



d) Estados Unidos, Coréia do Sul e Bolívia.



e) Reino Unido, Japão e Equador.



 



7 UNICAMP 2006  MIGRAÇÃO NO BRASIL



 



A força da identidade entre muitos grupos migrantes é um dos principais fatores da coesão mantida pelo grupo, mesmo longe de seu território de origem. Isto faz com que muitos, ao contrário do discurso corrente da desterritorialização, acabem se envolvendo em processos claros de reterritorialização, ou seja, de recomposição de seus territórios em outras bases,



territórios esses recriados por meio do amálgama  proporcionado pela força das redes mantidas no interior da dinâmica migratória.



(Adaptado de Rogério Haesbaert. “Migração e desterritorialização”,  em Helion Povoa Neto e Ademir Pacelli Ferreira (orgs.), Cruzando fronteiras disciplinares: um panorama dos estudos migratórios. Rio de Janeiro: Revan, 2005. p. 40)



a) Os gaúchos no Nordeste e Centro-Oeste e os  nordestinos na capital paulista têm encontrado estratégias de manutenção de sua identidade  cultural-regional. Dê três exemplos de estratégias de manutenção da identidade desses grupos.



b) Por que a emigração de brasileiros tem aumentado  significativamente nas últimas décadas?



 



 



8   UFABC 2007 Migração



 



Na década de 1970, agricultores também foram atraídos  por propaganda semelhante à do período cafeeiro.  Foram alvos desta propaganda, principalmente,



a) pequenos proprietários da região Sul, atraídos para o  Centro-Oeste por empresas colonizadoras que ofereciam  como vantagens terras virgens e de baixo    preço.



b) usineiros empobrecidos da Zona da Mata nordestina,  incentivados a ocupar a Amazônia – a terra sem



homens – com a promessa de doação de terras pelo  governo federal.



c) agricultores sem-terra da região Sul, os chamados  “brasiguaios”, que se dirigiram ao Uruguai em busca



de terras doadas pelo governo local para a ocupação  da fronteira.



d) empresários paulistas, que queriam aproveitar os  incentivos fiscais para quem investia no Projeto Jari,



um dos grandes projetos agroindustriais do Pará.



e) posseiros de várias áreas da região Sudeste, atraídos  para a Amazônia pela promessa do governo em promover  assentamentos em reservas extrativistas.



 



9  FUVEST 2008  1 FASE   MIGRAÇÃO EM SÃO PAULO



 



Segundo dados do IBGE (2006), o estado de São Paulo  tem-se caracterizado por um número maior de pessoas que dele saem. Segundo estudiosos, tal fenômeno é relativamente novo e diz respeito, principalmente, à



a) “migração de retorno” de estrangeiros radicados no Estado os quais, por motivos de ordem econômica, estão voltando a seus países de origem, cujas economias demonstram, na atualidade, maior dinamismo.



b) emigração de paulistas para os Estados Unidos, atraídos  por melhores condições de trabalho e de vida, bem como pela possibilidade de remeter valores às suas famílias que aqui permanecem.



c) “migração de retorno” de brasileiros, sobretudo  nordestinos, que, ao buscarem melhores condições de vida, e por não as encontrarem, retornam a seus estados de origem.



d) migração de paulistas para outros estados do país, em busca de novas frentes de emprego e qualidade de vida, dada a estagnação do setor terciário paulista.



e) emigração de um grande número de paulistas descendentes de japoneses, para o Japão (decasséguis), devido às excelentes condições de vida a eles oferecidas naquele país.



 



 



10  FATEC 2008 EMIGRAÇÃO BRASILEIRA



 



O fluxo imigratório negativo, ou seja, o número de emigrantes maior que o de imigrantes, tornou-se uma realidade no Brasil a partir da década de 1980. Os países que mais têm recebido brasileiros são:



a) Japão, Portugal e Suíça.



b) Japão, Portugal e Inglaterra.



c) Estados Unidos, Suíça e Alemanha.



d) Estados Unidos, Paraguai e Inglaterra.



e) Estados Unidos, Paraguai e Japão.



 



 



11     IMIGRAÇÃO JAPONESA UNESP 2009



 



Em junho de 2008, comemorou-se o centenário da imigração japonesa para o Brasil. Em 18.06.1908 o navio Kasato Maru aportou em Santos, SP, trazendo 781 japoneses, que compunham a primeira leva de imigrantes. Observe os gráficos.



(Ministério do Interior e Comunicações do Japão; IBGE –Estatísticas do Século XX e Organização da Nações Unidas, 2008.)



 








































 




Japão




Brasil




 




1908




2008




1908




2008




População




48,0




128,0




23,4




192,0




Esperança vida




44,0




81,9




34,0




72,3




Densidade




125,6




338,0




2,9




22,0




População em milhões ; esperança de vida ao nascer em anos e densidade populacional em habitantes por km2



Utilizando seus conhecimentos, assinale a alternativa que indica causas que contribuíram para reforçar os acordos nipo-brasileiros no início do século XX e a direção atual do fluxo migratório.



a) Elevada densidade populacional no Japão; menor população e escassez de mão-de-obra agrícola no Brasil; inversão do fluxo com brasileiros, descendentes ou não de japoneses, emigrando para o Japão.



b) Acelerado processo de urbanização no Japão; menor população e escassez de mão-de-obra industrial no Brasil; manutenção do fluxo, exclusivamente com japoneses altamente qualificados imigrando para o Brasil.



c) Cobrança de impostos elevados no Japão; abolição da escravatura no Brasil; interrupção total do fluxo migratório entre os dois países.



d) Política de privilégios para o primogênito no Japão; baixa esperança de vida e escassez de mão-de-obra industrial no Brasil; inversão do fluxo, exclusivamente com descendentes de japoneses emigrando para o Japão.



e) População muito maior no Japão; densidade populacional elevada com grande expansão urbana no Brasil; aumento do fluxo em mais do que o dobro, exclusiva mente com brasileiros natos emigrando para o Japão.



 



12. FGV ADMINISTRAÇÃO JULHO 2012  IMIGRAÇÃO NO BRASIL 



 



“Em vez de fila de espera, tapete vermelho. Se depender da equipe formada pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da Republica (SAE) para elaborar uma política nacional de imigração, e assim que o governo pretende tratar o profissional estrangeiro altamente qualificado que demonstrar interesse em trabalhar no Brasil. Por outro lado, a fila do visto será mantida para o imigrante sem qualificação, como boa parte dos haitianos que chegaram recentemente pela fronteira norte



do pais (Acre e Amazonas).”



http://oglobo.globo.com/pais/brasil-quer-facilitar-vistos-paraprofissionais-



estrangeiros-3671799
ixzz1r746PKYs



Em relação à política nacional de imigração mencionada pela reportagem, assinale a alternativa correta:



a) Reitera os princípios humanitários assumidos pelo Brasil durante a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah).



b) Visa conter o fluxo de imigrantes haitianos que, no ultimo decênio, elegeram o Brasil como destino preferencial.



c) Pode ser qualificada como política de imigração seletiva, que prioriza a drenagem de cérebros.



d) Inaugura um precedente na historia das políticas migratórias brasileiras, pautadas sempre pelo acolhimento indiscriminado.



e) E coerente com a posição do Brasil enquanto pais de emigração.



 



 



GABARITO



 



1 A  2 D  3  D  4 A  5 A  6 A



 



Resolução  7



 



a) Os grupos de migrantes tem conseguido manter a sua identidade cultural através de diversas estratégias . Fundação de clubes culturais , comemoração de datas significativas , concursos , escolas de dança regional , comércio de comida típica , abertura de restaurantes com comida regional , etc .



b) A emigração ocorre em função da sensação de falta de perspectivas de boa remuneração no Brasil em contrapartida às possibilidades de bons ganhos no exterior principalmente com relação aos descendentes de japoneses que migram para o Japão , dos brasileiros que conseguem cidadania europeia devido a sua ascendência , e de brasileiros que migram legal ou clandestinamente para os EUA .



 



8 A  9 C  10 E 11 A  12 C


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