Usina de Letras
Usina de Letras
180 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62073 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50480)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Ensaios-->Colapso da economia global à vista? -- 31/07/2008 - 16:21 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
inacreditavel.com.br

Crise finaceira - Um verão quente em 2008

Colapso da economia global à vista. Alarme de crash!

Como no verão de 2007, a crise financeira será novamente “quente” neste verão. Este artigo explica o porquê e o que se deve esperar dela.

O caso de Fannie Mae & Freddie Mac

Em 2007, os credores dos subprimes (que emprestaram nos EUA os papéis podres do subprimes) foram o estopim da crise que começa em junho de 2008. Eles são:

Desta vez estão em queda calibres bem maiores:

Os dois maiores bancos de hipoteca do mundo, Fannie Mae e Freddie Mac estão nos EUA em queda – e com eles as concedidas hipotecas “Prime”.

A economia real dos EUA está desmoronando, tudo que tem a ver com consumo e crédito para consumo.

As bolhas imobiliárias da Espanha e Grã-Bretanha implodiram, conseqüentemente estão em queda o sistema financeiro e a economia.

As bolhas no leste europeu já explodem também, como no Báltico.

A economia no resto da Europa e no Japão desmorona.

Na semana a partir de 7 de julho de 2008, a crise financeira recebeu subitamente vida nova. Os dois bancos imobiliários metade estatais (GSE = Government Sponsored Enterprise) Fannie Mae e Freddie Mac “adernaram fortemente” e ameaçam afundar.

A 10 de julho, o ex-presidente do FED-Dallas, Willian Poole, disse que Freddie Mac está insolvente e tem capital negativo. Fannie Mae não está muito longe disso. Isto bastou para iniciar uma fuga dos acionistas das ações de ambas as empresas. Houve também uma liquidação dos empréstimos MBS concedidos por elas (seus pacotes de hipotecas), mas não tão forte. Aqui o gráfico das ações:


Ações em queda e volume das vendas dispara

Na sexta-feira, 11 de julho, as ações caíram temporariamente até 50%, embora elas já tenham se desvalorizado maciçamente nos dias anteriores.

Quão importante são Fannie & Freddie

Estas duas empresas foram fundadas pelo governo dos EUA, para possibilitar a aquisição da casa própria por parte de uma ampla faixa da população. Para isso eles compram as hipotecas de bancos e de credores de hipotecas, reúnem-nas em MBS (Mortgage Backed Security – semelhante a título de hipoteca) e vendem-nas mundo afora. Mas Fannie (FNM) e Freddie (FRE) são empresas comercializadas na bolsa. O nome oficial é outro.

A diferença em relação a outras seguradoras, as quais já desapareceram deste negócio dos subprimes, é que as duas compraram somente os assim chamados “Conforming Mortgages”, ou seja, hipotecas que precisam atender determinados critérios de qualidade: taxa de juros fixa com amortização entre 15 e 30 anos, no máximo 80% do valor do imóvel, criteriosa análise de crédito do devedor, até no máximo US$ 420.000. Eram as chamadas hipotecas “Prime”.

Infelizmente, FNM e FRE foram no ano passado obrigadas pelo Estado a aceitar também hipotecas tipo “Jumbo” e “Subprime” – para sustentar o mercado imobiliário.

Estas hipotecas foram agrupadas e vendidas como MBS, uma grande parte serve também como reserva monetária nos bancos centrais do mundo inteiro. Até agora elas possuem a avaliação AAA.

O volume de MBS concedidas e garantidas por FNM/FRE situa-se em US$ 5.200 bilhões. Ou seja, cerca de metade das hipotecas dos EUA. Como dito, garante-se as MBS concedidas contra inadimplência, caso algumas hipotecas de um pacote caiam. Para isso precisa-se de capital, mas esse se foi.

Se FNM e FRE faltam, então o mercado imobiliário dos EUA desmorona completamente, pois ninguém concede mais hipotecas. Além disso, ter-se-á uma liquidação em massa destas MBS, o que acabaria definitivamente com o dólar.

A coisa com a garantia estatal

Os mercados financeiros acharam até agora que os MBS de FNM e FRE são garantidos pelo Estado norte-americano, embora isso nunca tenha sido dito publicamente. A 11 de julho, divulgaram-se em menos de duas horas duas notícias na mídia:

Primeiro, que o governo dos EUA iriam ajudar FNM e FRE e garantir suas MBS.

Em seguida, que esta garantia não existe, mas que ir-se-ia ajudar ambas as empresas de outra forma – seguido de muitas promessas que não existiria qualquer crise. Foi então comunicado, que Fannie & Freddie podem lançar mão do dinheiro do FED (como o Banco Central Europeu faz com os MBS espanhóis).

Os títulos do tesouro norte-americano foram liquidados

O motivo para toda essa mudança de curso foi que, de repente, os títulos do tesouro dos EUA foram liquidados. Os juros subiram visivelmente:


Disparada dos juros para evitar venda maciça de títulos do tesouro

Normalmente há uma fuga para os títulos do tesouro quando as ações caem e os juros baixam consequentemente. Isto pode ser observado na queda das ações durante toda a semana.

Todavia, na sexta-feira, 11 de julho, foi diferente. Embora as ações tenham caído também na Wall Street (o Crash foi evitado por pouco), também caíram as cotações do tesouro – eles foram liquidados maciçamente. Cotação e juros de empréstimos se comportam entre si de forma inversamente proporcional.

Diversos comentaristas como Bill Buckler reconheceram isto:

Brother Can You Spare $US 5.2 TRILLION?

The $US 5.2 TRILLION refers to the amount of debt paper owned or guaranteed by the two huge US government 'sponsored' mortgage companies, Fannie Mae and Freddie Mac. These two companies own or provide the backing nearly half of the $US 12 TRILLION in US home mortgages. Their paper has been seen as sacrosanct for decades, with the implied backing of the US government. In this role, it has become a favourite 'investment' for central banks, institutions and individuals all over the world....

There are many more like this, but we have saved the best for last. As you probably know, on July 11, US stock markets went into free fall early only to be rescued later in the day. The Dow still closed down 128 points to 11100, its lowest close in two years. Normally, when US investors sell stocks they buy Treasuries. And normally, in times of fear of incipient financial meltdown, US investors stampede into Treasuries as a 'safe haven'.

That didn`t happen on Friday, July 11. In fact, the opposite took place. Yields on Treasury debt paper with maturities of two years or more blew out. The 10-year paper, for example, saw its yield increase by 17 basis points - the biggest one-day jump since March 24. Of course, as Treasury yields go higher, the prices of the debt paper on the secondary markets go lower.

We`ve heard of an 'each way bet', but this is ridiculous! Treasuries are being sold off because the government WILL have to bail out Fannie and Freddie. Five hours later, Treasuries have been sold off even more because the government WON`T have to bail out Fannie and Freddie. Hmmmmm!??

In reality, of course, Treasuries were sold off on Friday in the face of unmistakeable proof of the insolvency of the entire US financial system. Several officials were quoted as saying that a government bailout was 'not desirable' because if the worst came to the worst, it would 'effectively double the public debt'.

Por isso a rápida mudança. Um Bailout (salvamento) de FNM & FRE iria, em caso extremo, aumentar a dívida pública dos EUA em 50%. Por isso os títulos do tesouro foram liquidados imediatamente depois da divulgação da garantia, mas a liquidação continuou após a revogação, pelo fato do sistema financeiro dos EUA estar falido – reconheceu-se isto.

Dia 11 de julho de 2008 como “divisor de águas”

Provavelmente, pode-se afirmar já que este dia separa o “velho período de crise” do “novo período de crise”. Até agora acreditava-se no sistema todo e na liqüidez do Estado, porém, isso não é mais o caso.

Todo tipo de “Bailout” será a partir de agora contra-produtivo e gerará logo uma liquidação dos títulos do tesouro. A fuga se estende agora para fora do sistema financeiro:

O preço do petróleo alcançou a 11 de julho um novo recorde - US$146/barril, apesar da demanda em queda. Petróleo se tornou entrementes um novo padrão monetário, não mais as diferentes moedas.

Ao mesmo tempo, o preço do ouro disparou para US$965/onça. Ouro será o próximo padrão monetário após o petróleo. Provavelmente quando ele alcançar cerca de US$1.500/onça.



Os juros precisarão subir agora e por toda parte; uma enorme elevação dos preços (dependendo do país de 10 a 35%) foi provocada pelo aumento continuado do preço do petróleo (o atual padrão monetário) e vai refletir nos juros. Senão começa a fuga total do dinheiro mundo afora – por isso todos os presidentes de bancos centrais estão tão temerosos nestes dias.

Com isso os mercados de ações terão também fortes baixas. Muito mais do que 20% que ocorreu até agora.

Este urso devora muito (veja figura acima): as cotações das ações, os títulos do tesouro, o dólar e outras moedas, o império norte-americano.

GLOBAL CRASH WARNING

Um “verão quente” em 2008

A crise de Fannie Mae e Freddie Mac não se deixará prender tão facilmente na lâmpada da qual ela fugiu. A liquidação dos títulos do tesouro dos EUA e o aumento maciço ao mesmo tempo dos preços do petróleo e do ouro mostra que o jogo acabou para os bancos centrais.

E ainda mais quando se anuncia agora uma nova série de crises dos bancos:

Uma série de bancos de investimentos estão à beira do abismo; o pior caso é no momento Lehman Brothers, mas o UBS ou Merrill Lynch também não vão bem.

O primeiro dos grande bancos nos EUA a entrar em colapso em 11 de julho foi IndyMac. Motivo foi um Run a este banco, depois que foram anunciadas “dificuldades”. O banco foi assumido pela seguradora de depósitos dos EUA – FDIC. Depósitos além de US$ 100.000 se foram.



O centro da nova crise é sem dúvida alguma os EUA, mas chegará novamente a vez da Europa.

E então teríamos ainda os CDS (Credit Default Swap) e semelhantes derivativos. Se somente um grande banco cai, então explode esta “bomba de hidrogênio” que ainda foi evitada.

Prognósticos

1. Não será mais praticável forçar uma fase de “calmantes” como após a crise do Bear Stearns em Março de 2007. Fannie & Freddie são de um calibre bem maior.

2. O capital foge por hora do dinheiro e de títulos. No momento principalmente para o petróleo, depois para o ouro. Mostra disso é a nova reação (títulos públicos) à queda das bolsas.

3. Juntamente com isso não se sustentam mais as atuais mentiras sobre a inflação. Qualquer um percebe o atual rápido aumento dos preços. É uma questão de tempo até o povo perceber que ele precisa fugir do dinheiro e dos títulos.

4. Haverá provavelmente ainda no verão de 2008 (julho, agosto) tantos acontecimentos (falência de bancos, crash das bolsas), que então cada um percebe que a crise o atinge agora diretamente – com perdas reais de patrimônio.

5. Um crash total dos derivativos e dos bancos é possível a qualquer momento. Isto pode arrasar dentro de poucos dias a maioria dos bancos.

Por este motivo eu gostaria de dar um alerta de CRASH, também já válido para a próxima semana, a partir de 14 de julho.

Quando o preço do ouro superar novamente US$ 1.000/onça, então a coisa pega.

Quando o pânico se alastrar, não se pode fazer mais muita coisa. O 11 de julho foi um aperitivo.

Já providenciou um bote salva-vidas? Quando o “Titanic-financeiro” afundar, pagar-se-á por eles qualquer preço.

E fechem as escotilhas (saiam dos títulos e dos créditos)!

“Sobre o ouro e a prata não precisamos conversar... ou se tem ou você teria desejado ter.”

Walter Eichelburg, Engenheiro.

O autor do artigo não é um consultor finaceiro, mas sim um investidor em Viena - NR.


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui