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Artigos-->MORRE DOM JOSÉ SONG SUI-WAN -- 23/11/2012 - 08:22 (LUIZ ROBERTO TURATTI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








DOM JOSÉ SONG SUI-WAN



Uma vida de entrega total aos menos favorecidos







CARLOS ROCHA




Conheci o Song em 1.970, precisamente em janeiro deste ano, quando participei da chamada Missão Auxiliadora, patrocinada pelos Salesianos.



Levamos uma semana para chegar em Porto Velho, sacolejando dentro de um ônibus tipo “jardineira” (os mais velhos sabem do que falo).



Éramos uns 30, ao todo, se ainda me lembro.



Nossa “missão”, na verdade, consistiu muito mais em auxiliar-nos a compreender as verdadeiras necessidades dos desvalidos, do que prestar-lhes alguma ajuda, já que a única que então possuíamos era a nossa fé.



Como eu tocava violão e o Song era mestre em escaleta (também conhecida como pianica, em razão de sua aparência com um teclado de piano), fizemos uma dupla que animou a turma durante os 14 dias que estivemos juntos.



Song, com 29 anos na época, já estava a meio caminho de tornar-se padre, sonho que alimentou desde Shangai, ainda criança, enquanto eu, com 18 anos, já havia desistido dos seminários e me entregado de vez ao mundo dos saltimbancos (em sua primeira acepção), vez que desde os 12 anos locutava na Rádio Clube, cantava nos bailes da vida, com o então famoso conjunto Wilson Rosa ou mesmo nos bares e clubes com o The Young.



Em 21 de janeiro de 1.970, ainda em Porto Velho, perdi meu pai, Alberto Agostini, fato que me trouxe de volta à Araras, de onde continuei meu caminho. Song ficou ainda mais um pouco por lá, de onde também seguiu o dele.



Voltamos a nos ver no Sagrado Coração de Jesus, 40 anos depois. Ele já Dom Song, emissário de Deus, bálsamo, ombro e socorro para os desvalidos, e eu ainda saltimbanco.



Para relembramos os velhos tempos, formamos novamente a dupla musical, fazendo a trilha sonora do casamento dos amigos Almir e Raquel.



Ele, sempre na escaleta, e eu como um atrevido menestrel.



Depois, outra vez, nunca mais nos vimos.



E, com a sua partida, nesta vida não mais nos veremos. Entretanto, tenho cá comigo que, com a sua eterna mania de olhar e orar pelos amigos, cada vez que eu trocar meu pranto pelo canto, ele, com Deus ao redor, tomará sua escaleta para acompanhar-me e alegrar meu coração.



Obrigado, amigo! Até um dia!



CARLOS ROCHA é jornalista, advogado, psicanalista e Diretor Responsável do Jornal de Ágora – Já!.



Fonte: Jornal de Ágora – Já! (Editorial), Ano VIII, Edição n.º 420, Araras (SP), Domingo, 18/11/2012, página 2.





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“Fora da VERDADE não há CARIDADE nem, muito menos, SALVAÇÃO!”



LUIZ ROBERTO TURATTI.





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