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Ensaios-->O que temos a ver com a corrupção? -- 10/12/2008 - 13:00 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Terras Indígenas versus Terras Brasileiras

Luís Mauro Ferreira Gomes

Em 10 de dezembro de 2008

A Política Indigenista (do governo federal) é tão sem sentido que, para ela, não resta explicação fora da teoria da conspiração. O que se faz em Roraima é um crime contra o patrimônio, contra a integridade, contra a economia e contra a cultura nacionais, com gravíssimos reflexos para a segurança do País.

Para o índio, outra grande vítima, essa Política é, simplesmente, nefasta. Na natureza, tudo o que não evolui se extingue. Não se podem estagnar, impunemente, vários grupamentos humanos, negando-se-lhes os avanços científicos, tecnológicos e sociais da civilização, apenas para atender aos caprichos de alguns antropólogos estrangeiros, ou, quem sabe, facilitar a transferência futura para alienígenas de uma das mais ricas terras do Brasil.

Além do mais, cria-se um problema insolúvel para as próximas gerações. Dentro de pouco tempo, a humanidade terá evoluído tanto, que será abismal a diferença entre o homem civilizado e os nativos excluídos, mantidos nos jardins zoológicos humanos em que querem transformar certas áreas do Território Nacional, o que tornaria extremamente difícil a assimilação que, mais cedo ou mais tarde, será inevitável.

Aos estrangeiros que nos tentam impor essa segregação discriminatória, que fere, inexplicavelmente, os direitos de cidadãos brasileiros, deve-lhes ser dito que, no mínimo, são tendenciosos. Que essa preocupação que aparentam ter com a preservação dos aborígines, não têm para com a nossa própria cultura, invadida pelo lixo que eles mesmos produzem em seus países de origem.

Que se lhes diga, também, que não aceitamos que nos neguem a soberania e a autodeterminação que nos querem forçar a dar aos autóctones.

Os nossos indígenas, para o bem deles e para o nosso, devem ser incorporados à sociedade brasileira o mais rapidamente possível, sendo-lhes dada a cidadania plena, com os mesmos direitos e deveres dos demais, ainda que lhes deva ser dada a proteção e a ajuda indispensáveis durante a transição.

(Trecho extraído do artigo do autor Para Maiores de Sessenta Anos, publicado na Revista Aeronáutica nº 244, Março-Abril/2004) (*).

O Supremo Tribunal Federal retoma, hoje, o julgamento da petição que demanda a nulidade do decreto de demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol. E o faz em uma conjuntura desfavorável, em que estão em curso vários acontecimentos que vêm monopolizando a atenção dos brasileiros, ocupando quase todos os espaços nos meios de comunicação.

Vejamos alguns: a ameaça aos interesses brasileiros pelos governos de esquerda que nos cercam e a tibieza com que o governo federal os tem tratado; a crise econômica que já está instalada, mas “não nos vai afetar”; os escandalosos casos de corrupção nos Estados Unidos, bem ao estilo petista de ser; os euros na cueca de um envolvido no mensalão “que nunca existiu”; a falta de compostura e o deboche presidenciais; as enchentes devastadoras que rivalizam com o poder destruidor dos governantes; a violência dos bandidos e dos políticos que nos infelicitam; a comemoração dos 40 anos do AI-5, entre tantos outros.

O presidente e seus cúmplices, ao contrário da grande maioria dos brasileiros, não vêem qualquer risco à soberania ou à integridade territorial nacionais, “porque as terras indígenas são propriedade da União”. Talvez pretendam defendê-las com o mesmo entusiasmo com que zelam pelos nossos interesses, quando ameaçados por seus companheiros de subversão bolivianos, equatorianos e paraguaios. Quem sabe, entendam doá-las aos países ricos com a mesma generosidade com que perdoaram as dívidas de nações pobres em passado recente, estimulando as novas demandas por parte dos vizinhos.

Embora tenham tido tempo de sobra para pressionar os Ministros do STF e o poder de corrupção do governo seja imenso, esperamos que o Supremo decida com a independência que a Nação dele espera.

Qualquer que seja a deliberação, porém, o problema está longe de ser resolvido.

Se a opção for pela demarcação de pequenas ilhas de terras indígenas cercadas de Estado por todos os lados - como se depreende do texto constitucional - aqueles que, encastelados no poder, defendem desesperadamente a demarcação contínua, porque, tudo indica, já “venderam” aquelas terras, jamais o aceitarão pacificamente, pois têm de entregar o produto da rapinagem aos novos donos.

Por outro lado, se a decisão for pela demarcação contínua, com a oficialização desses enclaves no nosso território e a conseqüente expulsão de suas terras dos cidadãos honestos e trabalhadores não comprometidos com a negociata, somos nós, os brasileiros verdadeiros, que não permitiremos que se pratique mais esse ultraje contra a nossa Pátria e não sossegaremos enquanto os traidores não sejam destruídos.

Há, ainda, as soluções intermediárias, aquelas que procuram agradar a gregos e troianos, as famosas soluções salomônicas. Estas são, geralmente, tão ruins quanto as mais desfavoráveis, porquanto não preservam a vida da criança, isto é, o essencial, dando, contudo, a impressão que curam todos os males.

Que o Supremo Tribunal Federal resolva definitivamente a questão, com solução que se sustente ao longo do tempo, bem além dos horizontes de um governo corrupto, mais interessado em defender a sua ideologia internacionalista do que os sagrados valores da nacionalidade.

Estamos atentos.

Como gostava de dizer o Brigadeiro Eduardo Gomes: “O preço da liberdade é a eterna vigilância”.


(*) É interessante observar que, há quase cinco anos, o autor chamou a Política Indigenista do governo Lula de nefasta e os “megaguetos” em que pretendem confinar os descendentes dos nossos indígenas, de jardins zoológicos humanos. Mais tarde, em uma comprovação de que essas idéias continuam muito atuais, o cientista social e membro da Academia Brasileira de Letras Hélio Jaguaribe viria a referir-se a “jardins zoológicos de indígenas”, no artigo A perda da Amazônia (Jornal do Brasil de 25 de fevereiro de 2007. Na mesma linha de pensamento, em 25 de abril de 2008, o ilustre acadêmico publicou, na Folha de São Paulo, o antológico texto O “jardim antropológico' é uma insensatez. Finalmente, o Comandante Militar da Amazônia, o bravo Gen. Heleno, em seu pronunciamento heróico do dia 16 de abril deste ano, no Clube Militar, com muita propriedade, classificou a política indigenista governamental como “lamentável, para não dizer caótica”.


O autor é Coronel-Aviador reformado.



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