Se o sol se põe, longe e vago,
Margeando em luz ofuscante o horizonte
Intocávelmente simples e,
Em solidão, palpável,
Poderíamos nós também
Esconder o brilho da distante linha.
Por que será que meu cintilar foge ?
Que motivos poderiam merecer
Consideração e incomparável vontade.
Se o mar permanece alucinado
Incessante nas dúvidas particulares
Nos desvarios e atos contidos,
Repreendidos, decadentemente infinitos.;
Nele compreenderíamos, indo e vindo,
A liberdade que a consciência extinguia.
Como então não prosseguir a jornada ?
Desejo e controle que somam-se descontrolados,
E assim surge na maré do instinto, o nada.
No longínquo imaginativo, campo da visão,
Nas areias passivas de um domínio compenetrante,
Seguem-se as mesmas opiniões contraditórias .
Secaria o mar, ou veríamos a chama perder intensidade
Quando ambos tocam-se em amável luta,
No pretensioso olhar de nós, apaixonados.
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