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cronicas-->Enfim, o general estava certo: o Brésil não é um País sà -- 22/09/2002 - 11:57 (Wilson Gordon Parker) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Enfim, o general estava certo: o Brésil não é um País sério

Há muitos anos atrás, o general Charles Degaulle, na época presidente da França, fez um discurso, no qual afirmava que o Brasil era um País que não podia ser levado a sério.

Como sempre levamos ao pé da letra qualquer asneira que os estrangeiros falam, quase entramos em guerra com os franceses.

Entretanto, a grande verdade, é que nós brasileiros nunca nos levamos muito a sério. Tudo o que fazemos parece ter o único objetivo de alertar ao mundo, e principalmente a nós mesmos, que isto aqui é uma grande piada, quase sempre de muito mau gosto.

A partir do momento em que o ilustríssimo presidente da República "descobriu" que não havia energia elétrica suficiente no Brasil, para que o país continuasse aceso, e disse em alto e bom som que ninguém o tinha avisado, o mundo passou a ver o maior festival de brincadeiras que uma equipe de palhaços poderia realizar neste mundo.

À primeira ação humorística foi nomear para chefiar a equipe de combate a escuridão, o Sr. Pedro Parente, um cara que não sabe a diferença entre um fuzível e um fuzil.

O referido artista conhece de olhos fechados a rota Rio- New York, pois é o garoto de recado preferido de todas as autoridades monetárias que passam por Brasília, mas de energia elétrica não entende nada.

Desta forma, seguindo a filosofia administrativa do atual governo, é o cara ideal para ser a estrela máxima do festival de besteira que assola o país, conforme diria o grande humorista Stanislaw Ponte Preta.

Brasíla virou a matriz do "Casseta e Planeta" da TV Globo, e o telespectador global dá grandes gargalhadas com tudo o que se passa no país onde nada deve ser levado a sério.

O ex-senador José Arruda, percebendo muito tarde o que acontece nesta terra chamada Brasil, deixou a seguinte mensagem póstuma para o povo brasileiro, que foi inscrita nos anais do picadeiro parlamentar onde exercia a suposta missão de representante do povo: "Façam tudo, pois tudo é permitido, mas não mexam no painel eletrónico do senado federal."

Um ministro chamado Tapias, que nenhum brasileiro, lúcido e ocupado, sabe dizer realmente o que ele faz dentro do governo, veio a público, e ,muito gravemente, disse que o país iria entrar em estado de emergência total.

Logo depois, o garoto de recado do governo, Pedro Parente, veio a público, e desmentiu tudo o que o grande Tapias falou.

No meio disto tudo, o Sr. Pedro Malan, o andróide preferido de Wall Street no Brasil, do alto da sua elegància burocrática, com a fala sussurrante e pegajosa de sempre, comunica aos plebeus brasileiros que, a história em que ele afirma que só revelará os segredos económicos do governo atual dez anos depois da sua morte, foi uma brincadeira que ele fez numa entrevista a um jornalista em Nova York.

Referia-se ele ao assunto que tratava do empréstimo indecente que foi feito pelo governo de FHC aos donos dos bancos falidos, para que eles não perdessem as suas frotunas pessoais, incluídos aí o banco da sua nora, e o do mafioso Alberto Cacciola.

A história é surrealista mesmo, mas é isto mesmo que ele disse: "Só falo dez anos depois de morto".

Enquanto isto acontece, a justiça do Rio de Janeiro diz que o ex-deputado cassado Sergio Naya, não tem culpa nenhuma no desmoronamento do prédio construido por ele no Rio de Janeiro. O desabamento e as mortes não são responsabilidade do acusado, que nada tem a ver com isso, afirmou o Exmo. Sr. Dr. Juiz.

O suplente do ACM no Senado Federal, é o seu filho, que detesta política, e o substituto do Arruda é um cara que já foi sócio do Luis Estevão.

Num belo dia, o FHC acorda muito mau humorado, e resolve acabar com o Procon, porque acha que o povo está tendo direitos demais. Um dia depois, como o povo grita e esperneia, ele diz que a a sua idéia era muito dura, e feria direitos.

No meio disto tudo, o general Antonio Ferreira Marques, influente e respeitado gorila da quartelada de 1964, presidente do conselho do Grupos das Bandeiras, uma agremiação fundada pelos miltares para manter viva a chama do golpe militar, vem a público dizer que o FHC está promovendo o sucateamento do património nacional e levando o país às trevas. Na entrevista ele afirma que o governo brasileiro é um simples recebedor de ordens do FMI.

Enquanto isto tudo acontece, o pão frances vai ter um aumento de 66%, por causa da alta do dolar, e do racionamento, pois segundo as famosas fórmulas que fazem os cálculos das planilhas empresariais, o povo vai ser obrigado a pagar a mercadoria que os padeiros vão deixar de produzir e vender, devido ao racionamento de energia.

O capital não perde um tostão aqui no Brasil. O povo paga todas as contas. Aqui está reunido o maior e melhor mercado de babácas do mundo.

O glorioso general Charles Degaulle deve estar rolando de rir lá dentro do seu mausoléu.
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