Longe,
Seus olhos de corça
iluminavam a noite.
Na rua escura,
Pela janela,
espreitava eu,
o ruído dos seus passos:
Voltavas!
Então eu dormia.
As manhãs,
o ritual
de suas idas e vindas:
trazia.
Curtas
as calças cresceram em suas pernas,
Principe principio
de minhas fantasias.
Um dia,
o tempo esticou os braços,
e as horas,
esmaecendo seus traços,
Apagaram no ruido dos asfaltos,
A doce memoria dos seus passos.
Mas hoje,
quando do ruído me aparto,
e me envolve a noite
em meu quarto:
em busca de seus passos
parto. |