A covardia mora na alma e coração das autoridades militares

José Geraldo Pimentel

‘Sete meses depois da instalação da Comissão Nacional da Verdade, integrantes do grupo se reuniram pela primeira vez com os três comandantes militares. Foi no início de dezembro, a sete chaves e sob sigilo rigoroso. A reunião, um almoço no Ministério da Defesa, foi costurada pelo ministro Celso Amorim.’ Assim começa uma matéria assinada pelo jornalista Evandro Éboli, publicada em O Globo, domingo, dia 06 último.

O resultado foi catastrófico para as Forças Armadas, porquanto o que era esperado aconteceu. É aquela velha história:

‘De onde nada se espera, nada acontece!’ Os chefes militares abriram as pernas e renderam-se aos argumentos,- imposições, - dos membros da Comissão da Verdade.

Estiveram presentes do lado dos militares os comandantes militares - Enzo Peri (Exército), Juniti Saito (Aeronáutica) e Júlio de Moura Neto (Marinha) - e o ministro da Defesa, Celso Amorim. Compareceu também o chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi. Pela Comissão da Verdade compareceram o coordenador Cláudio Fonteles, ex-procurador-geral da República; Paulo Sérgio Pinheiro, ex-ministro dos Direitos Humanos; e Rosa Cardoso da Cunha, ex-advogada de presos políticos, entre eles a presidente Dilma Rousseff.

O coordenador da comissão Cláudio Fonteles declararia: “colocamos com muita clareza que uma experiência ditatorial não pode se repetir no país.”

As autoridades militares, - acovardadas, - ouviram e calaram.

- Capitão, eu pensei que ia sair da reunião preso. Os caras mandam pra cacete. E são brabos! Viu como o ‘caveirão’ me olhava de viés! As ‘Rosas’ antes eram o colírio dos olhos dos homens; hoje murcham igual à maracujá maduro. São umas criaturas feias e fedem!

- Verdade, Senhor general. Esse pessoal da ‘comissão da calúnia’ assusta mesmo; pois parece um bando de múmias saído de um tumba.

“Atenciosos, os militares afirmaram que há boa vontade em localizar documentos e o propósito é de colaboração. Segundo eles, não há restrições ao trabalho da comissão e nem resistência a convocações de oficiais do passado para prestarem depoimento ao grupo”. Só faltaram confessar que entregavam em uma badeja de prata os agentes do Estado.

Para lembrar transcrevo as palavras de um verdadeiro chefe militar que sempre defendeu os seus auxiliares:

“- Estaremos sempre solidários com aqueles que, na hora da agressão e da adversidade, cumpriram o duro dever de se oporem a agitadores e terroristas de armas na mão, para que a Nação não fosse levada à anarquia”.

Gen Ex Walter Pires de Carvalho e Albuquerque, Ex Ministro do Exército.

Postura diferente desses dejetos de seres humanos, covardes, omissos e bajuladores.

Repito o que declarei anteriormente:

Continuo afirmando que os militares e policiais civis e militares - agentes do Estado - que foram empenhados em dar combate aos comunistas que tentavam implantar uma ditadura de esquerda no pais, à semelhança de Cuba e outras nações agregadas ao sistema dominante na então URSS, que não cooperem com essa comissão, declaradamente ‘comissão da calúnia’; porquanto mudou o rumo da mesma, contrariando a lei que a criou. Essa comissão quer reescrever a história, colhendo subsídios para rever a Lei da Anistia e levar a um tribunal de exceção e condenar os que lhes deram combate. O sonho dourado desses elementos é repetir no Brasil o que está acontecendo na Argentina e Chile, onde militares estão sendo julgados e condenados a pesadas penas e muitos à prisões perpetuas.

Se elementos a serviço dessa comissão tentar invadir os seus lares, como fizeram com o Cel Curió, ao invadir, em Brasília, duas de suas propriedades, e ainda o levaram preso por manter em sua guarda algumas armas de fogo, que os recebam como se recebe um assaltante: à bala. Bandido bom, é bandido morto! Não esqueçam que os membros dessa comissão são todos ligados ao pessoal da luta armada, quer por afinidade ideológica, ou por ter prestado serviços jurídicos. É um grupo de bandidos travestidos de autoridades. Fazer morrer no nascedouro essa comissão de merda, é preciso!

Durante a reunião “os membros da comissão lembravam que os militares de hoje não são os mesmos da ditadura”. Os covardes sentiram-se lisonjeados.

- Putz, grill, está valendo cobrir estes putos de medalhas! 

Na reunião não se tocou “na apuração de crimes cometidos por militantes da esquerda”. Os militantes da luta armada cometeram assassinatos e justiçamentos (119 mortos), assaltaram bancos e cofre de residência particular, invadiram unidades militares para roubar armas e munições, seqüestraram embaixadores, praticaram atos terroristas em aeroporto civil e guarita de quartel militar. Mas nada disso é relevante; ao contrário, são tratados como heróis nacionais e recebem pensões e indenizações milionárias por trair o país. Os criminosos são aqueles que receberam ordens superiores para defender a pátria brasileira.

Eis aí o grande diferencial entre os chefes militares do passado e essas pústulas que se travestem de autoridades militares e comandam Forças, grandes unidades e departamentos. Se juntassem todos estes pseudos chefes militares e colocassem-nos em um triturador, o caldo nutriente resultante, não se prestaria para adubar as hortas das pequenas propriedades familiares criadas pelo governo comuno-petista, que diz que faz reforma agrária, e engana o homem do campo.

O mais sensato nas atuais circunstâncias seria acabar com as Forças Armadas e o último a sair apagar a luz e fechar a porta! Os sem vergonhas, vendidos, desprovidos de caráter, sem dignidade e honra, que as comandam, que vão rodar bolsinhas no calçadão de Copacabana!

Rio de Janeiro, 07 de janeiro de 2013. 

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