Antes de nada, descupas a todos que estavam acompanhando a história os 8 capítulos anteriores
podem ser lidos nesta mesma page. Um vírus de
computador me tirou do ar por algumas semanas mas
estou retornado agora. Continuando apresento :
Caçada ao Assassino
Cap.9
" Bolhas de Vapor. "
Naquela manhã acordei ainda pensando nos eventos da noite anterior, percebi olheiras mais
profundas no meu rosto do que o normal. Quando
entrei para a polícia, acreditava que me confrontaria com crimes banais e assassinatos
simples, com o tempo cria-se uma percepção de que
nunca temos todas as peças do quebra cabeça, em
especial neste último, tinhamos um jovem e agora
uma menina morta por alguém que ainda não nos
informara claramente o que desejava. Tudo o que
eu pensava era que ele buscava por atenção, seja
lá o que demonstrasse para nós no futuro, seus
passos mostravam que ele queria que soubessemos
que não estava se movendo a mesmo, atacando
praticamente o mesmo lugar duas vezes, as estações
de mêtro de uma mesma aréa.
O jornal estava na porta como sempre, a
manchete gritava " Menina assassinada no mêtro ",
não haviam fotos, graças a Deus.
Continuava chovendo em São Paulo, nunca vi
cidade mais cinza no frio, o ar parecia ficar mais
espesso, as sombras mais profundas, eu não gostava
de encarar dias assim, tinha más lembranças do
que a neblima trazia a minha mente.
A reunião iria começar dentro de duas horas,
ainda havia tempo para relaxar na banheira por
algum tempo. Coloquei o timer do relógio para
disparar dentro de uma hora, seria tempo suficiente caso adormecesse na banheira como sempre acontecia.
A água estava quente, minha mente se acalmou, comecei a meditar, me voltar para dentro, buscar algo no caso que tivesse me escapadado, uma pista, uma sensação.
Quando fiz o curso de yoga, ainda era
adolescente, naquele tempo, nunca precisei parar
para pensar no que estava acontecendoa minha volta, nunca havia achado utíl.
Os flashs começarem a cruzar, a minha mente, o homem com a máscara caminhando lentamente
em torno do rapaz, os gritos da irmã da menina morta, o poema, a imagem da menina na saída da
estação, um relógio correndo, um homem correndo
dentro dos trilhos, uma porta fechada, minha
ex-mulher sorrindo na escada, seu funeral, o
calesdócopio de imagens que surgiam começaram a
se mesclar, eu estava sem foco algum, era um
jogo de xadrez onde eu não podia ver todas as
peças de xadrez do meu adversário e onde ele tinha a vantagem.
O bip bip bip do rádio começou, uma hora se passara, era hora de ir para a reunião de
formação do grupo na delegacia.
Ainda não me encontrava satisfeito, algo
me perturbava, talvez fosse um príncipio de
desepero.
Caçada ao Assassino.
Cap.9
Bolhas de Vapor.
Lorcar.
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