Tem vezes que não me sinto humana.
Fixando o olhar numa tela.
Tela da televisão, tela do computador...
A Madrugada me deixa, o Sol nasce.
Sua claridade fere meus olhos.
O enfado que me toma,
Este grito que não sai,
A Dor que não transparece,
Este peso do qual não me liberto.
O Silêncio que me ensurdece...
Falo tanto de Amor,
Leio tanto sobre o Amor...
Sei o que é o Amor!
Por que não posso prová-lo?
Por que não me deixam demonstrá-lo?
Tem vezes que o vácuo sou Eu.
Eu sou o Nada,
Incompleta, ferida, inadequada
Endurecida, enclausurada...
Melancoliricamente despedaçada.
|