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Ensaios-->Pacifismo ou não-pacifismo -- 20/02/2009 - 19:42 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

PACIFISMO OU NÃO-PACIFISMO?

HEITOR DE PAOLA

http://www.heitordepaola.com/publicacoes_materia.asp?id_artigo=688

Perpetual peace is a futile dream
GEN GEORGE S PATTON

Quem se defende mostra sua fraqueza quem ataca mostra sua força
SUN TZU

Ao que tudo indica os eleitores israelenses mandaram um recado dúbio: de um lado, vence o Kadima em número de cadeiras no Knesset, 28 Likud chegando perto com 27, Yisrael Beitenu 15, Trabalhistas 13, Shas 11. Embora Livni seja a natural Primeira-Ministra o fato dos partidos não pacifistas – erroneamente chamados ‘de direita’ – terem superado seus resultados pode propiciar uma coalizão forte (dependendo de negociações pode ser 64 x 56) fazendo com que Netanyahu seja um dos mais cotados para o cargo. Segundo informações de Israel, grande parte dos votos do Kadima veio de eleitores, inclusive dos kibutzim, que antes votavam nos Trabalhistas, que sofreram uma grande derrota.

Parece que os israelenses afastaram os pacifistas e suas desastrosas políticas de retirada da Faixa de Gaza, das colônias da Cisjordânia e dos sucessivos e malfadados ‘acordos de paz’ que qualquer um sabia que não iam dar em nada, pois os líderes ‘palestinos’ não querem nem nunca quiseram viver em paz. Tudo o que pretendem é, de tempos em tempos, uma hudna, uma trégua que lhes ensinou o próprio Maomé, apenas para se re-agrupar, se re-armar e atacar de volta. Em minha opinião, a última retirada de Gaza vai dar exatamente no mesmo: mais Qassams e outras armas serão contrabandeadas com a complacência da ONU para novamente voltar a ser jogados nas cidades do Sul de Israel. Talvez até mísseis de mais longo alcance que atinjam as cidades centrais. Creio que o Kadima tentou uma dupla jogada política para se manter no poder: primeiro, uma demonstração de força para agradar os não-pacifistas. Depois, quando as críticas internas dos pacifistas chegaram ao auge, uma retirada absolutamente desnecessária – e perigosa – para reconquistar votos perdidos dos Trabalhistas (*). Deu certo? Parece que a resposta dúbia dos eleitores foi o resultado desta dubiedade da política empregada: o Kadima tem maioria, mas talvez não consiga formar um governo.

E assim os ciclos de tréguas e ataques irão se perpetuando – ou melhor, já se perpetuaram – até que Israel reconheça que os tais ‘dois Estados’ não passam de um sonho judeu, pois o time adversário quer tudo para si, nem sonha com tal co-existência pacífica. O Pacto do Hamas diz claramente no Artigo 13: “Não há solução para a Palestina exceto através da Jihad. Iniciativas, propostas e conferências internacionais são perda de tempo e esforços vãos”

Israel deve exigir o total dos territórios que foi atribuído ao povo judeu no Mandato de setembro de 1922, que incluía a Cisjordânia e a Faixa de Gaza).

Aí está a chance de uma coalizão de não-pacifistas que inclua Avigdor Lierberman, cujo lema é “Cidadania só com lealdade ao Estado de Israel”. Isto pressupõe o extermínio de todos os movimentos terroristas para dar ao povo por eles sacrificado e explorado a chance de viver em relativa paz e também em prosperidade – que só Israel pode proporcionar com maciços investimentos em tecnologia nas regiões árabes.

Os líderes israelenses sabem disto e de que seus maiores inimigos não estão logo ali além fronteira, mas na hipocrisia européia, no antisemitismo travestido de antisionismo, e no cartel de ditadores, teocratas e assassinos de todos os matizes da margem oeste do East River, que atende sofisticamente pelo nome de ONU.

Atacar, e não se defender para continuar o ciclo interminável. Fazer a guerra até o fim para alcançar um estado de paz relativo, e não defender “a Paz Perpétua” inalcançável.

Em nenhum país do mundo esquerda e direita tem significado algum, são apenas códigos lingüísticos através dos quais as pessoas pensam, erradamente, que estão falando a mesma coisa. Em Israel é preferível falar em pacifistas e não-pacifistas.


(*) Acrescentado em 19/02 depois da publicação original: As declarações de Tzipi Livni a uma Convenção de líderes judeus americanos em 16/02 confirma a ambigüidade da política do Kadima, que beira a hipocrisia: Livni declarou que Israel deve ceder um território 'considerável' para conseguir a paz com os 'palestinos'. Para que então a custosa invasão da Faixa de Gaza pouco antes das eleições? Se foi para impedir ataques ao sul de Israel, por que não antes, já que os mísseis chovem há tempos sobre Ashkelon e doutras cidades próximas? Parece ter sido realmente apenas para ganhar as eleições.



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