HISTÓRIA ANTIGA VESTIBULARES DEZEMBRO DE 2012 E JANEIRO DE 2013.
Compilados por Edson Pereira Bueno Leal, janeiro de 2013.
1 FUVEST 2013 2 FASE GRÉCIA ANTIGA
Não esqueçamos que o processo de formação de um povo e de uma civilização gregos não se desenrolou segundo um plano premeditado, nem de maneira realmente consciente. Tentativa, erro e imitação foram os principais meios, de tal modo que uma certa margem de diversidade social e cultural, amiúde muito marcada, caracterizou os inícios da Grécia. De fato, nem o ritmo nem a própria direção da mudança deixaram de se alterar ao longo da história grega.
Moses I. Finley. O mundo de Ulisses. 3ª ed. Lisboa: Presença, 1998, p.16.
a) Indique um elemento “imitado” de outros povos e sociedades que teria estado presente nos “inícios da Grécia”.
b) Ofereça pelo menos dois exemplos do que o autor chama de “diversidade social e cultural”, que “caracterizou os inícios da Grécia”.
2 MACKENZIE ATENAS
“(...) Consta que a concubina de Péricles, Aspásia, ajudou-o a escrever seus discursos. E a todos surpreendia ver o grande estadista a cada manhã, ao sair de casa, despedir-se de Aspásia com beijos.”
A elevação do espírito: 600 a.C.- 400 a.C. Rio de Janeiro, 1998.
O texto acima, referindo-se ao grande líder da cidade estado de Atenas, Péricles, retrata as contradições sociais existentes, não apenas em Atenas, mas em toda a Grécia. Sobre a sociedade grega da época, podemos afirmar que:
a) As condições sociais eram idênticas tanto nas cidades estados que evoluíram para regimes democráticos, como Atenas, por exemplo, quanto nas póleis oligárquicas, como Esparta.
b) Em toda a Grécia, a sociedade era predominantemente masculina, mas em disputas sucessórias familiares, em alguns casos, o poder era exercido pelas mulheres.
c) A democracia, instituída pelas reformas de Clístenes, era um sistema político que atendia aos interesses de apenas uma minoria da população, estando excluídos os estrangeiros, os escravos e as mulheres.
d) Em Atenas, as mulheres provenientes de ricas famílias possuíam maior autonomia, pois eram consultadas e participavam efetivamente das decisões políticas e assuntos relacionados ao destino da pólis.
e) A estabilidade social, advinda das reformas introduzidas por Clístenes, não foi acompanhada por estabilidade econômica, já que foi a partir da conquista da democracia que os gregos iniciaram seus conflitos com os persas.
3 UNESP 2013 DEMOCRACIA ATENIENSE
Quando sua influência [de Péricles] estava no auge, ele poderia esperar a constante aprovação de suas políticas, expressa no voto popular na Assembleia, mas suas propostas eram submetidas à Assembleia semanalmente, visões alternativas eram apresentadas às dele, e a Assembleia sempre podia abandoná-lo, bem como suas políticas, e ocasionalmente assim procedeu. A decisão era dos membros da Assembleia, não dele, ou de qualquer outro líder; o reconhecimento da necessidade de liderança não era acompanhado por uma renúncia ao poder decisório. E ele sabia disso.
(Moses I. Finley. Democracia antiga e moderna, 1988.).
Ao caracterizar o funcionamento da democracia ateniense, no século V a.C., o texto afirma que:
a) os líderes políticos detinham o poder decisório, embora ouvissem às vezes as opiniões da Assembleia.
b) a eleição de líderes e representantes políticos dos cidadãos na Assembleia demonstrava o caráter indireto da democracia.
c) a Assembleia era o espaço dos debates e das decisões, o que revelava a participação direta dos cidadãos na condução política da cidade.
d) os membros da Assembleia escolhiam os líderes políticos, submetendo-se a partir de então ao seu poder e às suas decisões.
e) os cidadãos evitavam apresentar suas discordâncias na Assembleia, pois poderiam assim provocar impasses políticos.
4 UNICAMP 2013 SÓCRATES
A sabedoria de Sócrates, filósofo ateniense que viveu no século V a. C., encontra o seu ponto de partida na afirmação “sei que nada sei”, registrada na obra Apologia de Sócrates. A frase foi uma resposta aos que afirmavam que ele era o mais sábio dos homens. Após interrogar artesãos, políticos e poetas, Sócrates chegou à conclusão de que ele se diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria ignorância.
O “sei que nada sei” é um ponto de partida para a Filosofia, pois.
a) aquele que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer adquirir conhecimentos.
b) é um exercício de humildade diante da cultura dos sábios do passado, uma vez que a função da Filosofia era reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos.
c) a dúvida é uma condição para o aprendizado e a Filosofia é o saber que estabelece verdades dogmáticas a partir de métodos rigorosos.
d) é uma forma de declarar ignorância e permanecer distante dos problemas concretos, preocupando-se apenas com causas abstratas.
5 ENEM 2012 PLATÃO
Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides era que o objeto de conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso estabelecer uma relação entre objeto racional e objeto sensível ou material que privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo.
Lenta, mas irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente.
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia.
São Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado).
O texto faz referência à relação entre razão e sensação, um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão (427 a.C.-346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão se situa diante dessa relação?
a) Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas.
b) Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a eles.
c) Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação são inseparáveis.
d) Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação não.
e) Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é superior à razão.
6 UNICAMP 2 FASE 2013 ROMA ANTIGA
Por que as pessoas se casavam na Roma Antiga? Para esposar um dote, um dos meios honrosos de enriquecer, e para ter, em justas bodas, rebentos que, sendo legítimos, perpetuassem o corpo cívico, o núcleo dos cidadãos. Os políticos não falavam exatamente em natalismo, futura mão de obra, mas em sustento do núcleo de cidadãos que fazia a cidade perdurar exercendo a “função de cidadão” ou devendo exercê-la.
(Adaptado de P. Ariès e G. Duby, História da Vida Privada. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. v. 1, p. 47.).
a) Por que o casamento tinha uma conotação política entre os cidadãos, na Roma Antiga?
b) Indique dois grupos excluídos da cidadania durante a República romana (509-27 a.C.).
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