Hoje, cada vez que abre uma revista, você toma conhecimento dos resultados de uma pesquisa científica que dão um tiro de misericórdia naquelas certezas que se têm desde criança: não se pode misturar manga com leite, masturbação provoca espinhas, apontar o dedo para o céu faz nascer verrugas, é preciso matar um gato sete vezes e por aí vai...
Uma pesquisa libera o consumo de carne de porco, outra garante que colocar o dedo em uma tomada elétrica não oferece perigo. Em seguida, aparecem outras pesquisas que vêm alterar esses resultados. No fim, você não sabe mais se deve ou não comer ovo com repolho, tomar banho frio no inverno ou paquerar a mulher do vizinho. E se pergunta: será que essas descobertas científicas ajudam ou atrapalham ?
Recentemente, uma pesquisa na Inglaterra concluiu que comer macaco faz bem para a saúde. Isolaram-se 2.368 indivíduos por três semanas, cada qual em uma pequena cela, acompanhado por um macaco. Sobrou para o nosso ancestral! Os resultados foram satisfatórios: 70% dos participantes acabaram com o mau hálito e o chulé; 38% eliminaram estrias e celulites. Se você quiser experimentar essa "terapia", cuidado, não esqueça de usar camisinha.
Outra pesquisa veio dar base científica a uma crença divulgada em um dito popular. Selecionaram-se 18 ratos que permaneceram em jejum durante três dias. Após, colocou-se um enorme pedaço de queijo a dois metros das citadas cobaias. Entre eles ( os ratos e o queijo), uma barreira formada por uma chapa de ferro que aparentava estar em brasa, simples ilusão de ótica. Resultado: as cobaias que se arriscaram a transpor a barreira locupletaram-se (olhe o dicionário!) de queijo. As demais morreram de fome. Conclusão: quem não arrisca não petisca. Depois dessa importante pesquisa, você não terá mais dúvidas ao arriscar um palpite na mega-sena. Como você percebeu, algumas pesquisas servem para confirmar o óbvio. Outras, para tornar o óbvio menos óbvio.