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Ensaios-->O que aconteceu com as investigações das FARC? -- 27/03/2009 - 09:10 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O que aconteceu com as investigações da FARC-política?

Cel. Luis Alberto Villamarín Pulido 26 Março 2009

Mídia Sem Máscara
Internacional - América Latina

As FARC estão em guerra contra a ordem vigente atual. No caso hipotético de que tomassem o poder, não deixariam viva nenhuma cabeça contrária à sua linha ideológica.

Em um país como a Colômbia, acostumado a escutar o argumento batido das exaustivas investigações penais das quais quase nunca se conhecem resultados concretos, estamos no momento oportuno em que a Procuradoria Geral da Nação e as altas Cortes encarregadas de tomar decisões de fundo frente ao escabroso tema, não só saiam ante os meios de comunicação a fazer auto-publicidade, como a mostrar resultados concretos com relação aos implicados na FARC-política.

Os fatos foram incontrovertíveis. Os arquivos eletrônicos encontrados nos computadores de Raúl Reyes demonstram sérios nexos de vários discutíveis personagens colombianos com os terroristas das FARC. Produto desses nexos é a pastusa [1] viajante alcunhada de “Sara”, que acabou encarcerada, porém em outros casos há uma suspeitíssima demora.

Os demais implicados continuam tão alegres como se se cumprisse o desagradável adágio de que a lei é feita para o povão. Ninguém explica em uma lógica normal porque a pastusa foi presa e os demais implicados não. Ou porquê a Procuradoria e as cortes têm sido tão diligentes em encarcerar e perseguir os vinculados à para-política, enquanto que não ajuíza os cúmplices das FARC com a mesma veemência e com a mesma solicitude.

Uns e outros são terroristas, delinqüentes e, ao mesmo tempo, responsáveis pela violência irracional que assedia a Colômbia. Portanto, não pode haver diferenciações nem marcados sentimentalismos ideológicos a favor dos farianos. É algo semelhante às besteiras repetitivas dos analistas e comunicadores sociais metidos a sabichões, os quais enchem a boca vociferando contra o ditador Augusto Pinochet, ao mesmo tempo em que são condescendentes com o “presidente” Fidel Castro...

Já é hora de a academia, os meios de comunicação e as instâncias judiciais se mexerem. Que cada um cumpra com o seu papel. Que a Procuradoria encarregada por norma constitucional de vigiar a conduta dos funcionários públicos, meta o bedelho no assunto. Que os superiores hierárquicos dos que devem ditar uma sentença judicial em cada caso relativo à FARC-política, utilizem as medidas coercitivas do Código Disciplinar Único ou das medidas a que houver lugar, para que não haja impunidade derivada do já conhecido argumento-desculpa da falta de provas ou do vencimento dos prazos.

Surge a suspeita de que a intencional dilação destes processos obedece a que a ação eficaz, eficiente e efetiva contra os bandidos de colarinho branco que atuam em sórdido conchavo com as FARC, tem implicações superiores ao âmbito da esfera nacional da luta contra o terrorismo.

Provar os nexos dos personagens mencionados nos computadores de Reyes com as FARC, como já sucedeu com a pastusa Sara, seria outra ferramenta valiosa para certificar por meio de outra vertente que os arquivos são verídicos, e que portanto são certos os nexos com os terroristas colombianos por parte dos presidentes Lula, Chávez, Correa, Morales, Ortega e as ONGs citadas nos e-mails que Reyes recebia e enviava, os quais foram decifrados pelos organismos de segurança colombianos.

Seria ingênuo crer que Correa e Chávez não moveram suas fichas incrustadas no Partido Comunista Colombiano para torpedear as investigações da FARC-política, pois sabem que se estes processos vierem à tona, terão um ás estratégico debaixo da manga para dizer que os conteúdos dos computadores de Reyes eram falsos, tão logo a Interpol confirme que os textos não foram alterados em nenhum sentido.

É hora de a Procuradoria Geral, os juízes e as Altas Cortes que por razão de suas funções lhes corresponda, desatarem o nó destas emaranhadas investigações. É incrível, por exemplo, que desde há muito anos, cada vez que se captura ou dá baixa em um terrorista de certo nível de comando dentro das FARC, em todos os casos – sem exceção – seu prontuário indica que iniciou a incorporação no grupo delitivo por meio da Juventude Comunista (JUCO) ou do Partido Comunista Colombiano (PCC), ou dos sindicatos pró-farianos. Entretanto, as autoridades judiciais olham para o outro lado e nunca vinculam os camaradas do PCC às investigações.

Do mesmo modo que no caso Samper com o cartel de Cali, ao que tudo indica as regionais dos camaradas têm nexos com as FARC, pelas costas do jurássico Comitê Central do Partido Comunista. É uma lástima que Jaime Garzón já não vive para que dramatizasse esta realidade em seu célebre espaço “Em Quac também há tempo para o humor”.

Basta abrir qualquer edição do semanário “Voz”, órgão de difusão oficial do Partido Comunista. Seu conteúdo é pró-subversivo, panfletário, incendiário e coincidente com as teses das FARC, não só no estratagema da combinação das formas de luta, como nos conteúdos programático, ideológico e procedimental.

Não obstante, nem o Procurador Geral da nação, nem os juízes de conhecimento, nem os doutos magistrados encarregados de fazer cumprir a lei se dão por aludidos. Nem muito menos cumprem com seu dever de iniciar as investigações de ofício, de substanciá-las e de aplicar o império da lei, contra aqueles que em irônica contraposição pretendem derrocar o Estado de Direito e suplantá-los pelos tribunais de justiça revolucionária comunista. Na realidade, não há pior cego que aquele que não quer ver.

Finalmente, a Procuradoria Geral da Nação, o Congresso da República, a Defensoria do Povo e demais organismos de controle ou vigilância, tampouco fazem nada para que haja justiça. Todos se escondem sob o mesmo abrigo da ineficiência coletiva e da indiferença consentida frente aos destinos da Colômbia.

Por outro lado, ao que parece foram intocáveis os juízes e magistrados venais, que de maneira inexplicável fizeram caso omisso de suas obrigações legais e morais ao longo de mais de cinqüenta anos de terrorismo comunista contra a sociedade colombiana. Por exemplo, ninguém se atreveu a denunciar ante as respectivas instâncias àqueles funcionários do ramo jurisdicional, cujas sentenças foram enviesadas e inclinadas ao ideário subversivo.

Por exemplo, as arranjadas sentenças de Pardo Leal quando se julgou a cúpula do ELN nos anos sessenta e setenta. Ou a exoneração do terrorista Jairo Capera do M-19, quando assassinou a sangue frio uns soldados em Caquetá; ou a mais enviesada de todas as decisões jurídicas da história recente do país: Navarro, Petro, Patiño, Vera Grave, Bustamante e os demais terroristas do M-19, responsáveis diretos e indiretos pelo holocausto no Palácio da Justiça e causadores de todos os fatos aberrantes que derivaram de sua ação, hoje são honoráveis senadores, distintos funcionários públicos, um é governador e outro é um colunista moralista.

Entretanto, os que salvaram a república do iminente naufrágio conexo com a debilidade de caráter e ingovernabilidade de Belisario Betancur, hoje são acusados ante o pelourinho público por acusações diversas. E muito mais.

Oxalá que esta chamada de atenção chegue aos diretores dos meios de comunicação, aos decanos das faculdades universitárias, ao Presidente da República, aos honoráveis congressistas, ao Procurador Iguarán, ao Procurador Ordóñez, para que não haja mais congressistas para-políticos ou FARC-políticos, nem bruxos na Procuradoria, nem funcionários do CTI a serviço dos delinqüentes, como o denunciou Plinio Apuleyo Mendoza há alguns dias em outra coluna deste diário.

Alem disso, porém, para que não se repita o espetáculo circense de ver o Procurador Iguarán assistir como convidado de honra, uma homenagem a uma das pessoas investigadas por evidentes implicações na FARC-política.

Que se investigue os implicados na para-política, que sobre eles caia sem contemplações o peso da lei, que paguem pelos danos causados à Colômbia, que reparem às vítimas e tudo o que a lei obrigue a cumprir. Sem contemplações!!! Porém, que esse dinamismo, essa energia angustiante, esse desdobramento de protagonismo midiático e de suposta eficiência laboral de juízes e magistrados, também vá com dedo em riste com força contra as FARC, contra os denunciados pela FARC-política, contra os integrantes do Partido Comunista Clandestino e o Movimento Bolivariano infiltrados no Polo Democrático e nos sindicatos.

Tanto o Procurador, como os magistrados, como os juízes da república são obrigados a entender que a guerra das FARC é um processo revolucionário que pretende a tomada do poder para usurpar todo o atual esquema de governo, legislação e justiça, por um sistema comunista copiado de Cuba e co-financiado pela coca e pelo governo da Venezuela.

As FARC estão em guerra contra a ordem vigente atual. No caso hipotético de que tomassem o poder, não deixariam viva nenhuma cabeça contrária à sua linha ideológica. Assim são os processos da violência e do terrorismo comunista. Isto significa que há uma agressão ainda não acabada.

Está na hora de todos os funcionários do ramo jurisdicional e da Procuradoria se afastarem da estupidez funcional, que cumpram cabalmente com suas funções constitucionais e que, em conseqüência, reajam e ajuízem todos os conspiradores que desde dentro e fora do país conspiram contra a institucionalidade, o Estado de Direito, a soberania colombiana e o destino de nosso país.

Neste sentido, urgem as decisões de fundo em torno do tema da FARC-política, sem importar quem deva enfrentar acusações ante os tribunais legítimos.


[1] “Pastusa” é aquele que nasce na cidade de Pasto, na Colômbia.

Fonte: http://www.eltiempo.com/blogs

Tradução: Graça Salgueiro



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