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Artigos-->FILOSOFIA VESTIBULARES DEZEMBRO DE 2012 E JANEIRO DE 2013 -- 26/01/2013 - 12:44 (edson pereira bueno leal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


 



FILOSOFIA VESTIBULARES DEZEMBRO DE 2012 E JANEIRO DE 2013.



 



Compilados por Edson Pereira Bueno Leal, janeiro de 2013.



 



1 ENEM 2012 FILOSOFIA GREGA E MEDIEVAL



 



TEXTO I



Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que outras coisas provêm de sua descendência. Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar por feltragem e, ainda mais condensadas, transformam-se em água. A água, quando mais condensada, transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo possível, transforma-se em pedras.



BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado).



TEXTO II



Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, como criador de todas as coisas, está no princípio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em face desta concepção, as especulações contraditórias dos filósofos, para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade, dão impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha.”.



GILSON, E: BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado).



Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a origem do universo, a partir de uma explicação racional. As teses de Anaxímenes, filósofo grego antigo, e de Basílio, filósofo medieval, têm em comum na sua fundamentação teorias que.



a) eram baseadas nas ciências da natureza.



b) refutavam as teorias de filósofos da religião.



c) tinham origem nos mitos das civilizações antigas.



d) postulavam um princípio originário para o mundo.



e) defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas.



 



2 ENEM 2012 IMMANUEL KANT



 



Esclarecimento é à saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento. A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão grande parte dos homens, depois que a natureza de há muito os libertou de uma condição estranha, continuem, no entanto, de bom grado menores durante toda a vida.



KANT, I. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? Petrópolis: Vozes, 1985 (adaptado).



Kant destaca no texto o conceito de Esclarecimento, fundamental para a compreensão do contexto filosófico da Modernidade. Esclarecimento, no sentido empregado por Kant, representa.



a) a reivindicação de autonomia da capacidade racional como expressão da maioridade.



b) o exercício da racionalidade como pressuposto menor diante das verdades eternas.



c) a imposição de verdades matemáticas, com caráter objetivo, de forma heterônoma.



d) a compreensão de verdades religiosas que libertam o homem da falta de entendimento.



e) a emancipação da subjetividade humana de ideologias produzidas pela própria razão.



 



 



 



3 UNESP 2013 MODERNIDADE CONCEITO



 



A modernidade não pertence à cultura nenhuma, mas surge sempre CONTRA uma cultura particular, como uma fenda, uma fissura no tecido desta. Assim, na Europa, a modernidade não surge como um desenvolvimento da cultura cristã, mas como uma crítica a esta, feita por indivíduos como Copérnico, Montaigne, Bruno, Descartes, indivíduos que, na medida em que a criticavam, já dela se separavam, já dela se desenraizavam. A crítica faz parte da razão que, não pertencendo à cultura particular nenhuma, está em princípio disponível a todos os seres humanos e culturas.



Entendida desse modo, a modernidade não consiste numa etapa da história da Europa ou do mundo, mas numa postura crítica ante a cultura, postura que é capaz de surgir em diferentes momentos e regiões do mundo, como na Atenas de Péricles, na Índia do imperador Ashoka ou no Brasil de hoje.



(Antonio Cícero. Resenha sobre o livro “O Roubo da História”. Folha de S. Paulo, 01.11.2008. Adaptado).



Com a leitura do texto, a modernidade pode ser entendida como:



a) uma tendência filosófica especificamente europeia e ocidental de crítica cultural e religiosa.



b) uma tendência oposta a diversas formas de desenvolvimento da autonomia individual.



c) um conjunto de princípios morais absolutos, dotados de fundamentação teológica e cristã.



d) um movimento amplo de propagação da crítica racional a diversas formas de preconceito.



e) um movimento filosófico desconectado dos princípios racionais do iluminismo europeu.



 



4 UNESP 2013 ÉTICA E UNIFORME ESCOLAR



 



Desde o início da semana, alunos da rede municipal de Vitória da Conquista, na Bahia, não vão mais poder cabular aulas. Um “uniforme inteligente” vai contar aos pais se os alunos chegaram à escola – ou “dedurar” se eles não passaram do portão. O sistema, baseado em radiofrequência, funciona por meio de um mini chip instalado na camiseta do novo uniforme, que começou a ser distribuído para 20 mil estudantes na segunda-feira. Funciona assim: no momento em que os alunos entram na escola, um sensor instalado na portaria detecta o chip e envia um SMS aos pais avisando sobre a entrada na instituição. (Natália Cancian. Uniforme inteligente entrega aluno que cabula aula na Bahia. Folha de S. Paulo, 22.03.2012).



A leitura do fato relatado na reportagem permite repercussões filosóficas relacionadas à esfera da ética, pois o “uniforme inteligente”.



a) está inserido em um processo de resistência ao poder disciplinar na escola.



b) é fruto de uma ação do Estado para incrementar o grau de liberdade nas escolas.



c) indica a consolidação de mecanismos de consulta democrática na escola pública.



d) introduz novas formas institucionais de controle sobre a liberdade individual.



e) proporciona uma indiscutível contribuição científica para a autonomia individual.



 



 



5. REDAÇÃO – TEXTO 1 UNICAMP 2013



 



Imagine-se como um estudante de ensino médio de uma escola que organizará um painel sobre características psicológicas e suas implicações no plano individual e na vida em sociedade. Nesse painel, destinado à comunidade escolar, cada texto reproduzido será antecedido por um resumo. Você ficou responsável por elaborar o resumo que apresentará a matéria transcrita abaixo, extraída de uma revista de divulgação científica. Nesse resumo você deverá:



• apresentar o ponto de vista expresso no texto, a respeito da importância do pessimismo em oposição ao otimismo, relacionando esse ponto de vista aos argumentos centrais que o sustentam.



Atenção: uma vez que a matéria será reproduzida integralmente, seu texto deve ser construído sem copiar enunciados da matéria.



 



PESSIMISMO



 



Para começar, precisamos de pessimistas por perto. Como diz o psicólogo americano Martin Seligman: “Os visionários, os planejadores, os desenvolvedores, todos eles precisam sonhar com coisas que ainda não existem explorar fronteiras. Mas, se todas as pessoas forem otimistas, será um desastre”, afirma. Qualquer empresa precisa de figuras que joguem a dura realidade sobre os otimistas: tesoureiros, vice-presidentes financeiros, engenheiros de segurança...



Esse realismo é coisa pequena se comparado com o pessimismo do filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860). Para ele, o otimismo é a causa de todo sofrimento existencial. Somos movidos pela vontade – um sentimento que nos leva a agir, assumir riscos e conquistar objetivos. Mas essa vontade é apenas uma parte de um ciclo inescapável de desilusões: dela vamos ao sucesso, então à frustração – e a uma nova vontade.



Mas qual é o remédio, então? Se livrar das vontades e passar o resto da vida na cama sem produzir mais nada?



Claro que não. A filosofia do alemão não foi produzida para ser levada ao pé da letra. Mas essa visão seca joga luz no outro lado da moeda do pessimismo: o excesso de otimismo – propagandeado nas últimas décadas por toneladas de livros de autoajuda. O segredo por trás do otimismo exacerbado, do pensamento positivo desvairado, não tem nada de glorioso: ele é uma fonte de ansiedade. É o que concluíram os psicólogos John Lee e Joane Wood, da Universidade de Waterloo, no Canadá.



Um estudo deles mostrou que pacientes com autoestima baixa tendem a piorar mais ainda quando são obrigados a pensar positivamente.



Na prática: é como se, ao repetir para si mesmo que você vai conseguir uma promoção no trabalho, por exemplo, isso só servisse para lembrar o quanto você está distante disso. A conclusão dos pesquisadores é que o melhor caminho é entender as razões do seu pessimismo e aí sim tomar providências. E que o pior é enterrar os pensamentos negativos sob uma camada de otimismo artificial. O filósofo britânico Roger Scruton vai além



disso. Para ele, há algo pior do que o otimismo puro e simples: o “otimismo inescrupuloso”. Aquelas utopias* que levam populações inteiras a aceitar falácias** e resistir à razão. O maior exemplo disso foi à ascensão do nazismo – um regime terrível, mas essencialmente otimista, tanto que deu origem à Segunda Guerra com a certeza inabalável da vitória. E qual a resposta de Scruton para esse otimismo inescrupuloso? O pessimismo, que, segundo ele, cria leis preparadas para os piores cenários. O melhor jeito de evitar o pior, enfim, é antever o pior.



(Extraído de M. Horta. “O lado bom das coisas ruins”, em Superinteressante, São Paulo, n.º 302, março 2012.



http://super.abril.com.br/cotidiano/lado-bom-coisas-ruins-68705.shtml. Acessado em 2/09/2012.)



* Utopia: projeto de natureza irrealizável: ideia generosa, porém impraticável; quimera; fantasia.



**Falácia: qualquer enunciado ou raciocínio falso que, entretanto, simula a veracidade; raciocínio verossímil, porém falso; engano; trapaça.

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