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Artigos-->OIGRÉS QUEIRASI - POETA BRASILEIRO QUE ESCREVE EM ESPANHOL -- 05/02/2013 - 17:40 (LUIZ CARLOS LESSA VINHOLES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

 



OIGRÉS QUEIRASI



POETA BRASILEIRO QUE ESCREVE EM ESPANHOL



L. C. Vinholes



Mais do que a fronteira seca, os rios Jaguarão e Quaraí, as pontes Mauá e Concórdia, as cidades homônimas Chuí/Chuy e Aceguá/Aceguá e as afinidades de sangue entre os naturais dos dois lados da fronteira que costuram de maneira harmoniosa a imensidão dos espaços pertencentes ao Brasil e ao vizinho Uruguai, temos do lado de cá um gaúcho poeta que, na surdina e no aconchego da mesa de trabalho em Pelotas - escrever também é trabalho -, sistematicamente produz versos e poemas modestamente aproximando os dois povos pelo simples fato de, sutilmente, homenagear o país vizinho com o uso da língua lá usada.



Oigrés Queirasi é dedicado e pragmático na tarefa de registrar em versos sentimentos e experiências, assim como, do lado de lá, o fizeram consagrados nomes dos vates Francisco Acuña de Figueroa (1791-1863), autor da letra dos hinos nacionais do seu país e do Paraguai; Alfredo Mario Ferreiro (1899-1959), com sua poesia participativa do chamado movimento futurista; Mario Benedetti (1920-2009), autor da conhecida Poesia de Oficina; Delmira Agustini que, na companhia de Julio Herrera y Reissig (1875-1910), fez parte da Geração dos 1900; Emilio Oriba (1893-1975), membro da Academia de Letras do Uruguai e autor de obras de caráter vanguardista; e tantos outros que tornaram a literatura e a poesia uruguaias um celeiro de vencedores.



Pedro Osório, município em 1959 emancipado dos municípios de Canguçu e Arroio Grande, teve sua sede municipal homônima formada pelas vilas de Cerrito e Olímpo, uma de um lado outra do outro nas margens do Rio Piratini. Em outros tempos, a estação ferroviária da vila de Cerrito foi passagem importante da estrada de ferro que partia de Bagé e terminava na cidade portuária de Rio Grande. Na velha estação do Cerrito, construída em 1887, foi onde o pai do poeta, gaúcho de lenço e poncho, ferroviário que, por muitos anos, trabalhou como operador do telégrafo, até a aposentadoria.



Queirasi, o mais moço de quatro irmãos, deixou Cerrito quando tinha apenas 15 anos de idade, insatisfeitos com as lides que lhe eram dadas desempenhar na sua cidade natal, mas ávido por conquistar novos horizontes. Foi nessa época que ingressou na Escola Técnica de Pelotas, inaugurada dois anos antes, em outubro 1943, com a presença do presidente Getúlio Vargas; matriculou-se no Colégio Pelotense; erafuncionário do Banco do Brasil quando formou-se em direito mais tarde sendo Juiz Classista da Justiça do Trabalho, cargo ao qual fora reconduzido inúmeras vezes.



Como acontece com muitas famílias do extremo sul do Brasil e do Uruguai, a do poeta Queirasi também ficou dividida quando em 1828 foram estabelecidos os limites que separaram a Província Cisplatina do Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarve, sob Dom João VI. A avó paterna do poeta, por um lado com ascendência nos índios charrua, era uruguaia do Departamento de Durazno, o que, certamente, é uma das razões pelas quais ele sempre cultivou seu apreço pelos castelhanos, como também são chamados os uruguaios, e manteve seu interesse por dominar o idioma por eles falado. Depois de aposentado intensificou seus estudos de espanhol e multiplicou seu acervo poético, caprichosamente guardado em livro-memória, com letra de verdadeiro calígrafo.



O outro lado familiar do poeta tem raízes na velha Itália, de onde saíram imigrantes que escolheram o Rio Grande do Sul como destino para reiniciar suas vidas e concretizar seus sonhos. Eram de Verona e foi lá que em outubro de 1998, em visita de dias que se passaram rápidos, foi matar as saudades de um lugar que só conhecia pelas histórias e estórias que ouvia de sua mãe que, por seu turno, embora nascida no mesmo Cerrito também guardava a tradição oral dos veronenses. O roteiro dessa visita foi simples, mas rico. Depois de descer na estação de Porta Nuova e caminhar a pé até o centro da cidade passando pelo par de arcos do portão de entrada ornamentados com enorme relógio de números romanos; visitou a Arena, o pátio da casa de Julieta de onde contemplou o balcão dos românticos acenos para Romeu; e, finalmente, andou demoradamente pelo espaço acolhedor da Piazza Delle Erbe, onde descansou com seus companheiros de viagem degustando as massas típicas da região do Vêneto. No outro dia, mais passeios, mais encantamentos.



Conservando viva a lembrança dos seus antepassados - na sala da antiga casa do Cerrito figurava, em lugar de destaque, o retrato do rei da Itália Vitório Emanuel -, e as recordações da infância, vez por outra, até mesmo como passatempo, o poeta volta a visitar seu torrão natal para ver como evolui a cidade, verificar quais os pontos de referência que não existem mais, apreciar a velha e a nova pontes sobre o Piratini, não mais na esperança de encontrar companheiros ou conhecidos de outros tempos, mas, simplesmente, para revigorar a memória. Da mesma forma, aproveita algum final de semana, de tempo firme e ensolarado, para cruzar a fronteira e chegar ao Chuy, para saborear o farto café da manhã. Às vezes vai as mais distantes Maldonado, Punta del Leste e a nostálgica Durazno para pedir o tradicional e suculento milanesa com papa frita ou um asado de tira y entrecot o vacio. Nestes passeios, é acompanhado por sua esposa, a professora aposentada e pintora de dotes comprovados - tal é a riqueza de sua produção -, que aprecia na mesa uruguaia de restaurantes de ambiente acolhedor a morcilla dulce, parente próximo do outrora chouriço do interior do Rio Grande. Nestas viagens juntam-se membros da família, que também não dispensam uma farta paella.



Voltando ao tema principal, qual seja o interesse do poeta Queirasi pela língua espanhola, registre-se que, em 2004, durante estada em Brasília, estendeu a viagem à cidade de Goiás Velho. Ali, no pernoite de 27 a 28 de julho, sua musa do estuário do Prata, sempre fiel a acompanhar seu vate nas suas incursões poéticas, ditou-lhe o poema que canta as                                                                                                                       impressões que teve da residência onde, dias antes, ficara hospedado nos arredores da capital federal, casa de construção com ligeiras linhas coloniais, conhecida por Varanda do Jatobá, e ornamentada por majestoso exemplar desta árvore característica do cerrado do centro-oeste. Seu poema descreve o período que se estende desde o final de uma tarde ensolarada até o amanhecer do novo dia; registra a presença de pássaros atarefados na busca de repouso merecido; descobre o céu estrelado de profundidade intrigante; troca olhares com a lua matutina e, romanticamente, de mãos dadas com a parceira que, só no final do poema revela existir, afirma que esteja onde estiver se sentirá permanentemente na varanda cantada em seus versos.



Varandas del Jatobá



Atardecia ...



Estamos en las Varandas del Jatobá,



los últimos rayos del sol



brillaban en el horizonte ...



Atardecia ...



los pajaros buscan sus nidos



en los árboles de la praderia.



Aún atardecia.



Estamos en las Varandas del Jatobá,



ahora yá es noche



y las primeras estrellas



brillan en el cielo.



Nosotros miramos el alba



es julio con noche de plenilunio



ahora quien nos mira es la luna



al alborecer.



Aún estamos en las



Varandas del Jatobá



Dá-me tus manos.



Dejame mirar tus ojos.



! Que felicidad!



Mañana será otro dia



y entonces



cá o ayá, siempre, estaremos



en las Varandas del Jatobá



 



Mas não é só em espanhol que o poeta em questão escreve seus versos. Em janeiro de 1980 honrou-me com o poema Kasumi encimado por uma dedicatória onde o elogio é exagerado e a modéstia que sempre lhe foi peculiar define o perfil admirável do autor: “Ao gênio artístico-criativo de L. C. Vinholes, nossa despretenciosa homenagem, valendo mais pela intenção do que pelo conteúdo.”



Kasumi - névoa em japonês, é o nome que Kohsuke Noguchi,empresário da Orquestra Sinfônica de Osaka e diretor-artístico do Festival Internacional de Música Contemporânea daquela cidade, sugeriu para a peça Tempo-Espaço VI que, a seu pedido, compus em outubro de 1963. Justificou sua escolha afirmando que a “sonoridade fazia lembrar o amanhecer nos bosques do templo de Kasuga”, em Nara, primeira capital do Japão unificado. Foi com o nome dado por Nohguchi que ela figurou no programa do festival de dezembro daquele ano ao lado de obras de Arnold Shoenberg, Fredric Lieberman, Krzyszoff Penderescki, Charles Shere, Bo Nilson, Karlheinz Stockhausen e Shinichi Matsudaira. Tempo-Espaço VI foi dedicada a meu saudoso irmão João Alberto, amigo e companheiro fraterno do poeta.



O texto do poema datilografado em tipo Times New Roman de uma Remington companheira inseparável do autor, foi escrito todo em maiúsculas, o que lhe dá força gráfica e uniformidade visual, o que aqui é respeitado.



K A S U M I



 



TEMPO-ESPAÇO



ESPAÇO-TEMPO



TÃO ÍNTIMOS,



TÃO DISTINTOS,



FORTUITOS, CONTINGENTES,



DIFERENTES ...



KASUMI



TEMPO-ESPAÇO



ESPAÇO-TEMPO



OUVE-SE APENAS O RUIDO DO TEMPO



ARRASTANDO-SE PELO ESPAÇO



GEME A TERRA COM O RIBOMBAR DO TROVÃO



NUM FRENÉTICO ABRAÇO



TEMPO-ESPAÇO/ESPAÇO-TEMPO



MARAVILHADO CONTEMPLO



O SIBILAR DO VENTO



 O MURMÚRIO DAS ÁGUAS



O GORJEIO DOS PÁSSAROS



MAS TAMBÉM



O RUFAR DO TAMBOR



A MARCHA DO TRATOR



O GEMIDO DE TODAS AS MÁQUINAS



DA MAIS SIMPLES A MAIS PERFEITA



TODAS ELAS FEITAS



 PELO HOMEM.



KASUMI



A PALAVRA DE ORDEM  AVANÇAR



DESVENDAR



TEMPO-ESPAÇO



ESPAÇO-TEMPO



SÍNTESE ALEATÓRIA DO UNIVERSO



FERINDO A SENSIBILIDADE DO POETA



ARQUITETO DO VERSO



COM IMAGEM, LUZ E SOM.



KASUMI



O RISCO QUE O COMPOSITOR ASSUME



QUANDO SUBITAMENTE



A QUALQUER TEMPO



O CLARÃO DE UM CORISCO



RASGA O ESPAÇO



KASUMI



NA SENDA DESTA TRILHA



EM SUA MENTE



O SOL JÁ BRILHA



NÉVOA DESFEITA



IMAGENS FANTÁSTICAS



PERFEITAS



CASUAIS, ACIDENTAIS



LUZES DE TODOS OS SÓIS



SONS DE TODOS OS BEMÓIS



KASUMI



TEMPO-ESPAÇO



ESPAÇO-TEMPO



NÉVOA EXISTENCIAL DA VIDA



QUE O POETA COM GLÓRIA



TRANSFORMA EM MÚSICA ALEATÓRIA.



KASUMI



UM, DOIS, TRÊS,



OITO, NOVE, ONZE,



JÁ MERECE O ETERNO BRONZE



E TODOS OS METAIS, AS CORDAS, AS MADEIRAS



PERCUTINDO



A CADA TEMPO



A CADA ESPAÇO



EM FILEIRAS DE



TEMPO-ESPAÇO/ESPAÇO-TEMPO



EM UM, DOIS, TRÊS,



OITO, NOVE, ONZE



COMPASSOS



KASUMI



TEMPO-ESPAÇO



ESPAÇO-TEMPO



MARAVILHADO CONTEMPLO.                               



 



 



O poema-mandala                         



É de justiça registrar que, curioso e ávido por experimentar novas linguages, o poeta Queirasi surpreende a quem se interessar em conhecer um pouco mais da sua produção. Com extrema habilidade, criou um poema que pode ser tomado como poema-mandala, no qual deixa de lado a contemporaneidade do verso para utilizar a técnica da colagem que lhe permite explorar livremente, mas de forma organizada, os espaços da página que dividide em áreas que, visual e semanticamente, se relacionam de maneira harmoniosa. Neste trabalho, usa imagens e palavas em espanhol compondo frases, as vezes severamente mutiladas mediante recorte e separação das palavras que as compõe, grafadas ora na vertical, ora na horizotal, mas tendo como resultado final um todo que gira em torno de um só tema que se desdobra em vibrações multiplas refletindo idéias que nos despertam para os conceitos de paz, ecologia e amor. Valendo-se do recurso das cores, pertinente à atividade pictórica, o poeta enriquece o visual do espaço poético e, parcimoniosamente, colore de tons verdes e vermelhos alguns dos elementos que compõe o poema.



Para o leitor deste texto certamente será impossível imaginar com exatidão o visual do poema apenas com a discrição que faço dos elementos que nele aparecem, que lhe dão sintaxe especial e que são distribuídos nas áreas de dois grandes quadriláteros virtuais, um acima do outro, ocupando a quase totalidade da página, apoiados em um terceiro, bem menor, que, com feitio de base, figura como rodapé.



As imagens utilizadas no poema são cinco maças, umas sobre as outras, duas deles próximas da margem esquerda do quadrilatero superior e outras três junto à margem direita do quadrilátero inferior, referência explicita à prole de duas filhas e três filhos; na área central deste quadrilátero, um papagaio que introspectivo se dá conta da impossibiildade de cruzar com apomba branca a seu lado, ameaçada pelo olhar de uma pantera que, do alto de um muro, a espreita, o que se deprende  não só pela sua posição do felino preparando ataque iminente, mas também pelo fato de figurar uma linha pontilhada em vermelho que parte do seu olho esquerdo até a cabeça da pomba; e, no canto esquerdo inferior deste mesmo quadrilátero, junto à margem, um fundo verde dividido por uma linha inclinada, da direita para a esquerda, que passa por detrás de uma esfera que ocupa o primeiro plano, esfera que, na realidade, é um globo ocular, atento, certamente represenando a natureza zelando pelo espaço total da página guardando o mosáico com os ícones dos objetivos maiores das intenções do poema.



No centro do quadrilátero superior vê-se: dois enormes Y e T, um acima do outro, cada um tendo no seu lado esquerdo, por eles como que abraçadas, uma das maças do par acima citado, e do direito dois círculos vermelhos, um acima do outro, formando as vogais o e ú, estilizadas, que completam os pronomes pessoais Yo e ligados por um bem menor. Sobre o círculo do o uma colagem mostra, em duas linhas, a fraze Llevar una vida/ecológica compensa, e sobre o do ú, em três linhas le-se pero hay que estar / dispuesto a pagar más / por casi todo. Esta composição tem no lado esquerdo do quadrilátero, entre a margem e as duas maças, na vertical e de baixo para cima, a pergunta, em maiúsculas, ¿QUIÉN ÉS?  e, também na vertical, mas de cima para baixo junto à margem do lado direito, a afirmativa SÉ QUIÉN SOY.



O quadrilatro inferior é, basicamente, dividido em três áreas verticais - a da esquerda (e), a central (c) e a da direita (d) -, e uma área menor b) na horizontal que serve de base comum às anteriores. No lado direito da área c), em maiúsculas, em linha inclinada quase paralela ao corpo da pantera e a um suporte sobre o qual lê-se AMOR palavra que é ligada por um y à frase que ocupa o canto superior direito da mesma área redigida em três linhas: Violencia / no! / paz. A área e) está ocupada por !Qué / caro / es, em três linhas horizontais sobrepostas, e a área d) pelas palavras ser /verde!, a primeira na horizontal e a segunda na vertical. Na área b), na horizontal, lê-se: ¿La conoces?



Finalmente, no quadrilatero-rodapé que se estende de lado a lado da página, está escrita, em maiúsculas em duas linhas, a frase conclusiva: CLARO QUE SI, MIRE: / ES LA NATURALEZA.



Recapitulando e tentando reconstruir e traduzir para um texto linear o que foi montado via colagem, surge o discursivo que segue:



YO



¿QUIÉN ÉS? SÉ QUIÉN SOY



Llevar una vida ecológica compensa, pero hay que estar dispuesto a pagar más por casi todo.



Qué caro es ser verde!



Violencia no!



AMOR y  paz



¿La conoces?



CLARO QUE SI, MIRE: ES LA NATURALEZA.



Continuando, para enriquecer e arrematar este registro sobre Queirasi, acolho os poemas La felicidad e “Deseos”, ambos em espanhol, de abril e agosto de 2005 respectivamente, nos quais, o autor é respaldado pela ampla experiência de vida que deseja compartilhar, sem a pretensão de dar conselho aos mais jovens.



O primeiro poema é longo e, pelo manuscrito que recebi, foi dedicado a um dos seus filhos na ocasião em que sofreu o impacto da política de contenção e modernização da empresa na qual trabalhava. O tempo mostrou que na lição do poema o poeta sabia o que estava dizendo e confiava nas etapas do seu conteúdo. Etapas que já foram vencidas.



Queirasi escreveu assim:



 



La felicidad



 



Exista para ser feliz,



la felicidad, a la vez,



no es producto que se vende,



es algo que se pretende,



es objeto que se conquista.



La felicidad ...



Si, se la conquista,



con perseverancia,



con coraje,



con inteligencia,



diá trás día,



con buena parcería,



y sin ningun ultraje.



Si, se la conquista,



con amor propio,



sin dejar que tú antoestima,



caiga bajo y no levante,



sin que nadie oponga dificultades,



lucha por ti, sé valiente.



La felicidad,



si, se la conquista...



Buscársela, sin embargo, quizás,



no sea tarea mui facil.



Insista,



es posible que la encuente



entre enero y abril.



Nuestra existencia



es hecha de momentos,



buenos y malos, pero siempre



hay supervivencia,



esto es incontestable



y nadie podrá negar.



Ayer, tiempo inolvidáble.



hoy, momentos de mucha lucha,



mañana, por supuesto,



la victoria surgirá.



Exista,



tenga paciencía.



insista.



Siempre habrá la luz de un faro,



en la más oscura de todas las noches,



por más crueles que tegan



sido todos los azotes,



indicando, entre montes,



el camino dónde el sol



brillará en nuestros horizontes.



Exista,



insista,



¡existencia!



La felicidad existe,



sin embargo, es indispensable



buscarsela.



 



No poema “Deseos”, assim mesmo entre aspas, a ser apresentado a seguir, o que nele vem explicito parece ser válido não só como princípio de vida para a maioria dos homens e mulheres de hoje, mas, também, como garantia de fraternidade entre uns e outros.



 



“Deseos”



 



Ser fuerte,



ser sabio y



ser rico,



es lo que el hombre



busca en la vida.



Sin embargo,



lo que el hombre no sabe,



es que:



ser fuerte,



no es dominar a los demás,



mas dominarse a si mismo;



ser sabio,



no es saber todo,



o lo cuanto mas posible,



pero aprender con cada persona,



por más insignificante



que ella sea, alguma cosa,



y ser rico,



no es poseer fortuna



y si contentarse con



los bienes que la vida



lo ha concedido.



¡De veras,



lo que el hombre deberia buscar,



es poder decir:



Vida! nada me debes.



Vida! quedamos em paz!



 



-- 0 --



Resgatando fórmulas consagradas e recorrentes e linguagem direta de fácil entendimento, os versos livres de Oigrés Queirasi tem a leveza de quem escreve como quem sabe o que quer dizer ou de quem sabe o que quer dizer e, por isto, escreve.



 





Os interessados em conhecer este poema podem solicitar o envio a leceleve@gmail.com.




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