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Ensaios-->A escória da política -- 15/05/2009 - 10:23 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A ESCÓRIA DA POLÍTICA

Geraldo Almendra

Se alguém perguntar o que acho do presidente do meu país eu responderei: é um vírus hediondo-mutante da política prostituída, um homem absolutamente desqualificado que somente ainda se encontra no poder porque os patifes esclarecidos assim o querem e as Forças Armadas estão com medo de cumprirem suas obrigações com nossa pátria; todos estão comendo avidamente no prato da corrupção, da prevaricação, do corporativismo sórdido, dos favores do poder público mais calhorda de nossa história. Os esclarecidos, civis ou militares, que não se enquadrarem nesses qualificativos, e não estão lutando contra esses canalhas, podem ser considerados omissos ou covardes, co-responsáveis e merecedores das desgraças comunistas que vierem acontecer com nosso país.

É inevitável associar a sinceridade calhorda de um deputado que declarou estar se lixando para a opinião pública com o escândalo do mensalão.

O Congresso não tem qualquer receio do que possa acontecer com seus representantes que transitam livremente, olhando os contribuintes como um lixo a não ser temido, pois a cada escândalo - quase que diário - esses meliantes, que tomaram de assalto o parlamento, simplesmente abafam com seu corporativismo sórdido a gênese retirante dos seus desvios de conduta moral, e mesmo que joguem algum boi de piranha no rio apodrecido da corrupção, tratam de proteger suas galhinhas dos ovos de ouro: suas posições dentro do poder público.

Esse patife que está se lixando para a opinião pública vive de forma nababesca graças ao trabalho de mais de cinco meses por ano daqueles cujas opiniões ele não está nem aí.

O escândalo do mensalão pode ser qualificado como um dos momentos mais canalhas da política em nosso país.

Não pode ser considerado um fato isolado, mas um dos sintomas de uma enfermidade corrupto-epidêmica que tomou conta do poder público.

A velocidade com que esta doença se propagou durante os desgovernos petistas somente confirma o grau de degeneração moral que o país atingiu por força de um período de nossa história que deveria ser de prosperidade e de justiça social, mas que se transformou na fase, talvez, mais suja do processo político em nossa história: a entrega do poder aos civis pelo regime militar.

A eleição de contumazes bandidos de colarinho branco, em pleitos eleitorais passados, mesmo depois que seus atos espúrios foram estampados nas páginas da mídia, demonstra o grau da falência, moral, educacional, e cultural do país.

O suborno consciente e o suborno voluntário que domina a sociedade dos ignorantes, e dos esclarecidos, patifes ou não, nos traz a perspectiva de que vivemos em uma sociedade de bárbaros praticantes do ilícito em uma corruptocracia que cada vez se aprofunda mais.

O show televisivo do processo do mensalão trouxe a público as informações necessárias para que a sociedade exigisse a destituição de um desgoverno calhorda e de um Congresso que demonstrou ser tudo o que não presta, menos um representante digno dos cidadãos que trabalham mais de cinco meses por ano para sustentar um covil de bandidos.

Lembramos daquela juíza, ex-credora da confiança do povo, e que, a todo o momento, alertava sobre as penas que iriam cair sobre as cabeças de todos os envolvidos, mas defendendo seus direitos de praticarem o ato de mentir vergonhosamente com as mãos sobre a “Bíblia”? – Está curtindo sua milionária aposentadoria e mordomias. Nunca mais tocou no assunto... A ânsia de vomitar, quando lembramos as cenas hipócritas, levianas e deploráveis é quase incontida.

No final da palhaçada televisiva do Circo do Retirante Pinóquio, a formalização da esperança de que podíamos esperar a força do braço da Justiça fazer justiça, esperança essa que perdura nas gavetas apodrecidas do STF: a denúncia do Procurador Geral da República que não teve coragem nem patriotismo para denunciar o chefe das “gangs dos quarentas”.

As hipocrisias e leviandades dos que diziam não saber de nada, assim como as canalhices daqueles patifes aproveitadores que bombardearam o desgoverno petista e agora comem no mesmo prato em que cuspiam, nos trás a certeza de que as negociações do submundo, que uniram adversários e amigos do mais sórdido político de nossa história, para evitar o seu impeachment, foi o sinal de que o petismo não inovou muito na arte da corrupção e do corporativismo sórdido. Apenas foi muito mais eficaz e eficiente em detonar os últimos resquícios de moralidade no país e formalizar o poder público como um covil de bandidos.

O petismo apenas tirou a carapuça de uma sociedade que apodreceu nas mãos dos gestores da “nova democracia” – os esclarecidos patifes – que tomou conta do país depois do regime militar e que atualmente qualifica os menos desfavorecidos de “poveco” e jogando nas suas costas as responsabilidades do país ter seus podres poderes da República controlados “pelas gangs dos quarentas” e seus cúmplices.

Na altura do campeonato da canalhice da política prostituída que assola o país lemos “surpreendentes” declarações de outro verme de nome Delúbio conforme publicado na mídia. “Sem ficar ruborizado, mas deixando os dirigentes [do PT] numa tremenda saia justa, declarou em alto e bom som que se alguém ali devia algo, esse alguém não era ele, mas os muitos que se beneficiaram do seu silêncio. Delúbio ainda voltou ao assunto: “Não fui um alegre, um néscio, um ingênuo. (...) Aceitei os riscos da luta. Mas não fui senão, em todos os instantes, sem exceção, fiel cumpridor das tarefas que me destinou o PT” – isto é que se chama um denunciado leal.

“Poderia ter sido “mais corajoso” ainda se dissesse”: “fiel cumpridor das tarefas que me destinou a quadrilha do petismo e meu amado mestre sapo barbudo do submundo do comuno-sindicalismo”

“Do jeito que as coisas vão, está cada vez mais difícil defender o Congresso e, consequentemente, a democracia”. Corrijo: uma hedionda corruptocracia.

“É isso, sobretudo, que não devemos, nem podemos, perdoar a essa corja de traíras irresponsáveis. O Congresso não é a casa da mãe Joana, nem pertence aos camatas e sarneys da vida; ele pertence a todos nós, e o seu funcionamento, em plena liberdade, foi conseguido com muito sacrifício para ser, agora, tornado irrelevante em troca de seis dinheiros.' (Cora Rónai)

Geraldo Almendra

14/maio/2009


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