Quando as gélidas mãos da solidão lhe tocarem,
Lembre-se que o silêncio é o dialeto da sabedoria.;
É a voz que sempre estará entoando palavras acolhedoras
Aos seus olhos, ouvidos, pele, coração...
Quando sentir a aragem fria do medo
Varando suas poucas certezas,
Lembre-se de procurar abrigo nas coisas
Que lhe cercam e lhe ofertam companhia.
Lembre-se que se abrir bem seu coração,
Poderá colher toda esperança que necessita
Dos olhos da criança recém-nascida.
Lembre-se que, se entregar seus sentimentos ,
Poderá sentir os braços fraternais do vento
E absorver parte do infindo conhecimento
Das árvores: perenes livros talhados pelo tempo .
Poderá aquecer-se pela unção da luz derramada,
Doada diariamente pelo sol em suas auroras encantadas.
E, caso encontrar-se perdida,
Não tente ,de súbito ,flanar por estradas desconhecidas.;
Por estradas que lhe são oferecidas
Pelo medo , pela insegurança e pela pressa incontida.
Ouça, veja e principalmente sinta
Que as pequenas coisas podem , de maneira infinita,
Tocarem seu coração.
Elas , com certeza, lhe darão
Paz, guarida, calor e a exata orientação.
"DUAS ESTRADAS"
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